Tinha o nome de Grande Hotel. Era o Grande Hotel Lis. Ali mesmo no coração da cidade. Antigo. Não é do século passado (eu é que sou...); já é do outro século atrás!
Quando vim viver para Leiria, em Outubro de 74, e em muitos anos que se seguiram, diariamente lhe passava à frente, colocada que fui na velha Escola Preparatória D. Dinis que se situava na mesma rua do hotel.
Como gostava - com o meu quê de voyeurismo - de espreitar pela grandes janelas do rés-do-chão os hóspedes que ali tomavam o pequeno-almoço! E lembro-me ainda de ter lá estado em reuniões e encontros partidários.
Com a sua construção antiquada, transmitia uma ambiência azulada, que nos transportava para os romances de Eça. Atraía-me.
Anos mais tarde, fechou. Taparam tudo. Aferrolharam as portadas das janelas. Mas com o tempo foi-se degradando: as janelas abriram-se deixando os cortinados esvoaçar para fora. Uma tristeza!
Ouviu-se falar na sua requalificação. Em 2010, sofreu um incêndio. Depois, um senhor muito rico do meio construiu, por trás do hotel, a sua mansão de cidade. Não sei se os restos mortais do velho hotel lhe retiravam a vista, mas atualmente o que resta do Grande hotel Lis é isto.
E que mal fica ali mesmo no centro da cidade!
E que mal fica ali mesmo no centro da cidade!
Quando, em 1976, vivi durante uns meses entre Leiria e Santarém, fiquei muitas vezes hospedados no Hotel Lis. Outras vezes ficava no D. João (II?), que não sei se ainda existe..
ResponderEliminarÉ verdade Graça, sempre ouvi dizer que estava em obras, começou no ano em que a nossa amiga Manuela "A Turista Acidental" queria vir passar uns dias a Leiria, falamos sobre isso na altura e já lá vai tanto tempo, é uma vergonha ver esta imagem.
ResponderEliminarO Carlos fala no D.João que já não funciona como Hotel,mas pelo menos continua de pé.
beijinho e uma flor
Isto é quase pecaminoso!!
ResponderEliminarUma imagem que devia acordar a autarquia. Quando as obras não avançam e o espectáculo é de degradação ali no coração da nossa cidade.
ResponderEliminarLembro-me de ali ser uma estação de embarque nas camionetas de carreira, não sei se era - Os Claras ou os Oliveiras.
O Vilela já era na Heróis de Angola
Não consigo receber os seus comentários, Graça :(
ResponderEliminarDe facto, Gracinha!
ResponderEliminarPor cá, também temos alguns mamarrachos...antigas pérolas. Uma pena!:(
um gde beijinho:)
Comecei a passar frente a este hotel quando, menina bem moça, era aluna do 6º ano do liceu e lá ia de bata azul claro...mais tarde comecei a passar pela mesma razão que tu!
ResponderEliminarTenho pena de ver no que se tornou! :-((
Abraço
ResponderEliminarPara isso, entãose calhar mais valia não conservar nada!
Eu entendo a ideia de manter a traça arquitectónica das zonas mais antigas das cidades ou outras localidades para não permitir a desfiguração dos centros históricos... mas será que tudo se justifica?
Mais valia deixarem construir de raiz um edifício novo e serem rigorosos depois na aprovação dos projectos para que a modernidade não choque e possa conviver com o que é antigo.
Beijinhos arquitectónicos
(^^)
Não destruam as construções antigas, porque têm história e a cultura de um povo vive da sua história. Quando muito mantenham as fachadas exteriors. Conheço e razoavelmente bem, muitas entidades que aproveitaram fachadas e modernizaram por dentro sem destruir a traça arquitectónica.
ResponderEliminarUma pena...
ResponderEliminarÉ sempre uma tristeza quando verificamos que um local que outrora foi emblemático foi votado ao abandono e à ruína... :(
ResponderEliminarBeijocas, Graça!
Um "mono" diria eu.
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