A meados de Julho, o sr. Obama declarou “nós não somos Portugal”. De facto, Portugal, por culpa única e absoluta do primeiro ministro José Sócrates que esteve no governo nos últimos seis anos, viveu – e está a viver – este ano, o pior momento da sua história desde a entrada na Comunidade Europeia e desde a chegada dos milhões que essa adesão lhe granjeou.
A crise mundial anunciada caiu-nos em cima como antes já tinha caído em cima da Islândia, da Grécia e da Irlanda porque somos, por um lado, um daqueles pobres países ensolarados e imundos (PIGS) em que o povo não gosta de trabalhar e quer apenas estender-se ao Sol e tomar banhos de mar e, por outro, porque esteve sujeito, malgrado seu, porque ninguém que eu conheça votou nele, à governação desastrosa e ruinosa do apeado primeiro ministro José Sócrates.
Porém, (e há sempre um “mas” – lembrar que o “mas”, bem como o “porém” (e o “todavia” e também o “contudo”) é uma conjunção adversativa... – em todas as histórias, especialmente nas mal contadas) na semana passada o senhor que afirmou “não serem Portugal”, e cujo país está a léguas de distância de nós em termos de endividamento externo, sofreu um calafrio – para não usar o já tão propalado “murro no estômago” – ao ver a China (a China, veja-se! Mas sabe-se lá a que preço pago com sangue, suor e lágrimas pelo seu próprio povo) puxar- lhes as orelhas pela sua “débil e improvisada política orçamental” e por “viverem acima das suas possibilidades”, ao ver as agora tão famosas agências de notação baixar-lhes o rating, ao ver que o Senado podia não lhe autorizar elevar o tecto do endividamento.
E na Europa não se está melhor: a nossa vizinha Espanha começa a ser “atacada” e vai aprovar medidas para combater o défice e até a Itália – que não é dos PIGS, embora seja governada por um verdadeiro pig – e que é tida como tendo uma economia estável, começa a estar na mira da desconfiança no que toca à solidez da dívida pública tendo o pig, digo, Sr. Berlusconi de entrar já com um pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas.
Entretanto, as bolsas mundiais vivem “momentos de pânico” por causa da possibilidade de recessão nas economias mundiais e perdem milhões... De tal modo que os G7 e os G20 (que bem podiam ser todos corridos à força de G3...) não param de se telefonarem, de se reunirem e sei lá o que mais!
E eu que levei os primeiros seis meses deste ano a ouvir (pessoas de grande nível como o Sr Presidente e a Sr.ª Ferreira Leite e o Sr Louçã outras pessoas de igual gabarito político) dizer que nós, portugueses, tínhamos entrado nesta crise financeira violenta e sem remissão, mercê da má governação do anterior primeiro ministro (que até foi chamado de “delinquente” pela mui estudiosa Sr.ª Filomena Mónica, certamente acolitada pelo seu ex e também mui estudioso Sr. António Barreto, e de nazi e de Sadam Hussein entre outras coisas por outras personagens eminentes da cena cultural e até o nosso filósofo José Gil, que não tem “medo de existir” se refere ao “passado desastroso que José Sócrates nos deixou”) fico-me a cismar se também foi este primeiro ministro que, qual autêntico anti-Cristo, nos destruiu a capacidade de viver e de sobreviver, se foi ele, repito, o responsável por todo este desalinho europeu, ocidental e quiçá até mundial.
A coisa está feita. Por volta do meio-dia de ontem, na CNN, as notícias debruçaram-se única e exclusivamente sobre a situação americana, o comunicado do presidente Obama para as 13H30 e que só aconteceu uns 10-15 minutos mais tarde e a violência que está a assolar a Inglaterra que, provavlmente, já não tem nada a ver com a causa original. Agora são apenas os “copycats” a actuarem.
ResponderEliminarCara Carol
ResponderEliminarHá o tal ditado que diz: “Atrás de mim virá, quem de mim, bom fará.”
De facto concordo que ouve exageros na diabolização de José Sócrates. Sem qualquer dúvida que a situação para que fomos atirados com um Primeiro-ministro que em termos de mentiras, já deve ter batido todos os records, não resolveu e não se está a ver que venha a resolver qualquer dos gritantes problemas da nossa sociedade. Agora isso não pode servir como uma espécie de absolvição de José Sócrates. Aliás penso que um dos grandes responsáveis pela actual situação se deve a ele mesmo. No mínimo, porque a sua teimosia não o fez sair de cena a tempo e dar lugar a outro, só o fazendo depois de enterrar (por uns tempos) um grande Partido da Democracia Portuguesa.
