«Sábado,
primeiro de Dezembro de 1640 (dia memorável para as idades futuras), a
nobreza da Cidade de Lisboa, para remédio da ruína em que se via, e ao Reino
todo, aclamou por Rei o Duque de Bragança Dom João, príncipe begniníssimo,
magnânimo, fortíssimo, piedoso, prudente, nos trabalhos incansável, no
governo atento, no amor da república cuidadoso, de seu acrescentamento
ardentíssimo, e vigilante, legítimo sucessor do Império Lusitano.»
(A Elrey N. S. D. João IIII, Coimbra, 1641, p. 3)
|
Assim se descrevia numa edição da
Universidade de Coimbra, menos de um ano depois dos acontecimentos, os
primórdios da aclamação do 1 de Dezembro, posteriormente consagrada como uma
das datas emblemáticas da História nacional. Fica claro que o ponto de partida
foi, pois, uma conspiração urdida por um número razoavelmente definido e bem
delimitado de fidalgos (…).
Nos seus primórdios, o 1 de
Dezembro foi, pois, um típico golpe palaciano, perpetrado por um grupo de
algumas dezenas de fidalgos, depois identificados como os referidos «quarenta
restauradores». O golpe, rigorosamente executado para tomar conta de uma cidade
onde estanciavam apenas algumas centenas de soldados castelhanos, foi
acompanhado de uns poucos assassínios políticos, incluindo a célebre
defenestração ritual – com antecedentes na Europa barroca – que atingiu Miguel
de Vasconcelos, secretário de Estado em Lisboa e símbolo local da administração
espanhola do conde-duque de Olivares.
(in «História de Portugal», Rui Ramos (coord), A Esfera dos Livros, Lisboa,
2009, pp 295-296)
(Ai se no 25 de Abril tivessem, de igual modo, defenestrado uns tantos traidores e assassinos...)
Não sei se foi a crise política na Alemanha ou o stress provocado pelos muitos afazeres antes do 1° Domingo de Advento 👑, esqueci este acontecimento histórico tão importante para uma pátria livre de espanhóis.
ResponderEliminarAbração da amiga em terras alemães.
Querida Gracinhamiga I
ResponderEliminarPara mim o dia primeiro do mês de Dezembro é o Palácio ducal de Vila Viçosa onde a duquesa de Bragança Doña Luisa de Guzmán ”emporrou” o seu marido para ele aceitar o convite de alguns nobres portuguese com vista a ser rei de Portugal. Estávamos em 1640. Depois de muitas indecisões finalmente acenou que sim: foi o João IV da dinastia de Bragança.
Mas também é um desfile da “Mocidade Portuguesa” na Avenida da Liberdade, quando ainda puto cavei daquela tropa e em público levei umas galhetas do Comandante de Falange Cunha Teles hoje, por artes de magia, é realizador de cinema, mas tendo sido sempre um “democrata” – diz o gajo…
Claro que escrevo esta pepineira de gozação… mas verdadeira.
Bjs da Raquel e qjs do teu amigo Henrique, o Leãozão
___________
O meu irmão está pior: já tem metástases no fígado. Ontem levou a primeira transfusão. Uma grande porra!
Lamento muito, Leãozão...
EliminarTambém me lembro bem dos desfiles dos meus colegas fardados à Mocidade Portuguesa... E o hino que cantávamos no liceu: «Portugueses, celebremos o dia da Restauração...»
Beijinho.
Um dia importante na História de Portugal.
ResponderEliminarGracinha, Gracinha...não incites o pipal à biolência...
Beijinhos pacifistas.
eh eh eh eh... se calhar, não tenho razão....
EliminarBeijinhos pacifistas...
Bom dia. Sabemos que é feriado, mas muito poucos sabem "o porquê" Adorei
ResponderEliminarHoje, um miniconto { Saudade, da nossa dança... }
Bjos
Um Sábado muito feliz.
Um dia para recordar
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
Feita a Restauração submetemo-nos a uma nova guerra. O que nos valeu foram os catalães...
ResponderEliminarÉ gramámos a Casa de Bragança até à República que vingou a execução do Duque de Bragança pelo Senhor El Rei D. João ll, procurando reduzí-lo ao anonimato. O António fez, depois, o negócio da Fundação é o João II continuou ignorado.
Bj.
De tantos atropelos é feita a nossa História...(e as dos outros, também...)
EliminarSempre bom lembrar. Muitos gozam do feriado e nem saberão, lol
ResponderEliminarBeijo. Votos de um Sábado feliz.
Este é, sem dúvida, um dos mais importantes dias da história portuguesa.
ResponderEliminarBeijinho, Graça, bom fim de semana.
Finalmente voltámos a comemorar a nossa independência com um feriado erradamente riscado. Somos um País importante na Europa, mas temos de saber mostrá-lo!!!!
ResponderEliminarNão comemorar o dia da restauração da República era um crime les patriótico. Felizmente que as almas se iluminaram
ResponderEliminar.
( https://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/ )
.
Abraço
Celebramos a independência dos castelhanos e daqueles que quiseram "apagar" o feriado... Grandes independências!
ResponderEliminarBeijinhos, amigos!
D. João nem estava muito interessado, provavelmente Dª Luisa de Gusmão, mesmo sendo espanhola, esteve mais.
ResponderEliminarMiguel de Vasconcelos , afinal, era só português de nascimento , pelo que não foi o maior traidor.
Bom Dezembro, Gracinha