Todos conhecemos a Parábola do Filho Pródigo. Eu, que não sou leitora da Bíblia, conheci-a no meu livro de
leitura da 4ª classe e, tal como o filho mais velho da parábola, também achei
um bocado estranho o comportamento do pai, mas enfim. (Insondáveis são os caminhos do Senhor…)
Pois eu também tenho um gato
pródigo. (Não se admiram já os meus
queridos leitores porque cá por casa há gatos de todas as espécies… até
pródigos!)
Há uns anos dei guarida a um
gatão amarelo, lindo, que andou cá por casa cerca de ano e meio. Um explicando
meu que também é perdido por gatos batizou-o de Lourinho. Quando fui de férias,
apesar de ter quem viesse alimentar diariamente os meus gatos, o bom do
Lourinho procurou outra dona mais presente e desapareceu.
Sofro sempre muito de cada vez
que perco um gato, por isso uma vizinha aqui da rua, que é minha amiga, um dia
bateu-me à porta dizendo que me trazia o meu Lourinho de volta. Entrou-me pela
porta dentro um gatão amarelo, lindo que se comportou logo como se fosse da
casa. Mas não era o Lourinho, que esse tinha o fundo da cauda revirada.
Este foi chamado de Miminho
porque era extremamente meigo. Quis mandá-lo castrar, mas o meu marido, num
daqueles acessos de macho, tratou de dizer que não senhor, que deixasse o gato
gozar as suas delícias. E assim foi. Isto aconteceu no princípio do outono de
2014.
O gato – como todos os meus gatos
– tinha liberdade de entrar e de sair e assim se foi mantendo mais ou menos
caseiro.
Há uns dois anos, esteve meses
sem vir a casa. Pensei que não regressaria, mas regressou. Escanzelado, cheio
de feridas e de peladas. Tratei-o, limpei-o, dei-lhe de comer e até foi ao
veterinário. Continuava a ser um mimalho, a vir para o colo e a fazer ronrons.
Mas
ele nunca mais foi gatinho de casa.
Até hoje, vem a casa quando lhe
calha, quando tem fome, ou precisa de descansar. Como o filho pródigo da parábola,
é tão bem tratado como os “residentes” – espero que eles entendam…
Graça criaste a parábola do "Gato Pródigo"... Malandrinho ele, não é mesmo? Sabe onde encontrar abrigo, cuidados e afeto... Gostei da narrativa e da sua disponibilidade...
ResponderEliminarAbraço.
Na tua casa, tem vida de gato-rei ou rei-gato!
ResponderEliminarA minha irmã tem um gato parecidíssimo com esse. mas mais novinho. Os da minha irmã, são dois manos, um gato e uma gata, fizeram 2 anos em Maio.
ResponderEliminarUm abraço
Tâm sorte os teus gatinhos que podem entrar e sair quando lhes dá na reala gana, talvez porque sabem que são sempre bem tratados.
ResponderEliminarAs fotos estão um mimo!
Beijinhos Graça
Prródigo, Graça? Vais ver o Miminho é de Setúbal...daí as constantes ausências. :)
ResponderEliminarAdmiro a paciência do Sidónio. Tão atento ao futebol e o gato esparramado...
As fotos estão giras. Gostei do post.
Beijinhos, boa semana.
Eh eh eh eh.... O Sidónio às vezes passa-se, mas há muito espaço para ele e para os gatos.... eh eh eh
EliminarBeijinhos bem felinos....
Gosto deste bichos, do modo como vivem a sua liberdade sem se deixarem render aos bons-tratos.
ResponderEliminarBeijinho
Lídia
A Graça e a minha prima partilham essa paixão pelos gatos.
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
A paixão pelos gatos fez com que escrevesse este texto tão interessante. Gostei muito das fotografias.
ResponderEliminarUma boa semana, Graça.
Um beijo.
Meus queridos amigos, tenho mesmo de agradecer-vos muito pela vossa paciência para lerem estas minhas histórias de gatos... Mas os gatos são, de facto, uns animais especiais. Já pensaram que quase todos os escritores célebres (e não só) foram grandes amigos dos gatos?
ResponderEliminarBeijinhos e ronrons...
Fui criada no meio de gatos (eu própria nasci no mês dos gatos), cães, galinhas... mas, na minha vida adulta vivendo num apartamento, nunca cedi às inúmeras vezes em que o meu filho me pediu (implorando mesmo) um gato. Essa possibilidade de ter "portas abertas" também os ajuda a regressar sempre.
ResponderEliminarBeijinhos e mimos (extensíveis ao Sidónio, que ficou ali tão bem retratado)
(^^)
Obrigada, Frô!!!!
EliminarMas um patudo faz maravilhas nas nossas vidas....
Beijinhos e ronrons...
A solidariedade macha funcionando, o que eu comoreendo.
ResponderEliminarNunca mandei esterilizar a minha cadela dálmata...
As fotos estão lindas
Beijinho e boa semana :)
Ah mas as minhas gatinhas estão todas esterilizadas
Eliminarsenão havia de ser bonito.... eh eh eh eh....
Tenho uma grande paixão por gatos, como sabe, Graça.Durante muito tempo acreditei na teoria de os gatos serem infiéis aos donos. Até ao dia em que se passou a cena que relatei então no CR, com duas gatas que passaram por casa da minha Mãe.
ResponderEliminarObrigado por partilhar esta história.
Os animais não nos esquecem, nem mesmo os gatos...
EliminarObrigada, Carlos. Beijinhos.