Vejam como o mês de Abril produz gente de valor e de arte!
Jacques Brel, (1929 - 1978) o poeta cantor belga dos idos de 50/60, nasceu em Bruxelas, num dia 8 de Abril, há já 89 anos.
A sua canção mais conhecida foi, sem dúvida, Ne me quitte pas, uma pungente canção de amor, publicada em 1959, motivada pela sua separação de Suzanne
Gabriello, cantora e atriz com quem o cantor manteve uma ligação amorosa.
Esta lindíssima canção de amor correu mundo e foi recriada por cantores de renome como Edith Piaf, Frank Sinatra, Barbra Streisand, Ray Charles, Maysa, Michael Jackson, Celine Dion, Nina Simone, e sei lá mais por quem...
Deixo aqui a versão de Sinatra, que muito me encanta. E a versão portuguesa, por Simone de Oliveira, com letra maravilhosamente adaptada pelo poeta David Mourão-Ferreira, a qual vai transcrita em baixo.
Espero que gostem.
Não me vás deixar
importa esquecer
trata de esquecer
o que há-de passar
esquecer o tempo
dos mal-entendidos
e o tempo perdido
em busca do vento
esquecer de vez
o que sem parar
nos tenta matar
com tantos porquês
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Por mim te darei
pérolas de chuva
dum país sem chuva
que nem água tem
deixarei tesouros
depois de morrer
para tudo te encher
de luzes e de ouro
um reino farei
onde a murmurar
de sempre te amar
só tu serás rei
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
inventar-te-ei
palavras que nem
se podem escutar
e falar-te-ei
de quem por amor
destrói o terror
de todas as leis
e a história de um rei
morto de pesar
por não me encontrar
também encontrei
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
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Já mesmo se viu
do fundo de um mar
que nunca existiu
o fogo brotar
acontece enfim
um campo queimado
dá um perigo mais grave
que o melhor Abril
e ao cair da tarde
vão-se misturar
sob o céu que arde
tantas cores aos pares
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
nada te direi
nem chorar já sei
vou ali ficar
dali te verei
dançar e sorrir
e escutar-te-ei
a cantar e a rir
até me sentir
sombra de uma sombra
que há na tua mão
sombra do teu cão
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
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Obrigada ... ADOREI recordar através do seu bom gosto!bj
ResponderEliminarUma linda canção que sempre adorei ouvir e que só hoje conheci o significado. É uma tristeza não saber línguas, não é?
ResponderEliminarAbril é mês de bons artistas, e de bons homens. Digo eu tive a sorte de ter um por pai e outro por marido.
Abraço e uma boa semana
Abril é aquele mês! eh eh eh... até nasci eu! eh eh eh...
EliminarElvira, agora temos o Google Tradutor que ajuda muito!
Beijinhos.
Como recordar é viver. Adorei:))
ResponderEliminarHoje:- {Poetizando e Encantando } Embriagada na timidez de um sonho.
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Bjos
Votos de um Óptimo Domingo.
A primeira conheço cantada por vários sim, mas não conhecia por Jacques.
ResponderEliminarBeijinho
Na minha opinião, a interpretação de Brel é indiscutivelmente a melhor. Até a língua é a mais bonita para esta canção. :) Gosto mais do francês do que do inglês.
ResponderEliminarOnde é que assino o comentário da Catarina?
ResponderEliminarBjs, boa semana
Nunca tinha ouvido esta música cantada pela Simone de Oliveira. Confesso que gostei .....
ResponderEliminar.
* Saudade de ter ... Saudade *
.
Feliz início de semana
Bom dia.
Uma canção, a de Jacques Brel, para a eternidade.
ResponderEliminarNe me quitte pas. Nunca me canso de ouvir a interpretação do próprio Jacques Brel. Lindíssimo, Graça.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Ainda ontem dei os parabéns a duas aniversariantes do 8 de Abril... mas nenhuma delas está ligada às Artes! :)
ResponderEliminarConhecia estas três versões que aqui nos trazes. Gosto muito desta música, desde muito jovem, pois mal aprendi francês na escola percebi também que a sabia cantar. Ainda hoje gosto imenso de a cantar... mas nunca a consigo acabar porque se me embarga a voz.
A versão que mais gosto? Mas não há qualquer dúvida... a de Brel, évidemment!! E ainda digo mais: cantar esta música noutra língua que não a original, é estragá-la!
Bisous en musique
(^^)
Na minha opinião (e não só) este "Ne me quites pas", de Jacques Brel, foi, creio, a melhor interpretação já vista cantada, muito provavelmente por ser tão sentida pessoalmente, pelos motivos que a originaram e por ser a original.
ResponderEliminarTodas as outras sobre este mesmo tema, não o poderiam ser, porque não "diziam nada de pessoal" aos respectivos outros intérpretes.
Beijos, Graça
É isso sim Rui, concordo 100% com a tua opinião.
Eliminar(^^)
Nem eu estava à espera de outra opinião que não fosse a vossa - de todos vós. Ne me quitte pas é de Brel e por Brel e mais nada!
ResponderEliminarAs versões não passam de versões.
Obrigada, amigos, pela vossa dota opinião!
Bisous pour vous!