sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sexta feira 13





Para parafrasear o gato, não é ver um gato preto que dá azar; azar mesmo é cruzar com um humano ignorante!

Pois hoje tive o azar não de cruzar, mas de ouvir, logo de manhã, não com um mas com dois ignorantes do tamanho do Castelo a dizer um sem número de baboseiras Foi num daqueles fóruns da rádio em que é proposto um tema sobre o qual os ouvintes que assim o entenderem dão as suas opiniões.

Não sei qual era o tema mas também não interessa. O primeiro senhor em questão estava ali como propagandista do governo o que seria legítimo vivendo como vivemos em democracia (?) não fora estar a deitar pela boca fora uma quantidade enorme de disparates. Então dizia o dito senhor que o caso do BPN não abalou em nada a economia do país porque não implicou nada além fronteiras; foi um roubo, mas o dinheiro continuou a circular dentro do país pelo que não foi isso que pôs o país em baixo. E acrescentou: «Porque, Sr.ª D. Eduarda Maio, se eu lhe roubar a carteira, daí não vem qualquer mal para o país porque o dinheiro que eu lhe roubasse continuaria a circular por aí…»

Depois desta ainda largou mais umas pérolas que não consigo recordar de tão furiosa fiquei com aquela barbaridade! Ah! e ainda teve tempo de dizer que tinha feito o 2º ano de Sociologia… Mas deve ter sido na Universidade de Cacilhas como dizia o meu pai ironicamente  há muitos, muitos anos atrás!

Logo de seguida, tomou a palavra um outro «ilustre ignorante» que defendeu inexoravelmente o empobrecimento das famílias porque o nosso é e sempre foi um país pobre por isso para quê tantos carros, tantos telemóveis, tantos computadores? O que é preciso é produzir para exportarmos e mais nada. E claro que é preciso cortar ordenados e reformas aos portugueses em geral e não aos governantes que esses são uns mil e não é por aí que vem a despesa… Este não arrogou ter frequentado o ensino superior nem mesmo na Universidade de Cacilhas mas deve ser daqueles que apreciam aquele fado francamente fascizante que é Uma Casa Portuguesa, com certeza…

Ai que azar!

(Depois ainda ouvi um bocadinho do fórum dr António Barreto, mas isso é outra história.)


11 comentários:

  1. compreendo o teu duplo azar.

    mas o sociólogo Barreto também bolsou, para mim, o azar seria triplo.

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  2. A Universidade de Cacilhas foi a única que recusou receber Miguel Relvas.
    É que em Cacilhas já existiam burros demais.

    Azar é mesmo darmos de caras com a ignorância personificada.

    Bom sábado.

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  3. Tanta ignorância!
    E tanto professor no desemprego!
    Felizmente que não os ouvi!

    Abraço

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  4. Foi mesmo um azar de 6ª feira 13! Ainda bem que não os ouvi porque para me "desorientar" já basta o meu pé partido que nunca mais cola!
    Alguns media estão a fazer uma lavagem vergonhosa das asneiras dos que se dizem governantes e muitos portugueses vão na conversa sem se darem ao trabalho de pensar por si mesmos! Ou não são capazes, sabe-se lá!

    Um bom fim de semana.

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  5. Anda por aí muita gente a querer resuscitar tempos antigos. O que me faz espécie é haver quem lhes dê tempo de antena.
    Azar mesmo é ter de aturar estes governantes e as suas politicas.
    Um abraço e bom fim de semana

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  6. Quando um gato preto atravessa a rua é azar para os portugueses mas boa sorte para os italianos!
    É tudo uma questão de perspetiva... : )

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  7. Estimada Amiga Graca Sampaio,
    A sexta feira 13 foi passada da melhor forma, a não ser a noticia publicada no DN, sobre o corte nas pensões.
    Felizmente aqui em Bangkok náo tenho acesso à RTPi nem ouco estacões de rádio, ficando assim aliviado de ouvir esses tipos cuja mentalidade devi ser aferida por alguns psiquiatras do Julio de Matos.
    Aguardemos dias melhores e que esses político de umavez por todas olhem para eles e para as regalias que tem e deixem os reformados em paz.
    Abraco amigo, votos de óptimo fim de semana

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  8. A "Casa Portuguesa" não é um Fado, embora a Amália o cantasse nos seus espectáculos, mas nem tudo o que ela cantava era fado... Agora, se é fascizante, deve sê-lo dentro de um conceito que não estou a agarrar. Cá para mim, fascizante será a cantiga do "Corte" que também não é um fado nem sequer devia ser o nosso Fado... É assim como que uma extorsão que passou a ser legalizada, doa a quem doer, morra quem morrer, democraticamente aplicada apenas a F.P. e AP... Fascizante é ainda a cantiga da "Venda de Portugal ao Estrangeiro" que passa pela sinfonia em dó menor das Privatizações desta Ópera-bufa representada por um governo de mentira.
    Resumindo, a "Casa Portuguesa" não é um fado e o Fado, goste-se ou não do género, foi considerado Património Imaterial da Humanidade.

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  9. O Fado foi considerado Património da Humanidade, espero que o Cante Alentejano também o venha a ser.

    Não aprecio muito fado, embora haja alguns de que goste e adoro "Povo que Lavas no Rio", por exemplo.

    O que acho completamente disparatado é designá-lo como Canção Nacional.

    Quanto a gatos(sou apaixonada por felinos), na Irlanda um gato preto dá sorte e tem que haver sempre um na casa, especialmente se nova.

    A crença é tão grande que se não existe gato de carne e osso, colocam uma efígie no jardim.

    Este hábito fez com que eu e umas amigas ficássemos a olhar sem saber se era real ou não ...até que eu entrei no jardim ( não tinha portão) e verifiquei que os olhos eram falsos, rrss

    Fica bem

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  10. O "cromo" teria andado na Universidade de Cacilhas e com os professores do Relvas...

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  11. O azar de ouvir energúmenos, infelizmente, não escolhe datas. Pode acontecer em qualquer dia...

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