Já recebi não sei quantos mails a encaminharem-me para o YouTube para ouvir a canção(zeca) dos super-na-moda Deolinda que se chama "Parva que sou". Para além dos artigos e das notícias (parvas) que a propósito têm aparecido nos jornais! Que parvos que somos, os Portugueses! Desde que apareça alguém ou alguma coisa a dizer mal de nós e a chamar-nos nomes, nós, de imediato, achamos o máximo! Um masoquismo doentio!
Aqui há uns anos foi a utilização até à exaustão da expressão "geração rasca" do Vicente Jorge Silva pela altura em que era ministra da educação a Dr.ª Manuela Ferreira Leite. Colou-se-nos essa expressão aos ouvidos e aos lábios durante anos para desfazermos nos nossos jovens. E agora aparece esta cançãozinha sem tom e a colagem dá-se de novo para continuarmos a desmerecermo-nos e a lamentarmo-nos e a autopenalizarmo-nos!
Canção de protesto, dizem? Um protesto bem mole, resignado, sem vida. Será mesmo protesto?
Deixo aqui para quem ainda não ouviu (e para quem me quiser contradizer...)
A canção não é má...A interpretação que lhe foi colada é que é simplista.
ResponderEliminarMas tens rzão: gostamos de nos rebaixar. E nem sempre da melhor maneira.
Haveria outras...
Acho que a música não rebaixa ninguém, bem pelo contrário... é grito de força. Alguém que se depara com uma situação precária em que vive e constata que não pode continuar assim. É apenas isto e isto já é muita coisa. Parabéns aos Deolinda pela genialidade!
ResponderEliminarEsta maltinha tem que perceber que as cantigas de intervenção tinham uma marca própria, bem vincada.
ResponderEliminarAlém de que foram concebidas por grandes autores e cantadas por grandes intérpretes.
Mas como agora basta mexer os lábios para fazer um disco, com direito aos respectivos "royalties", qualquer coisa serve.
Há gostos para tudo e eu respeito.
Mas o que é mau torna-se insuportável.
Eu gosto dos "Deolinda" embora me pareça que podiam ter feito melhor não só ao nível do ritmo que é muito arrastado para canção de protesto e em relação ao conteúdo que acho pouco assertivo, como agora se diz!
ResponderEliminarJá tive o prazer de os ver actuar ao vivo e adorei! Sobre este assunto tão badalado, não faltará agora quem dele se aproveite. Acho que o melhor a fazer será ler o comunicado que o grupo fez... e o resto, o resto “são cantigas”.
ResponderEliminarQuerida Carol, não será antes pelo poema, que os jovens se identificaram com a canção? Eu acho que sim e até lhes dou alguma razão.
ResponderEliminarBeijinhos :)
BEM...NÃO FOI SÓ O vICENTE JORGE SILVA
ResponderEliminarAGORA TAMBÉM MUITO SE FALA NA GERAÇÃO Y ...
Há sempre alguém que para encontrar o caminho, vai por percursos diferentes, e muitas vezes esse é o caminho para o sucesso.
ResponderEliminarParece-me ser o caso!
Ouço falar, já vi de relance, não gosto do género mas respeito a originalidade.
Algo terão de interessante, porque tendo tantos adeptos, concerteza que não está toda a gente distraída!
Pois, desculpem-me. Eu nunca fui grande entusiasta da música portuguesa. Como eu exultei aqui há muitos, muitos anos, no início dos tempos da revolução quando ouvi o então jovem Miguel Graça Moura dizer "estou-me nas tintas para a renovação da música portuguesa!"... Mas estou como Observador: canções de intervenção foram as do Sérgio Godinho, José Mário Branco, José Afonso e outros, compostas e cantadas com garra, com força e com muita qualidade.
ResponderEliminarQuanto à geração Y, João, o que eles adoram andar com as cuecas à mostra, não é?... Modas!