quinta-feira, 19 de julho de 2018

O livro da minha vida

Não gosto de usar o superlativo relativo de superioridade. Conscientemente, raramente o uso.

Eximo-me sempre que posso de responder quando me perguntam por exemplo «qual foi o filme de que mais gostaste?», ou o livro, ou seja o que for. É que num dia posso lembrar-me de um filme, ou livro, ou música de que gostei muito e noutra altura, lembrar-me de outro(s). Tudo depende das circunstâncias e da(s) memória(s).

Aqui há dias, a nossa amiga Rosa dos Ventos - lembram-se? - desafiou-me para publicar durante sete dias no facebook capas de livros que li e que por algum motivo, me marcaram.

Atendendo a quem me lançou o desafio, acedi e lá fui lançando os títulos e as capas dos livros de que me fui lembrando terem feito as minhas delícias.

Hoje foi o sétimo e último dia de publicações para o qual guardei o livro que eu considero ser o livro da minha vida: O Monte dos Vendavais de Emily Brontë. Li-o na minha juventude em português e adorei, vi mais do que uma versão em filme e depois escolhi-o para analisar do ponto de vista linguístico na última cadeira da minha licenciatura, que se chamava Seminário e que funcionava como preparação para a tese. Aí tive de o ler e reler na versão original - The Wuthering Heights - que é, naturalmente, ainda mais poderosa, mais avassaladora.



Será que os meus amigos serão capazes de escolher um livro que tenha sido o livro das vossas vidas?

Vamos ver. Ficamos à espera...

17 comentários:

  1. Como sabem, porque o tenho dito repetidas vezes, não sou, nem nunca fui um Grande Leitor (Ficcão, Romance, grandes clássicos). Talvez por isso e também por isso, a minha "inclinação" na minha formação académica foi para as ciências !
    Claro que, se contabilizar as minhas leituras elas serão até, provavelmente, mais do que as de qualquer um ! :))
    Reconheço que leio imenso , mas há leituras e "leituras" ! :)
    Depois, como referes, ou para além do que referes há ainda o factor época da vida !
    Lembro-me quando na primeira aula de uma cadeira da Universidade ter que preencher um questionário em que era perguntado isso mesmo que fazes agora : "Qual o livro que leu que mais o marcou?"
    Lembro-me de ter respondido, "A Túnica" ! :) ... Será que a
    resposta seria a mesma, hoje ? ... A verdade é que não sei.
    Tenho uma vaga ideia de ter gostado de ler "Nana", de Emile Zola, O Crime do Padre Amaro e sei lá, tal como referes, talvez noutras alturas me recorde de outros. :)

    Abraço com um beijinho, Amiga ! :)

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    1. Calcula que li "Nana" com 14 anos, romance que encontrei na biblioteca dos meus pais.

      O Crime do Padre Amaro já li mais tarde.

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  2. Eu não tenho um livro da minha vida. Sempre li muito. Há autores de que li quase toda a obra, e milhentos de que nunca li nada. Houve uma época em que diria que "as pupilas do sr reitor" e "uma família inglesa" teriam sido os que mais gostei. Mais tarde diria "Tereza Batista Cansada de Guerra" e "Capitães de Areia"
    e assim sucessivamente outros me foram impressionando e sendo substituídos. Os Miseráveis, Por quem os sinos dobram, Os sete Minutos. Nestes últimos tempos o que mais me impressionou foi Levantado do Chão de José Saramago.
    Abraço

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  3. Tenho vários preferidos da minha vida, clássicos e modernos,
    tanto da literatura de excelência, como da literatura mais
    comercial. Não escolho...
    Há uns anos adorei ler o Diário de Uma Paixão, não esperava
    algo valioso de um 'best-seller' americano...
    O Monte dos Vendavais é um clássico que gosto de reler...
    Beijinhos literários.
    ~~~~

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  4. INFORMAÇÃO
    Tal como tinha anunciado acabo de publicar mais um episódio, o oitavo, da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE que desta feita tem como título... "Empernanço de pestana"... Com este texto a acção entra de raspão na guerra colonial e ainda na ida do primeiro homem à Lua. Uma vez mais alerto para imagem que pode impressionar as/os mais sensíveis.


    Volto depois para comentar.


