Na última semana antes do reinício
das aulas e como já não há como entreter as crianças, vá de ir com elas fazer a
ronda dos museus propícios às suas verdes idades.
Primeiro fomos ver o renovado Moinho
de Papel à beira Rio Lis, instalado ali em 1411 para a manufatura de papel, o primeiro
conhecido em Portugal.
Foi muito interessante e os
miúdos gostaram bastante porque ficaram com a ideia de que tinham mesmo
fabricado papel. De facto, a responsável pela visita, uma jovem senhora
simpática, dinâmica e competente, contou aos miúdos a história do papel,
explicou a sua manufatura e deu com eles, sendo apenas dois, todos os passos da
mesma, pondo as noras a trabalhar para eles perceberem a força da água do rio,
deixando-os ajudá-la a usar as prensas e sei lá o que mais, chegando no fim da
visita a dizer-lhes que convidassem as suas professoras a trazerem as turmas ao
moinho para uma visita.
Ontem foi a vez de visitarmos com
eles o Agromuseu da Ortigosa também da responsabilidade da Câmara Municipal, mais
conhecido pelo Agromuseu da D. Julinha, última proprietária daquela antiga casa
agrícola, que cedeu aquele espaço para que se preservasse quer o espaço, quer a
memória de todo aquele património rural.
Os interiores da casa, do
celeiro, da adega, do lagar estão muito bonitos e muito bem arranjados,
registando por meio do mobiliário, das loiças, dos fogões, as alfaias
agrícolas, etc. o modo de viver dos finais do século XIX e da primeira metade
do século XX. O espaço da quinta, porém, que é enorme e lindo, está um bom
bocado abandonado, com meia dúzia e não mais de variedades na horta, sem árvores
de fruto, tudo um bocado para o seco, os currais com dois ou três galarós de
crista que cantavam que nem loucos e um coelho grande, sonolento de tão só. Nem
uns porquinhos que são os animais de agropecuária da zona por excelência, nem umas
gaiolas grandes com aves variadas, sei lá… E o facto é que estavam, que
víssemos, quatro pessoas por lá, sem fazerem nada, absolutamente nada senão
andarem por ali! Uma delas até estava sentadinha numa das salinhas a sorrir e a
fazer crochet… Uma pena, com aquele manancial de história e de espaço!
Com efeito, a atitude das pessoas
é tudo no aproveitamento e desenvolvimento das realizações, dos empreendimentos
e das instituições! Que diferença entre a senhora do moinho de papel e estas
outras do agromuseu!
Conheci muito bem a D. Julinha que foi protagonista duma trágica história de amor!
ResponderEliminarSabia da existência desse museu mas não sabia que esse espaço tinha sido doado por ela à comunidade que pelos vistos não está a tratá-lo com a dignidade que merece!
É uma pena!
Mas as crianças gostaram tenho a certeza!
Abraço
Gostaram pois!
ResponderEliminartens de me contar a história da dita D. Julinha que de facto se chama Maria Leonilde...
Reportagem bem interessante e com fotos bonitas.
ResponderEliminarClaro que para as crianças foi uma delícia.
Bons sonhos
O agromuseu é uma relíquia!!
ResponderEliminarA visitar.
BFDS!!!
O Museu do Papel está extraordinariamente bem dinamizado. É o que fica perto de Paços de Brandão, certo? A minha criança gostou muito de o visitar e de experimentar as prensas e as texturas dos vários tipo de papel. Tenho pena é que esses Museus, apesar de bem dinamizados por recém licenciados, que querem mostrar o seu valor e ganhar uma oportunidade profissional, nunca fiquem residentes...Tem corrido bem no Museu do Papel devido ao empenho de gente nova, que em buscar de uma oportunidade, dá tudo para poder ficar e nunca fica... :-(
ResponderEliminarTem razão, Raquel!
ResponderEliminarPois chamava! :)
ResponderEliminarConheci-a porque ela era visita e hóspede constante do colégio onde andei e onde também andou uma irmã muito mais nova, creio que filha de um segundo casamento do pai!
Quando estivermos juntas contar-te-ei a história...que ainda tem outras coincidências!
Abraço
Abraço
uau! também quero fazer esse passeio :)
ResponderEliminarÓptima maneira de "entreter" as criancinhas - levá-las a visitar museus, especialmente esses "museus vivos".
ResponderEliminarÉ um facto que muito do que está bem e do que está mal é devido à actuação, boa ou má, dos intervenientes. É assim em todos os aspectos da vida.
Gostei da postagem.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Link para o meu blog principal
Mariazita
PS - No próximo Domingo publicarei o meu habitual post mensal, onde falarei das férias e mostrarei muitas fotos.
Há uns bons anos visitei a Casa Museu José Relvas, em Alpiarça. Ainda hoje recordo, como a Senhora encarregada de receber os visitantes, nos explicou ao pormenor todos os detalhes. É bem o oposto dessas quatro senhoras, em que uma delas até faz crochet. São casos destes que deviam ser corrigidos por alguém que dirige estes serviços.
ResponderEliminarDe facto, caro anónimo!
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