Adoro responder a desafios
lançados pelos autores de blogs
amigos (desde que não impliquem adivinhar locais e outros que tais – que me
desculpe o nosso querido amigo Rui da Bica…) e por isso aqui estou a participar
modestamente no repto deixado pelo nosso amigo CBO do blog crónicas do rochedo subordinado ao tema «Já não há canções de amor».
A canção que aqui deixo é o Sleepwalk brilhantemente tocado pelos Shadows.
Os miúdos entraram para o 1º ano
lá no Colégio aos dez anos, mas ela só deu por ele quando passaram a frequentar
a mesma turma, no 3º ano. E foi paixão imediata. Daquelas paixões avassaladoras
do princípio da adolescência de que os adultos, esquecidos (ou não!) das suas
experiências se riem sem as levar a sério, mas que marcam para o resto da vida.
Deve ser por isso que se diz que «não há amor como o primeiro». Mas também se
diz (Florbela Espanca disse-o daquela forma sensual como só ela sabia fazê-lo)
que no amor, há um que ama e o outro que se deixa amar. E assim aconteceu: ela
amou desmedidamente e ele foi-se deixando amar de forma intermitente.
E houve um Carnaval louco,
esfuziantemente louco, em que na festa eles foram figura principal e dançaram
pela primeira vez (e a última?) ao som das guitarras falantes de um disco dos
Shadows que tocavam o Sleepwalk. Não
sei qual dos nossos amigos, armado em engrançadinho, apagou as luzes e, no
lusco-fusco do fim da tarde daqueles fevereiros cinzentos do sopé da Serra,
inocentemente eles beijaram-se.
Só voltaram a falar-se quarenta
anos mais tarde. E falaram, falaram, relembraram os amigos do Colégio, mencionaram
alguns traços importantes das suas vidas que entretanto passaram entre
parêntesis e, claro, do velhinho Sleepwalk. Música que na festa seguinte ele
(com aquele seu grupo de sempre) tocou para ela…
oh que lindo ... mesmo muito mas muito lindo. beijinhos e adorei recordar a música (o meu querido pai ouvia-a ...)
ResponderEliminarNão me importaria ir de novo a Nassau, Bahamas, e ouvir esta melodia todos os dias. : )
ResponderEliminarLinda , linda ...até faz doer por estar tão longe no tempo e tudo ter sido tão diferente.M.A.A.
ResponderEliminarO vídeo da canção tocada pelos Shadows não é permitido ver na Alemanha, mas a tua história de amor é amorosa.
ResponderEliminarFabuloso fim-de-semana com ou sem Sleepwalk.
ResponderEliminarLinda e muito romântica a história... linda a música dos Shadows. Já nem me recordava dela!
Adorei ler-te... e fizeste-me lembrar de uma história que se calhar até poderia partilhar e assim participar no desafio do Carlos...
(vou pensar nisso antes que o mês acabe!)
Beijinhos sem sombras mas com ecos do passado
(^^)
Há recordações que nos marcam para sempre... :)
ResponderEliminarBeijocas!
ResponderEliminarAqueles acordes de guitarra elétrica, ainda os ouço com aqueles efeitos sonoros da época!...
Tantos anos são passados, caramba!
Eu estava lá! E garanto a veracidade da história, ele "o tal", hoje toca este tema muito melhor, até o Hank Marvin o toca melhor.
ResponderEliminarLindo! Ou não fosse eu um romântico...
ResponderEliminar:)
A década de 60 no seu melhor.
ResponderEliminarHank Marvin, Bruce Welch e Brian Bennett, nomes que não se esquecem.
Bjs, Graça.
Quanta razão tens!
ResponderEliminarFlorbela, escreveu os sonetos de amor mais belos que já li. Amou e escreveu ao amor, sensual e apaixonadamente, mas, provavelmente, não chegou a ser feliz.
Os Shadows da minha juventude...
Boa eleição.
Um grande abraço
Estou neste momento a fazer a viagem de regresso a Lisboa e este maravilhoso tema dos Shadows veio mesmo a calhar, Graça.
ResponderEliminarMuito obrigado pela tua participação com uma história tão apropriada ao tema musical, cujo video ainda teve o condão de me levar a muitas paragens por onde fui passando ao longo da vida.
Quando chegar a casa vou fazer o link.
Uma vez mais, obrigado
Beijinho
amiga Graça Sampaio,
ResponderEliminargostei de ler o texto, ao som da música dos Shadows,entrar na festa e observar o jovem par que se beijava. depois regressei à minha real idade, para logo em seguida passear por momentos da minha vida, ligados para sempre a uma canção ou um trecho musical.
sobre o post anterior: prefiro as festas de Viana mas a minha opinião é suspeita, pois passei grande parte da infância e adolescência em terras minhotas.
Meu querido Caínhas, sabia que não deixavas de vir aqui dar o teu testemunho real, ao vivo e a cores...
ResponderEliminarEu é que agradeço, CBO, pela oportunidade de participar...
Viana sempre, não é Humana?! Claro! Concordo.
Também concordo, Duarte. Florbela Espanca foi do melhor em poesia escrita por mulheres.
Obrigada a todos os românticos que gostaram desta história romântica de adolescentes tontos...
Oh... tão lindo!
ResponderEliminarHá momentos simples que marcam para sempre.
ResponderEliminarParabéns! Bela resposta...
Ai... até dá para suspirar. :) Gostei da história e da música, claro.
ResponderEliminarObrigada, Luísa e toda(o)s!
ResponderEliminarNão era de esperar outra coisa - sublime!
ResponderEliminarBoa semana!!
Que linda história verdadeira!
ResponderEliminarE como tu sabes contar tão bem!
Abraço