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  5. Sem hesitação - Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez.
    Que já li três vezes.
    Beijinhos, bfds

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  6. Também li e gostei imenso!
    Há obras inesquecíveis!!!bj

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  7. Para esta obra-prima és obrigada a usar o superlativo.

    Estou com um pé fora de casa, volto mais tarde.

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  8. Durante muitos anos, quando pensava no livro da 'minha vida', era na "Carta de Pequim" que eu pensava. Li-o muito jovem, e aquele amor, contrariado e interrompido, pela impiedosa ditadura maoísta, mexeu muito comigo.
    Depois de passar por tantos escritores, cujos livros adorei, como Jorge Amado, Gabriel Garcia Marquez e outros, o primeiro ainda prevalece, embora, haja outro que me agradou tanto, como o primeiro: "As Cinzas de Angela" de Frank McCourt. Uma narrativa impressionante e de um realismo atroz, onde a fome era uma constante nos bairros pobres de uma Irlanda triste, onde o autor cresceu, nos anos 40. Com um desassombro enternecedor, conta-nos parte da sua infância de luta pela sobrevivência, mas onde o bom humor também tem lugar.

    Esse da 'tua vida'; o «Monte dos Vendavais» li-o, há muito tempo, mais por ser um clássico, mas não me impressionou por aí além.

    Beijinhos.

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  9. Com diz a Graça, tem dias. Hoje recordo As Vinha da Ira. Amanhã, quem sabe?

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  10. Uma pergunta difícil de responder tendo já lido milhares de livros. Devia de ter anotado os títulos desde que comecei a ler os livros de fadas para saber exatamente quantos milhares. :) com os livros áudios o número anual aumentou ainda mais. Não tenho "o livro da minha vida" e há livros que já li muitas vezes. Mas vou mencionar 3 que me impressionaram bastante e que reli. "QUO VADIS", A TERCEIRA VISÃO" e "RATOS E HOMENS".

    Fiquei com curiosidade, Graça, diz-nos quais são os outros 6.

    Lembro-me, já era eu adolescente, a minha mãe falar com a irmã mais nova e uma prima sobre O Monte dos Vendavais. Adoravam romances. Alguns anos depois, não sei quantos, eu viria a ler o mesmo livro em inglês, mas confesso que não o posso caracterizá-lo de livro da minha vida.

    :))

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    1. Os restantes livros que nomeei foram: "As Três Sereias" de Irving Wallace; "O Ano da Morte de Ricardo Reis" de Saramago; "Crónica de uma Morte Anunciada" de Gabriel Garcia Marques; "Aldeia Nova" de Manuel da Fonseca; "As Naus" de António Lobo Antunes e "Os Memoráveis" de Lídia Jorge.

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  11. Lembro-me de ter lido O Monte dos Vendavais e de ter gostado.
    Tempos houve em que ler fazia parte dos meus dias eque tive de parar de comprar livros por não ter mais prateleiras, hoje como sabes dedico-me mais à fotografia.
    Livros que me marcaram? Foram tantos e penso que cada novo livro que leio deixa uma marca importante na minha vida.
    Olho para a minha estante e lembro:
    "O Inverno do nosso descontentamento"
    " O Espião que veio do frio"
    " Entre os elefantes"....e a lista não parava.
    O último que li foi Cebola crua com sal e broa do Miguel Sousa Tavares, devorei-o num dia:
    Bom fim de semana

    Beijinhos Graça

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  12. Sinceramente sou muito instável, razão que me leva a ter mais do que um, tudo depende do meu estado de espirito, mas o Cem Anos de Solidão marcou-me bastante, talvez pela altura em que o li, sei que a seguir li o Guerra e Paz e depois tive imenso tempo sem ler.

    Bom fim de semana com a Feira Medieval e os Tocándar actuar 😃😃

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  13. Tantos livros excelentes que por aqui passaram!
    Obrigada, amigos, pelas vossas escolhas.

    Beijinhos literários pata todos!

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  14. Um dos meus livros preferidos também!

    (acho que não conseguiria escolher só um, podendo escolher vários, seriam Heidi (quando criança) Orgulho e Preconceito, com 12 anos, ainda na adolescência, O Monte dos Ventos Uivantes (o título na edição que li da Europa América), depois pelos 17/18 anos As Meninas de Lygia Fagundes Telles)

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