sexta-feira, 7 de outubro de 2016

“Um ultraje e um desastre” – disseram elas!

António Guterres vai ser o nono homem a ocupar consecutivamente o cargo de secretário-geral do Conselho de Segurança da ONU. E elas não gostaram. Foi grande a campanha das feministas que defendiam a necessidade de eleger uma mulher como secretária-geral das Nações Unidas depois de oito homens seguidos a desempenhar o respeitável cargo.

O movimento Campanha para Eleger Uma Mulher Secretária-Geral da ONU, que no seu site destacou  Kristalina Georgieva como "mulher da semana", afirmou que  "é injusto quer para as mulheres e para a Europa Oriental e representa os acordos de bastidores habituais que ainda prevalecem na ONU" (…) "Mais uma vez é um desastre para a igualdade de direitos e igualdade de género". E concluiu o movimento: "Permaneciam sete candidatas mulheres na corrida e no final parece que elas nunca foram seriamente consideradas. Isto é um ultraje!"

Por seu lado, o Center for Women"s Global Leadership, de New Jersey, fez saber na sua conta do Twitter que "o próximo secretário-geral não é uma mulher, mas vamos ter de garantir que ele é feminista".

Não sou nada a favor deste tipo de feminismo moderno. Este feminismo funciona como uma forma de machismo. Entendo e aceito os movimentos feministas do início do séc. XX que lutavam por direitos que nunca tinham sido consentidos às mulheres, bem como os dos anos 60/70 aqui em Portugal que lutaram contra os padrões clericais e salazaristas impostos às mulheres, mas este pseudo-feminismo que defende que «há que pôr lá uma mulher porque já foram muitos homens para mim, não colhe. Como nunca aceitei muito bem o modelo das quotas de mulheres na elaboração das listas de candidatos às eleições legislativas. As mulheres, tal como outros grupos ditos minoritários, devem ter acesso aos cargos por mérito e não por razões de género, ou de cor, ou de incapacidade física, ou da cor dos olhos …

Também considero que teria sido muito constrangedor para os eleitores se tivessem escolhido a senhora Kristalina depois de ter sido apresentada da forma mais atabalhoada e menos cristalina quase no final do processo.

Por mim, tenho de concordar com o Presidente Marcelo (imagine-se!!) quando afirmou que escolheram «o melhor» de todos os candidatos.

António Guterres foi sempre muito bom, foi sempre o «o melhor». Porém, e bem à maneira portuguesa, só agora, depois de ter sido reconhecido mundialmente, é que vêm todos “tecer loas” a Guterres… Outrora era a «picareta falante», o homem que «deixou Portugal num pântano», o homem que se enganou a fazer uns cálculos numéricos…

Ele é o homem que, feminista ou não, escolheu sempre «As pessoas em primeiro lugar» e cujas primeiras palavras são de «gratidão e humildade para servir».

Não é para todos…




22 comentários:

  1. Como tu, eu e a maior parte dos meus amigos admiram-lo desde sempre.
    Fiquei aborrecida por não ter terminado o 2º mandato, mas acabei por compreender...
    As feministas deviam de ter protestado contra a horrorosa da Merkel que foi um exemplo degradante - para o mundo - de liderança feminina.
    ~~~ Beijinhos vitoriosos ~~~

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  2. Comentarei com a mesma quantidade de palavras que hoje ouvi da boca do Secretário-Geral da ONU, por várias vezes repetidas nos meios de comunicação audio-visual e tu terminas o teu artigo:

    OXALÁ NÃO SE DEIXE MANIPULAR... Muita sorte, é tudo o que, enquanto portuguesa, desejo a António Guterres, de quem conheci duas familiares em Castelo Branco.

    Beijinhos, Graça.

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    1. Não me parece que seja pessoa para se deixar manipular! Mas, como tu, assim o desejo.

      Muito sorte para o nosso candidato vencedor!!!

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  3. Como escrevi no CR, estas organizações só prejudicam as mulheres, pois percebe-se bem o carácter de quem as dirige e os princípios que as regem. Não são mulheres. É mulherio!

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  4. «Serão inconsequentes os líderes se os liderados não só não cooperarem como agirem subvertendo os percursos traçados... »

    Estava a pensar numa mulher quando escrevi este título

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    1. E quem seria a tal?
      Não consigo vislumbrar: não me leve a mnal...

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  5. Tenho a certeza que cumprirá a sua missão com dignidade!!!
    bj

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  6. Concordo a 100% com as tuas palavras.
    Uma análise muito bem feita, como já nos habituaste quando se trata de política.
    Que não se deixe corromper e que dignifique o nome de Portugal, são os meus desejos.

    Beijinhos Graça

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    1. Obrigada pelas tuas simpáticas palavras, Manu! Ele vai, com certeza, dignificar o nome do nosso país!

      Beijinho.

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  7. Finalmente um VERMELHO nas Nações Unidas

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    1. Só tem esse defeito, Irlando! Ser do Benfica... eh eh eh eh....

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  8. Supor que AGuterres é uma pessoa que se posse corromper é percorrer este mundo assaz distraído dos valores éticos que caracterizam os perfis psicológicos dos seres actuantes da história que se está construindo...
    Não me refiro à vermelhidão, porque é ressabiamento demasiado grotesco...
    ~~~ Beijinho, amiga ~~~

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    1. Queria dizer... 'que se possa corromper, ou seja,
      'corruptível'!!
      Um atestado de estupidez aos avaliadores...

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    2. A "vermelhidão" a que o Irlando se refere é à do Benfica...

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  9. Plenamente de acordo com seu post, Graça!
    "As mulheres, tal como outros grupos ditos minoritários, devem ter acesso aos cargos por mérito e não por razões de género, ou de cor, ou de incapacidade física, ou da cor dos olhos"...
    Abraço.

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  10. Onde é que eu assino amiga Graça ?

    Um beijinho e boa semana por aí

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  11. É inegável o valor de António Guterres (mesmo não sabendo fazer contas de cabeça (joke) ) e digo isto com isenção e sem empunhar nenhuma bandeira partidária, como tenho visto por aí muitas congratulações vitoriosas.
    E concordo com a amiga Janita ,oxalá!

    Um abraço.

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