Sei que não são muito apreciadas as minhas publicações sobre a atualidade política. Porém, este é um blog multifacetado, daqueles que pretendem transparecer o que vai acontecendo no dia a dia, naturalmente pela minha visão.
Assim, não há forma de ficar indiferente perante toda esta forma dolosa do chamado Ministério Público avaliar a realidade conforme tende para determinada fação político-partidária - a sua - ou para a oposta.
Para ilustrar esta falta de imparcialidade, fica aqui o texto do meu facefriend Carlos Esperança que é bastante mais equilibrado do que qualquer outro que eu pudesse escrever sobre o assunto.
A Galp, os
secretários de Estado e a ética republicana
«A aceitação de uma viagem pública, para ver um jogo de futebol da seleção
nacional, pode ter sido uma imprudência ingénua de quem a aceitou, talvez mesmo
ingenuidade política, mas não o foi certamente de quem a ofereceu.
A ética republicana é incompatível com a aceitação de almoços, e o ato dos
secretários de Estado é politicamente censurável. É pena que pessoas de
excecional competência técnica não tenham sensibilidade política equivalente.
Exonerados a seu pedido, é aos Tribunais que cabe decidir se há lugar a
sanções penais.
Mas não deixa de me surpreender a investigação tardia de um ato público
amplamente divulgado, há mais de um ano, e o conjunto de coincidências que
estão a acontecer.
E surpreende-me, sobretudo, por não ter sido averiguado o suborno
comprovado pelas autoridades alemãs no caso dos submarinos e a falta de
desmentido do desaparecimento dos papéis, bem como o desinteresse sobre 61 mil
fotocópias que Paulo Portas levou do ministério da Defesa, quando cessou
funções. (Pagando-as, claro).
Surpreende ainda o contraste entre a vigilância às viagens dos
ex-secretários de Estado e a indiferença sobre a viagem familiar ao Brasil, em
jato privado, para uma estadia numa ilha paradisíaca, de um primeiro-ministro a
convite do amigo que tinha negócios com o Estado. E, surpresa maior, o generoso
anfitrião protagonizaria, a seguir, o escândalo da compra da Quinta da
Falagueira, que um partido da oposição denunciou, com o referido PM a
referir-se ao amigo, que lhe hospedara a família e lhe proporcionara a viagem
em jato privado, por «conhecido»: “É uma difamação estar a pretender que por
ser meu conhecido, isso à partida envolve uma participação que não é correta” –
diria o PM Durão Barroso.
Se esta investigação é uma mudança de paradigma, seja bem-vinda. Se é
coincidência temporal com a campanha orquestrada pela direita salazarenta
contra o atual Governo, é um azar circunstancial. Mas se o atual PR viesse a
comprar ações não cotadas em bolsa e as vendesse com mais-valias substanciais,
sem a investigação que apurasse a licitude, era motivo de desconfiança.»
A Justiça também está sob escrutínio.»
Eu gosto de ler Graça. às vezes não comento porque não tenho "estaleca " para comentar certos assuntos, e para dizer asneira, prefiro ficar calada. Mas isso não quer dizer que não gosto. Até porque lendo estou sempre aprendendo.
ResponderEliminarAbraço
Olha, olha, não tem estaleca... Claro que tem!!! Quem escreve todas aquelas histórias vem agora dizer que não tem estaleca para comentar a vida real...
EliminarPolítica faz parte da nossa vida. Tenho uma amiga alemã que diz que até o preço das batatas é política.
ResponderEliminarClaro que estou fora da política nacional, portanto, nada posso comentar sobre o assunto aqui exposto.
Boa noite, Graça 🌃
Como concordo com essa sua amiga alemã!!! Quem me dera que o nosso povo fosse tão inteligente como é o povo alemão!!
EliminarBeijinho.
Sabe, Graça, os seus desabafos, como cidadã, vêm de encontro aos meus, aqui do Brasil... Nunca pensei passar por tanta vergonha em ser brasileira, tendo essa corja de políticos que, dizem nos representar. Infelizmente. Realmente, a falta de cultura, de educação, de berço dos brasileiros refletem o nosso voto sem nenhuma condição ética e/ou moral!
ResponderEliminarAbraço.
Por cá é o mesmo, Célia. A falta de cultura, de educação, de cidadania dos portugueses refletem o mesmo... Tanto que há para fazer! Tanto há para aprendermos!
EliminarBeijinho.
Graça, não conheço esse teu facefriend Carlos Esperança, mas sei que a opinião dele acerca do actual e conturbado "Estado da Nação", vale o vale enquanto opinião. Aliás, neste momento nada parece fazer sentido. Porém, os entendidos que se acheguem e botem palavra...eu apenas vim dizer que te li, sim, como de resto sempre faço...
ResponderEliminarBeijinhos (em bom estado)
Obrigada, Janita! És uma querida!!
EliminarBeijinhos (em muito bom estado...)
Costumo ler o Carlos Esperança e sei como morde nas canelas da clique que parece ter sido declarada inimputável nos gabinetes sombrios da "Justiça" deste país.
ResponderEliminarBFS.