(Barcelos por Francisco Mendes)
Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.
Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.
Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
(Porque Verlaine consente)
Dentro do meu coração.
(Fernando Pessoa, 15-11-1930, in
Poesias Inéditas)
Tinha que ser de Pessoa e Barcelos à chuva da autoria do Francisco continua a ser uma cidade bonita!
ResponderEliminarLogo que o tempo acalme coloco os meus galitos... :-))
Abraço