Cumprimentos
Rodrigo
o problema desta crise e que e culpa de todos nos, e como nao como apontar o dedo a uma so pessoa, torna a solucao ainda mais dificil
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Não penso que a culpa seja exclusivamente do Sócrates, mas que lhe cabe a maior fatia... disso não tenho dúvidas.
ResponderEliminarUma coisa que me custa muito suportar nas pessoas é a mentira. Ora ele é um mentiroso compulsivo.
Tenho uma amiga que conviveu com ele de perto, a nível de trabalho, que me disse: ele (Sócrates) não ouve ninguém, só faz o que quer. Esse é o seu maior defeito.
Vejamos o que o futuro nos reserva, mas tão depressa não podemos esperar melhorias...
Boa semana, e até ao meu regresso.
Beijinhos
Eu nem digo para onde gostava que o mandassem...
ResponderEliminarRealmente o Reino Unido não é como Portugal...
De quem é a culpa... antes ou depois do 25 de Abril?
ResponderEliminarCom o devido respeito por todos os intervenientes A CULPA É TODA NOSSA.
As pessoas só são culpadas enquanto suportes do sistema. Mudam as pessoas mas o sistema é o mesmo. Podia dizer isto de outra maneira mas evito dizer uma asneira.
ResponderEliminarSócrates tem as costas largas!
ResponderEliminarAgora já todos falam da conjuntura...antes a culpa era toda dele!
Goza bem as férias! :-))
Abraço
Eu só votei Sócrates na primeira vez.
ResponderEliminarMas acho indecente a propaganda que o aponta como único culpado da situação.E não o estou , de maneira alguma, a isentá-lo das suas enormes responsabilidades.
Cavaco e grupo de amigos e amigas têm memória curta, mas eu não!
Passos e grupo atacaram mais uma vez, assim que chegaram ao Governo, os rendimentos de quem (ainda) trabalha, deixando de fora bancos e afins.
Portanto, acho muito bem que a população portuguesa _inteligente e combativa - continue a elevar a taxa de abstenção e/ou a - quando se dá ao trabalho de ir às urnas - vote tão bem quanto tem feito.
Peço desculpa pelo tamanho do texto, rss
Saudações
Como diz o Rui, a culpa é toda nossa, sim senhor, que nos deixamos "comer", que não intervimos e temos preguiça em participar.
ResponderEliminarCom este meu texto não quero nem posso absolver nem santificar o JS - ele tem as culpas que tem (como diz o Rogério e muito bem) e fez muita coisa errada. Mas também fez muita coisa boa de que havemos de lembrar em devido tempo.
Mariazita, ele pode ser teimoso "como uma mula", mas "mentiroso compulsivo" foi um apodo que lhe colaram e o povo gostou... qual é o político que não o é em certos momentos? E o Cavaco? E o Coelhinho da Páscoa não estão já fartos de dier mentiras?
Obrigada, São, pelo seu texto e pela sua presença.
Esperemos é que não nos aconteçacomo está a acontecer em Inglaterra!
O Obama com a máfia que há lá por aqueles lados, às tantas foi eleito de propósito para levar com as culpas todas, e limpar a porcaria feita pelos republicanos, e do Buch em particular.
ResponderEliminarOs democratas estão a pagar os BPN's lá do burgo e ficaram sem massas para colocar em prática as políticas sociais anunciadas na campanha eleitoral.
Quanto à falência técnica dos States, desde o tempo em que os franceses levantaram todo o ouro que tinham na Reserva Federal Americana, que aquele país está falido, e substituiu o Ouro amarelo, pelo Ouro negro.
Enquanto houver países com petróleo que eles não controlem, esses países vão ter que suportar os americanos, e os seus aliados, a entrar-lhes pela porta dentro os seus carros de combate, aviões, e infantaria.
É da América que vem o remédio para muitas males, mas também é de lá que vêm os ingredientes para muitas doenças.
Estão a morrer com o veneno que eles produziram.
Fechar fábricas centenárias locais, para ir em busca de mão de obra barata para a China, e outros países dos quais agora estão à mercê. O pior é que nós fomos durante muitos anos um desses países, montadores de peças, em vez de produtores, agora nem uma coisa nem outra, não somos montadores de peças nem fabricantes, porque o combóio já passou há muito tempo, e, como também não somos a China com os seus milhares de milhões de habitantes a trabalhar como escravos...