Como deixei aqui dito no meu texto de 6 de Outubro último, a DREC informou, no passado Setembro, que a actual direcção da minha Escola deveria repetir o processo de avaliação do desempenho docente (ADD) referente a 2007/2009 que tinha sido realizado por mim, enquanto presidente do conselho executivo. Gostaria de ter lido os termos em que o referido despacho foi redigido para, de forma mais lúcida, poder compreender este processo. Mas, infeliz ou felizmente (não sei) decidiram não me dar conhecimento qualquer acerca desta decisão. Eu não tive acesso ao despacho mas, por incrível que pareça, parece-me que mais ninguém teve, na Escola!
De uma ou de outra forma, dois dias depois do Natal, em pleno tempo desta interrupção lectiva, o director divulgou uma ordem de serviços em que informava que tinha decidido proceder às alterações necessárias às classificações anteriormente atribuídas, de acordo com as orientações da DREC.
Tudo bem. Foi a sua decisão. As pessoas não têm todas o mesmo grau de combatividade e de coragem para arrostar determinadas situações. Gostaria apenas de saber se a Comissão de Coordenação da Avaliação Docente (CCAD) que tem de validar os resultados da avaliação, terá concordado com tudo o que foi feito, sendo aquela CCAD composta apenas por elementos que tinham pertencido à CCAD que validou as minhas avaliações e os meus procedimentos.
Como tive oportunidade de afirmar no meu anterior texto sobre este assunto, não tenho a pretensão de ter feito tudo correctamente – até porque duvido que alguém o tenha feito neste país, a começar pela DGRHE que nos induziu em erro ao criar aquelas aplicações informáticas que não aceitavam números decimais e que permitiam que as pessoas que não tinham solicitado aulas assistidas tivessem a classificação de 8 ou de 9, mantendo a menção de Bom. (Para quem não domina a tabela das classificações, as classificações de 6 a 7,9 correspondem a Bom; as de 8 a 8,9 correspondem a MB e as de 9 e 10 correspondem a Excelente, sendo que só podem aceder ao MB e ao Exc. os professores com estatuto de avaliadores e os que solicitem aulas assistidas).
Ora houve muitos colegas que não quiseram pedir aulas assistidos e que sabiam, à partida, que se ficariam pela menção de Bom. Porém, não foi por isso que deixaram de desempenhar as suas tarefas extra-aulas, como por exemplo, desempenho de cargos, desenvolvimento de projectos, apoios a alunos e a encarregados de educação entre outras, de forma muito eficiente, pelo que não podia senão atribuir-lhes classificação superior a 7,9. E a aplicação do ME aceitou!!!
Por outro lado, houve professores que foram classificados de MB e de Exc. para os quais não havia quotas (só 20% do universo total de professores avaliados poderiam ter MB e 5% poderiam ter Exc.) que não puderam manter a menção mas apenas a classificação. Por exemplo, um avaliado com 9 para o qual não houvesse quota por força do determinado da lei, manteve a sua classificação numérica mas recebeu a menção não de Exc. mas de MB. E a aplicação do ME aceitou!!!
Agora vem a DREC dizer que estas notas têm de ser descidas para os valores correspondentes às menções. Não me parece justo, nem lógico, nem coisa nenhuma!
É muito diferente um professor chegar a uma escola nova levando na sua “bagagem” um Bom com classificação de 9 ou com a classificação de 7! Como é diferente chegar com um 9 que correspondeu apenas a MB por força das circunstâncias legislativas! Ou o que é que estamos a pretender esconder?!
O pior de tudo isto, para além das descidas nas notas que transtornam qualquer um, é que houve imensas escolas que usaram a mesma lógica que eu usei e que, como não tiveram quem reclamasse superiormente, não tiveram de proceder a estas alterações, continuando estes professores a ter 9 com a menção de Bom e assim sucessivamente.
É justo isto?! Não me parece. Ou então, porque é que a DREC não faz (ou não fez, em devido tempo) uma informação, ou um despacho, ou seja lá o que for a todas as escolas para que todas sigam a mesma linha? Ou mais: se assim é e eu fiz tantas ilegalidades (cadê os outros?!) porque não são (ou não foram em devido tempo...) estas orientações difundidas a nível nacional?
Rosinha-dos-Ventos, não comeces a ralhar por eu voltar ao tema escola! Estas coisas (e outras...) têm de ser ditas!!!
ResponderEliminarBeijo
Olha, só digo que isto é um imbróglio dos diabos!
ResponderEliminarAté fiquei com dor de cabeça mas li tudo até ao fim!
Gabo-te a persistência, vê-se que és Carneiro! :-))
Concordo com a Rosa dos Ventos - isto é um imbróglio dos diabos.
ResponderEliminarTambém li tudo, de principio ao fim, como, aliás, faço sempre que visito algum blog.
Só lhe digo uma coisa: é preciso muita paciência para aturar a DREC e seus despachos sem directivas :)))
Continuação de boa semana. Beijinhos
Muito obrigada pela vossa paciência para lerem tudo. É de facto como diz, Mariazita, não há saúde para aturar a DREC e os seus desmandos.
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