Como furtar-me a tão belo e romântico desafio?
Este vem da Catarina, que passou à Afrodite e esta à papoila e à Janita e agora é a minha vez de vos contar a lenda de Zarah, a Princesa Moura, que, em noites de luar, ainda anda se avista nas ameias do Castelo...
«Nos tempos já muito distantes do Rei Afonso, que do norte vinha para o Sul,
conquistando terras e mais terras que estavam na posse da moirama, chegou ele
às proximidades de Leiria cuja terra conquistou também.
Aqui construiu um castelo roqueiro, que entregou à guarda dos seus
guerreiros, abalando à conquista de mais terras, a construir um Portugal maior.
Os mouros sabendo do castelo pouco guardado, voltaram e, após uma luta
porfiada, venceram os guardas do castelo e tomaram-no.
Passou a ser por essa altura, seu guardião, um velho mouro que vivia com
sua filha, uma linda moura de olhos esmeraldinos e louros cabelos entrançados,
chamada Zara.
Um dia, já o sol se escondia no horizonte sob nuvens acobreadas, a linda
moura, estava à janela do castelo voltada ao Arrabalde, a pentear os cabelos
encanecidos de seu velho pai, quando viu ao longe uma coisa que lhe pareceu estranha,
mesmo muito estranha.
Que viu a linda princesa castelã, de olhos verdes de esmeralda?
Viu o mato a deslocar-se de um lado para o outro e também em direção do
castelo.
Foi então que a linda princesa castelã perguntou ao seu velho pai:
“Oh! Pai, o mato anda?” Ao que o pai da linda princesa, respondeu:
“Anda, sim, minha filha, se o levam.”
E o mato era levado, sim, mas pelos guerreiros cristãos do Rei Afonso, que
se escondiam atrás de paveias de mato que cortaram e ajuntaram para avançarem para
o castelo sem serem vistos.
E avançaram, avançaram cautelosamente, até que já próximo da porta chamada
da traição, correram, passaram-na lestamente e conquistaram o castelo.
Nunca mais se soube da linda princesa de olhos verdes, nem de seu velho
pai, que era o Governador, mas, a partir desse dia, Portugal ficou maior.»
As princesas mouras estão em alta nesta corrente de lendas... E as portas da traição também. :) A reconquista cristã deu origem a grande parte destas lendas.
ResponderEliminarSomos um povo muito romântico! Não tinha lido sobre a tua Floripes, mas entretanto li e achei-a muito bela.
EliminarBeijinho.
ResponderEliminarAs lendas são deliciosas... mesmo não se sabendo bem a origem ou os locais onde foram criadas... mesmo não se sabendo bem os seus contornos (pois também quem conta um conto...)
É aliás essa pluricriatividade que enriquece e tece a manta destas lendas que vão perdurando no tempo.
Esta iniciativa a que nos devotamos é prova disso mesmo! Nós, enquanto contadores de lendas, estamos a ajudar a perpetuá-las nesta espécie de "Legioneiro".
Um beijinho sem traições!
(^^)
Afrodite.
EliminarJá tenho o "Diz que é uma espécie de Legioneiro" lá no meu post!! :)
Beijo legionário!!
EliminarBoa Janita! :D
Obrigada!
EliminarGraça,
Mil perdões... acabei por apagar o comentário ali em cima.
É que ainda só hoje inventei a palavra e já não sei escrevê-la! (heheheh)
É "LEGENDEIRO
". Deriva da raíz "legenda", palavra em latim para LENDA.
Por mim tudo bem!! Desde que não seja legionela... :))
EliminarBeijinhos lendários...
Muito linda esta tua Lenda, Graça! Pois a bela Princesa Moura chamada Zarah, ainda hoje vagueia pelas ruas do Castelo de Leiria em noites de luar.
ResponderEliminarLembro-me desse último postal e das tuas palavras quando o apresentaste numa participação de Bilhetes Postais.
Excelente participação neste certame de Lendas. :)
Beijinhos mouriscos.
* não é nas ruas é nas ameias!! :)
EliminarFoi, de facto, um dos postais que enviei ao nosso querido amigo Carlos Oliveira. Acho os desenhos muitos bonitos: naïf como a própria lenda.
EliminarBeijinhos lendários...
Mais uma lenda que não conhecia.
ResponderEliminarComo a afrodite diz, esta é uma forma de manter as lendas vivas que enriquecem o nosso património.
Bhos :)
Bela ideia a tua, Catarina!
EliminarBeijinho.
Uma lenda muito semelhante à da Manu, só que em locais diferentes ! ...
ResponderEliminarMuito interessante, Graça.
Quer dizer que os pais devem dar atenção aos avisos das filhas ! :) ... Este ouviu, mas não reagiu. :)
Já agora e a este respeito vou-te contar uma duma filha atenta e de um pai austero, que já contei na Manu.
Estavam à mesa a comer, o pai a falar e a filha a pretender interrompê-lo ... "paizinho,...paizinho" ...
Cala-te miúda que eu estou a falar .
Quando acabou de falar uns minutos depois autorizou a filha a falar . Ora diz lá ! ...
Ó paizinho, agora não vale a pena que o paizinho já comeu a minhoca que estava na salada ! :(
Beijinho Graça! :)
Eh eh eh eh eh.... oxalá não lhe tenha feito mal...
EliminarTambém já li a lenda da Manu.
Beijinho.
Já me tinham segredado, que além de mim, outra pessoa, também tinha escolhido esta lenda. E isso não importa nada, e só firma a lenda da moura Zara :-))
ResponderEliminarQue é bem romântica...
EliminarQue bom, Isa!! Ficamos mais convencidos de que afinal os blogs têm o seu valor..
ResponderEliminarBeijinhos
Ponderei contar uma das muitas lendas sobre os amores ilícitos do nosso quase lendário rei D. Dinis, mas depois achei esta mais "vaporosa"...
ResponderEliminarAinda bem que gostaram!
Mais uma bela lenda, amiga.
ResponderEliminarAbraço
As lendas com mouras encantadas são uma maravilha.
EliminarMais uma que eu desconhecia, isto está a correr muito bem!!!
ResponderEliminarBeijinhos Graça.
Está mesmo a correr muito bem. Somos um povo muito criativo.
EliminarBeijinhos encantados...
É interessante verificar que por todo o território há lendas
ResponderEliminarde mouras, ora lindíssimas, ora riquíssimas em ouro e jóias...
Beijinhos.
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O nosso imaginário...
EliminarBeijinho.
Olá, boa noite!
ResponderEliminarNesta noite, quero me juntar a você para pedir a Deus que alivie e conforte nossos irmãos que sofrem por conta dos efeitos dos desastres naturais e tantos outros acontecimentos que só trazem sofrer e prejuízo para a humanidade. Alivia Senhor Jesus, a dor dos nossos irmãos que sofrem, e nos livra de todos os males. Amém!
Abraços, permanece com Deus no coração.
Obrigada, Profª. pela generosidade.
EliminarAbraço.