Pode ser que vá chocar alguns dos
meus queridos leitores com este meu texto, mas ando aqui às voltas há tempo com esta
ideia na cabeça, que se há de fazer? O facto é que quis saber mais sobre a
Revolução Russa de há cem anos e, por isso, tenho lido isto e mais aquilo sobre
esse enorme tsunami que se abateu
sobre a «Mãe Rússia».
Ontem mesmo assisti a uma
palestra subordinada ao tema “A Revolução Russa cem anos depois”
muito bem presentada pelo Doutor Ricardo Noronha, investigador da Universidade
Nova de Lisboa, que nos fez uma breve evolução histórica desde meados do século
XIX na Europa até a sublevação de 1905 na Rússia, à queda do Czar e às revoluções
de fevereiro e de outubro, com causas e consequências. Falou de mencheviques e
de bolcheviques, do surgimento, ascensão e esvaziamento dos sovietes, da força
revolucionária de Lenine e de Trotsky, da Guerra Civil que adveio à Revolução e
que apenas terminou em 1922, do apagamento do Testamento Político que Lenine redigiu
à beira da morte e do vergonhoso afastamento e posterior assassinato de Trotsky.
Depois falou do aparecimento estudado de Estaline e da implantação de uma
ditadura imposta pela repressão, pelo medo e pela morte aos milhões. (Como
fizeram Hitler e seus sequazes pela Europa, Salazar incluído.)
E lá veio também o jovem e
conhecedor palestrante com a questão de, quer a Rússia, quer a China, os
maiores países com sistemas políticos de inspiração comunista e de partido
único, não celebrarem o centenário da Revolução Russa.
A minha tal ideia é que fazê-lo
seria tão indecoroso, tão indecente, tão obsceno, como seria se os alemães
celebrarem a ascensão de Hitler – que também constituiu uma “revolução” no seio
da Europa e, por muito que nos custe, muito bem aceite por quase todos os
países ocidentais.
De forma bem mais suave e mais
conseguida, disse-o Viriato Soromenho-Marques no DN do passado dia 7: «Os bolcheviques, depois de dissolverem a
Assembleia Constituinte, começaram por eliminar os seus aliados táticos,
transformaram os sovietes num cadáver útil e, por fim, depois de vencida a
Rússia Branca, começaram a devorar-se a si próprios na monstruosa fábrica de
Terror gerida por Estaline. Um número obsceno de vítimas sacrificou-se na pira
da Revolução Russa, que chegou a ter dimensão universal, antes de cair na
órbita do nacionalismo grão-russo, disfarçado em “socialismo num só país”. Um século
depois, esse colossal sofrimento continua sem encontrar um sentido que o possa
redimir.»
Querida Gracinhamiga
ResponderEliminarNão faço a mínima ideia ... Só sei que o comunismo morreu exceptuando a China, a Coreia do Norte, Estou a pensar se há mais algum...
Bjs da Raquel e qjs (interrogado) do teu velho amigo
Henrique, o Leãozão
Vai morrendo, aos poucos...
EliminarBeijinhos.
Na Rússia - que deixou de ser comunista com a ascensão do bêbado do Ieltsin ao poder - comemorou-se em várias cidades o centenário da Grande Revolução de Outubro, esse acontecimento maior da história da humanidade. De resto, nesse dia, em Moscovo, na Praça Vermelha, com a presença do Presidente Putin, comemorou-se a partida do Exército Vermelho (em 7.11.1941) para a frente de combate. Claro, não apareceu na TV e, portanto, se não apareceu é porque não aconteceu...
ResponderEliminarQuanto à China não sei dizer se aconteceu, sendo certo que os tempos daquela sociedade milenar não são bem os nossos...
João Pedro
Obrigada pelas informações, João Pedro. De facto os nossos noticiários nada disseram - pelo menos que eu visse.
EliminarObrigada pela visita.
Pois também tenho andado a dar a revolução russa e foi-nos dito o mesmo.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Isso é que é uma Escola bem atual... que bom, Elvira!
EliminarBeijinhos.
Há tanta coisa que não faz sentido!
ResponderEliminarTambém li o artigo do DN.
Boa semana Graça.
Um beijinho imenso
Tanta coisa que não faz sentido, mesmo, Adélia!! São as incongruências da vida...
EliminarBeijinho imenso também para ti e para o teu «folha seca».
Numa entrevista, nas vésperas do Centenário, Putin disse que a Revolução não era para celebrar, mas sim para reflectir.
ResponderEliminarBoa semana, Graça. Bjs
E disse muito bem! O senhor não é «parvo» de todo... :)))
EliminarBeijinho.
"A minha tal ideia é que fazê-lo seria tão indecoroso, tão indecente, tão obsceno, como seria se os alemães celebrarem a ascensão de Hitler – que também constituiu uma “revolução” no seio da Europa e, por muito que nos custe, muito bem aceite por quase todos os países ocidentais."
ResponderEliminarE lá vem o obrigatório, onde é que eu assino??
Beijinhos, boa semana
Obrigada, Pedro!
EliminarBeijinho.
Bom dia. Não aprecio politica. Mas gostei de ler
ResponderEliminarBjos
Boa Segunda-Feira
.
Hoje:"Nunca será cansaço quando a espera é desejo"
Tudo tem a ver com a política, minha querida. Política é «tudo o que se refere à cidade e, consequentemente, o que é urbano, civil e público.» Já diziam os gregos.
EliminarBeijinho.
não tenho a tua a opinião, como bem sabes
ResponderEliminare considero que a Revolução Soviética marcou profundamente a História da Humanidade (e não apenas o Sec. XX)
beijo
Marcou, de facto! Aliás como todas a revoluções. O triste são as ditaduras que muitas se lhes seguem..
EliminarObrigada pela franqueza, querido amigo.
Passando para deixar;
ResponderEliminarBeijinhos e uma excelente semana
Obrigada por ir passando...
EliminarBeijinhos.
A Revolução Russa aconteceu. Não a celebram, talvez porque queiram esquecer o mau aproveitamento que dela foi feito...
ResponderEliminarUma boa semana, Graça.
Um beijo.
O que foi uma pena. Mas quem pode mudar a História?
EliminarBeijinho.