Agora que morreste Mãe
e só em mim te tenho
sou mais que o meu tamanho
porque sou tu também
Tuas mãos afagam minhas mãos
De quem são estes gestos esta pele?
Nunca me deste irmãos
só contigo reparto o meu farnel
de quotidianos fardos e alegrias
breves e desta brasa em chaga
que é a tua ausência nos meus dias
órfãos mas sempre ao colo desta mágoa
de não te ter de te ter sido esquiva
de não te ter nunca aberto as portas
do meu ser de nunca te ter dado vivas
o que hoje já só são carícias mortas
Teresa Rita Lopes
Pois esta poesia encerra muito do que digo aos meus amigos, em prosa. Temos que aproveitar a dar tudo o que podemos em vida para não chorar mais tarde de arrependimento, nem que sejam desabafos.
ResponderEliminarUm bom Dia da Mãe e muitos beijos de Mãe para Mãe
Uma emoção a tua escolha!
ResponderEliminarEu não quis ir por aí...
O Dia da Mãe para mim é duplamente triste!
Abraço de Mãe para Mãe, como diz a Tite
O meu abraço forte às três. Com muita amizade. Aqui o Dia da Mãe é no segundo domingo de Maio. Boa semana.
ResponderEliminarA escolha da foto tem a ver com a nobre profissão de professora?
ResponderEliminarAcredito que sim.
Olá, Carol
ResponderEliminarÉ um poema triste, de arrependimento, ainda que muito bem construído.
Não podemos esperar pelo "depois" para demonstrar o nosso amor e carinho. Amanhã pode ser tarde...
Boa semana. Beijinhos
Compreendo a tua não escolha por este tema, Rosinha, e solidarizo-me com ela. Retribuo o teu beijo de Mãe para Mãe.
ResponderEliminarPois é, Viajante, a minha Mãe foi aí professora muitos, muitos anos. Obrigada pela sua visita.
A minha Mãe era uma pessoa muito contida, aparentemente pouco emocional, ao contrário de mim. Por isso era quase impossível demonstrar-lhe afectos fisicamente. O único abraço que lhe pude dar foi no dia em que morreu a minha Avó, Mãe dela. Era uma pessoa aparentemente muito dura.
Mas eu adorava-a!
Obrigada pelas vossas palavras, ó Mães!