Hoje, uma vez mais, a escritora
Lídia Jorge deslocou-se à Livraria Arquivo aqui em Leiria com a sua editora para
apresentar mais uma das suas obras: Os Memoráveis.
Ainda não li o livro embora o
tenha comprado há já alguns dias – é que ando a ler Memória de Elefante de Lobo
Antunes e não gosto de cruzar leituras – por isso nada sei dizer sobre o
conteúdo para além de que trata do 25 de Abril, mas deixo aqui algumas linhas
de força que a autora, no seu tom sereno e lúcido e o seu olhar límpido, lançou
perante uma sala cheia de mulheres (em grande parte) da chamada «peste grisalha»
(se bem que bem escondida pelas melhores tintas do mercado…)
Pensou escrever o livro há dois
anos e meio de uma ideia que vinha já de há catorze anos. Acabou por escrevê-lo
«por urgência sentimental» - há dois anos e meio as pessoas ainda não sentiam
necessidade de voltar a cantar a “Grândola”.
A escrita propriamente dita foi feita em seis
meses e até à véspera de entregar o original à editora foi sempre dizendo lá em
casa que «não havia livro» porque receava não ser oportuno.
Na altura em que se celebram, ou melhor, em
que as pessoas sentem necessidade de celebrar os 40 anos da Revolução de Abril,
a autora pensa que os portugueses querem testemunhos, histórias, episódios e o
seu livro não é um panfleto, nem uma representação histórica, não retrata os
jovens militares de Abril, antes os recria fazendo não um retrato histórico,
mas tão-somente personagens literárias. E quando em entrevistas ou apresentações
da obra lhe perguntam quem é a personagem A ou B, foge sempre à identificação
das figuras da Revolução.
E avisou que há que ler o livro
não como «uma celebração vermelha, mas com muitos contornos». Há que ler o
livro para memória e para deixar uma esperança, porque «não há memoráveis se
não houver futuro».
Depois de ler o livro, voltarei –
daqui a algum tempo porque só leio à noite – para dar a minha modesta opinião
sobre a narrativa.
Talvez queiram fazer o mesmo,
não?
(Ouvindo ler um excerto do seu último livro) |
(Falando sobre o livro) |
Um livro que quero comprar logo que chegue ao Porto.
ResponderEliminarGosto que este livro não seja uma «uma celebração vermelha, mas com muitos contornos».
Gosto também que seja para avivar a memória e para deixar uma esperança, porque «não há memoráveis se não houver futuro».
Estou com uma vontade louca de ler este livro assim como de ler a tua opinião sobre ele.
Boa noite, Gracinha!
Comprei hoje e espero começara a lê-lo no FDS.
ResponderEliminarAinda não o comprei mas vou fazê-lo!
ResponderEliminarLídia Jorge é uma das minhas escritoras de eleição...
Abraço
~
ResponderEliminar~ Uma leitura que vou fazer com o maior praxer. ~
Vamos ver a esperança a renascer nos homens de hoje.
ResponderEliminarA adquirir.
ResponderEliminarJá o Lobo Antunes não entra mesmo.
Não gosto nada!
A Lídia Jorge vinha todos os anos ao liceu fazer uma palestra e era muito agradável.Gosto muito. M.A.A.
ResponderEliminarEu já comecei a ler o livro e estou a gostar muito. Aliás gosto da maneira como ela sabe narrar os acontecimentos para despertarem o nosso interesse.
ResponderEliminarBeijo.
Acabei de o comprar, mas também estou a ler outro, o último de Isabel Allende.
ResponderEliminarCom que então a minha amiga faz anos no mesmo dia que eu ? :)
beijinho
Ai é, Fê? Carneirinho de 6 de Abril? Cuidado connosco!
ResponderEliminarBeijinhos arianos