sábado, 9 de fevereiro de 2019

Ai estes nossos magistrados!


Que muitos dos juízes e dos magistrados da nossa praça têm um enorme défice de competência e de formação pessoal não é novidade para ninguém!

Têm dado provas disso às dezenas: no que toca aos políticos então têm sido de uma parcialidade discricionária assustadora e quanto ao binómio homem – mulher, isso então nem é bom pensar! Basta referirmos o hediondo caso do juiz Neto de Moura…

Muito por isso, vamos em início de fevereiro e já foram dez – DEZ – as mulheres assassinadas pelos companheiros ou ex-companheiros.

Este caso do homem do Seixal que assassinou a sogra e a filhita de dois anos é mais um e dos mais horrendos!

Mais doloroso é sabermos que a ex-companheira apresentara queixa na Polícia que, depois de ter feito a sua investigação, se pronunciou como sendo um caso muito grave e deu estatuto de vítima à mulher e à menina.  Só que,  quando o processo chega ao Ministério Público, não sei que magistrado, formado não sei em que escolas e em que família, considerou o caso pouco grave a acabou por arquivá-lo!

Os agressores que perpetram os crimes não deveriam sequer ser considerados pessoas já que carregam toda a espécie de falhas e frustrações psíquicas, comportamentais, sociais e sei lá que mais e, se se deixarem viver, são – ou deveriam ser – judicialmente punidos. Mas estes senhores magistrados não deveriam ser seriamente responsabilizados por, por inépcia ou desmazelo ou seja lá por que for, permitirem que estes crimes aconteçam?!

Vi hoje num telejornal que o MP, no ano de 2018, arquivou 21 mil queixas de violência doméstica!

Assim, bem podemos contar com muitos mais assassinatos de mulheres…




12 comentários:

  1. Causas que vão do cultural à inoperância e desresponsabilização de pessoas e instituições que deviam proteger e defender... assim, em consequência, a (in)justiça dos dias que passam. As vítimas são as de sempre: os mais vulneráveis e indefesos, como na selva...

    Bj.

    Lídia

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  2. Como na selva...

    Por acaso me interrogo quantas das 21 mil queixas de violência doméstica apresentadas terão mulheres a mandá-las arquivar?

    Quantas?

    Quer isto dizer que quero insinuar que as mulheres estão em maioria no setor! Estão e de que maneira - são já cerca de 60 por cento dos efetivos do Ministério Público e da magistratura judicial.

    Que tal?

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  3. Nada mal, Rogério. Mas é pouco! O medo mata.
    A questão desenrola-se em torno de um poliedro de muitas faces como quis dar a entender.

    Um bom domingo

    Lídia

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  4. O MP só acusa e prende quem lhe dá jeito e com isto não quero ser demagógica.
    Prendem uns e vão à procura de provas e soltam outros que mais tarde irão matar sem dó nem piedade!

    Abraço

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  5. Confesso que não consigo perceber, muito menos aceitar.
    Beijinhos, boa semana

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  6. Uma vergonha o que está a acontecer. É, de facto, difícil de entender, ou não…
    Uma boa semana, Graça.
    Um beijo.

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  7. Estou contigo, Graça Sampaio.
    É sobremodo revoltante e imperdoável.
    Ao que chegámos!
    Que a semana decorra da melhor maneira.
    Beijinhos revoltados.
    ~~~~

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  8. Excelente o teu post, Graça. Falha o MP, falham os magistrados, falha em muitos casos a polícia, falha a sociedade que continua a ter uma mentalidade machista. Enquanto a igualdade não for ensinada nas escolas, enquanto as autoridades continuarem a ser parciais, enquanto os agressores não tenham penas MUITO duras, as mulheres continuarão a ser mortas por quem as considera sua propriedade! Vergonha

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