quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019



Faz hoje anos, muitos - 54 para ser exata - que os esbirros de Salazar assassinaram o general Humberto Delgado.

Depois de lhe roubaram a eleição para a presidência da República em 1958 da forma mais infame, mataram-no apenas porque era uma ameaça ao regime.

Mais infame foi que, depois da Revolução nada aconteceu a esses e a outros esbirros que atormentaram o povo, prenderam, julgaram e torturam tantos homens e mulheres - e nada de mal lhes aconteceu...

Que povo este...


«Que povo este! Fazem-lhe tudo, tiram-lhe tudo, negam-lhe tudo, e continua a ajoelhar-se quando passa a procissão.»  Miguel Torga


12 comentários:

  1. Somos o eterno povo de brandos costumes, Graça, é o que nós somos.

    Beijinhos.

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    1. Brandos?! Já vamos em onze mulheres assassinadas este ano. Brandos, dizes tu?! Eu chamo-lhes molengões e indiferentes e «deixa-andar»...

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    2. Ora Graça, nem parece teu! Só agora li a tua resposta. Disse, digo e repito: brandos...! Referido-me à nossa intervenção política. Muita conversa e pouca acção interventiva.
      De resto, somos tão violentos e bárbaros como qualquer outro povo. Nos tempos que correm podemos constatar isso, através das notícias que nos entram em casa, trazidas pelos vários meios de comunicação social. Céleres, na pressa de ver quem chega primeiro!
      E de quem é a culpa destas barbaridades? Das vítimas não é! Dos brandos costumes da nossa Justiça? Talvez!

      Foi para isto que o General sem medo morreu?
      Infelizmente, não pode concretizar o seu sonho: "Obviamente, demito-o"

      Bom domingo!

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  2. Infelizmente a mais triste e pura verdade...
    Beijinhos

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  3. Enquanto o povo passar 24 horas por dia a lutar pelo seu sustento e muitas vezes sem o conseguir, enquanto a instrução lhe passar ao lado e a "cultura" a que tem acesso seja apenas os cantores pimba e as telenovelas, enquanto (em conclusão) este povo for mantido no obscurantismo e na ignorância; vai continuar a ajoelhar-se sim, vai continuar a pedir favores em vez de exigir direitos. Quantas gerações vão ser precisas para alterar esta realidade?

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  4. Já estive em Vilanueva del Fresno, no local onde o assassinaram e à sua secretária e onde "sepultam" os corpos.
    De Memorial passou a um espaço abandonado.
    Também é triste!

    Abraço

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  5. muito bem lembrado, Graça.
    merecias ser nomeada Directora do Telejornal...

    beijo

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  6. Foi uma altura em que eu, era tão novinha que era totalmente despreparada para entender...
    (Aquela OPAN!!)
    Só a partir daí é que comecei a abrir ouvidos e olhos...
    No entanto, todos os esbirros - funcionários de estado - foram julgados e condenados, todos, sem exceção, a não ser os que fugiram e tornaram-se apátridas. A comissão de extinção, foi presidida por capitães de Abril.
    Beijinhos livres de voar...
    ~~~~

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  7. Precisamos de valores nos nossos corações ... Bj

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  8. O General sem medo que foi assassinado ! :(((

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