I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas...
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falam da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano...
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
Que tal acham estas (novas) Proposição e Invocação?!
Fantástico! Digno de Camões. Mas com mais visão...lol
ResponderEliminarTem autor?
Não sei bem quem elaborou essas Proposições mas, não são Inovações. No entanto suponho que já li qualquer coisa dessas escrito pelo Albino Forjaz de Sampaio ou pelo Bocage, vulgo Elmano Sadino.
ResponderEliminarNo entanto presupondo que sei a quem se refere. Atrevo-me a repetir que na Herdade do Brejão foram proferidas as mesmas palavras que ontem foram proferidas na Auto Europa pela mesma personagem. Espero que o golpe do senhor Roussel não se repita na Auto Europa. Será que terei de ler duas vezes?
Estes “preliminares” não estão mal… agora fiquei cheio de curiosidade em saber como irá Vénus reagir. Vamos chegar à Ilha dos Amores ou não?
ResponderEliminarPovo de poetas! :-))
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