Não gosto de usar o superlativo relativo de superioridade. Conscientemente, raramente o uso.
Eximo-me sempre que posso de responder quando me perguntam por exemplo «qual foi o filme de que mais gostaste?», ou o livro, ou seja o que for. É que num dia posso lembrar-me de um filme, ou livro, ou música de que gostei muito e noutra altura, lembrar-me de outro(s). Tudo depende das circunstâncias e da(s) memória(s).
Aqui há dias, a nossa amiga Rosa dos Ventos - lembram-se? - desafiou-me para publicar durante sete dias no facebook capas de livros que li e que por algum motivo, me marcaram.
Atendendo a quem me lançou o desafio, acedi e lá fui lançando os títulos e as capas dos livros de que me fui lembrando terem feito as minhas delícias.
Hoje foi o sétimo e último dia de publicações para o qual guardei o livro que eu considero ser o livro da minha vida: O Monte dos Vendavais de Emily Brontë. Li-o na minha juventude em português e adorei, vi mais do que uma versão em filme e depois escolhi-o para analisar do ponto de vista linguístico na última cadeira da minha licenciatura, que se chamava Seminário e que funcionava como preparação para a tese. Aí tive de o ler e reler na versão original - The Wuthering Heights - que é, naturalmente, ainda mais poderosa, mais avassaladora.
Será que os meus amigos serão capazes de escolher um livro que tenha sido o livro das vossas vidas?
Vamos ver. Ficamos à espera...
Como sabem, porque o tenho dito repetidas vezes, não sou, nem nunca fui um Grande Leitor (Ficcão, Romance, grandes clássicos). Talvez por isso e também por isso, a minha "inclinação" na minha formação académica foi para as ciências !
ResponderEliminarClaro que, se contabilizar as minhas leituras elas serão até, provavelmente, mais do que as de qualquer um ! :))
Reconheço que leio imenso , mas há leituras e "leituras" ! :)
Depois, como referes, ou para além do que referes há ainda o factor época da vida !
Lembro-me quando na primeira aula de uma cadeira da Universidade ter que preencher um questionário em que era perguntado isso mesmo que fazes agora : "Qual o livro que leu que mais o marcou?"
Lembro-me de ter respondido, "A Túnica" ! :) ... Será que a
resposta seria a mesma, hoje ? ... A verdade é que não sei.
Tenho uma vaga ideia de ter gostado de ler "Nana", de Emile Zola, O Crime do Padre Amaro e sei lá, tal como referes, talvez noutras alturas me recorde de outros. :)
Abraço com um beijinho, Amiga ! :)
Calcula que li "Nana" com 14 anos, romance que encontrei na biblioteca dos meus pais.
EliminarO Crime do Padre Amaro já li mais tarde.
Eu não tenho um livro da minha vida. Sempre li muito. Há autores de que li quase toda a obra, e milhentos de que nunca li nada. Houve uma época em que diria que "as pupilas do sr reitor" e "uma família inglesa" teriam sido os que mais gostei. Mais tarde diria "Tereza Batista Cansada de Guerra" e "Capitães de Areia"
ResponderEliminare assim sucessivamente outros me foram impressionando e sendo substituídos. Os Miseráveis, Por quem os sinos dobram, Os sete Minutos. Nestes últimos tempos o que mais me impressionou foi Levantado do Chão de José Saramago.
Abraço
Tenho vários preferidos da minha vida, clássicos e modernos,
ResponderEliminartanto da literatura de excelência, como da literatura mais
comercial. Não escolho...
Há uns anos adorei ler o Diário de Uma Paixão, não esperava
algo valioso de um 'best-seller' americano...
O Monte dos Vendavais é um clássico que gosto de reler...
Beijinhos literários.
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INFORMAÇÃO
ResponderEliminarTal como tinha anunciado acabo de publicar mais um episódio, o oitavo, da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE que desta feita tem como título... "Empernanço de pestana"... Com este texto a acção entra de raspão na guerra colonial e ainda na ida do primeiro homem à Lua. Uma vez mais alerto para imagem que pode impressionar as/os mais sensíveis.
Volto depois para comentar.
Sem hesitação - Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez.
ResponderEliminarQue já li três vezes.
Beijinhos, bfds
Também li e gostei imenso!
ResponderEliminarHá obras inesquecíveis!!!bj
Para esta obra-prima és obrigada a usar o superlativo.
ResponderEliminarEstou com um pé fora de casa, volto mais tarde.
Durante muitos anos, quando pensava no livro da 'minha vida', era na "Carta de Pequim" que eu pensava. Li-o muito jovem, e aquele amor, contrariado e interrompido, pela impiedosa ditadura maoísta, mexeu muito comigo.
ResponderEliminarDepois de passar por tantos escritores, cujos livros adorei, como Jorge Amado, Gabriel Garcia Marquez e outros, o primeiro ainda prevalece, embora, haja outro que me agradou tanto, como o primeiro: "As Cinzas de Angela" de Frank McCourt. Uma narrativa impressionante e de um realismo atroz, onde a fome era uma constante nos bairros pobres de uma Irlanda triste, onde o autor cresceu, nos anos 40. Com um desassombro enternecedor, conta-nos parte da sua infância de luta pela sobrevivência, mas onde o bom humor também tem lugar.
Esse da 'tua vida'; o «Monte dos Vendavais» li-o, há muito tempo, mais por ser um clássico, mas não me impressionou por aí além.
Beijinhos.
Com diz a Graça, tem dias. Hoje recordo As Vinha da Ira. Amanhã, quem sabe?
ResponderEliminarUma pergunta difícil de responder tendo já lido milhares de livros. Devia de ter anotado os títulos desde que comecei a ler os livros de fadas para saber exatamente quantos milhares. :) com os livros áudios o número anual aumentou ainda mais. Não tenho "o livro da minha vida" e há livros que já li muitas vezes. Mas vou mencionar 3 que me impressionaram bastante e que reli. "QUO VADIS", A TERCEIRA VISÃO" e "RATOS E HOMENS".
ResponderEliminarFiquei com curiosidade, Graça, diz-nos quais são os outros 6.
Lembro-me, já era eu adolescente, a minha mãe falar com a irmã mais nova e uma prima sobre O Monte dos Vendavais. Adoravam romances. Alguns anos depois, não sei quantos, eu viria a ler o mesmo livro em inglês, mas confesso que não o posso caracterizá-lo de livro da minha vida.
:))
Os restantes livros que nomeei foram: "As Três Sereias" de Irving Wallace; "O Ano da Morte de Ricardo Reis" de Saramago; "Crónica de uma Morte Anunciada" de Gabriel Garcia Marques; "Aldeia Nova" de Manuel da Fonseca; "As Naus" de António Lobo Antunes e "Os Memoráveis" de Lídia Jorge.
EliminarObrigada, Graça.
Eliminar;)
Lembro-me de ter lido O Monte dos Vendavais e de ter gostado.
ResponderEliminarTempos houve em que ler fazia parte dos meus dias eque tive de parar de comprar livros por não ter mais prateleiras, hoje como sabes dedico-me mais à fotografia.
Livros que me marcaram? Foram tantos e penso que cada novo livro que leio deixa uma marca importante na minha vida.
Olho para a minha estante e lembro:
"O Inverno do nosso descontentamento"
" O Espião que veio do frio"
" Entre os elefantes"....e a lista não parava.
O último que li foi Cebola crua com sal e broa do Miguel Sousa Tavares, devorei-o num dia:
Bom fim de semana
Beijinhos Graça
Sinceramente sou muito instável, razão que me leva a ter mais do que um, tudo depende do meu estado de espirito, mas o Cem Anos de Solidão marcou-me bastante, talvez pela altura em que o li, sei que a seguir li o Guerra e Paz e depois tive imenso tempo sem ler.
ResponderEliminarBom fim de semana com a Feira Medieval e os Tocándar actuar 😃😃
Tantos livros excelentes que por aqui passaram!
ResponderEliminarObrigada, amigos, pelas vossas escolhas.
Beijinhos literários pata todos!
Um dos meus livros preferidos também!
ResponderEliminar(acho que não conseguiria escolher só um, podendo escolher vários, seriam Heidi (quando criança) Orgulho e Preconceito, com 12 anos, ainda na adolescência, O Monte dos Ventos Uivantes (o título na edição que li da Europa América), depois pelos 17/18 anos As Meninas de Lygia Fagundes Telles)