O colégio onde fiz a minha
terceira classe nos idos de 50 lá em Algés (Colégio Gil Eanes) era uma daquelas
lindas moradias à antiga portuguesa com a parede principal toda coberta por uma
trepadeira roxa que fazia, já naqueles tempos, os meus encantos. Pela cor e
pelo xaile com que parecia aconchegar a casa.
Há uns anos, chegou a moda das buganvílias
e aí redescobri a trepadeira do meu velho colégio. (Uma amiga nossa plantou algumas
buganvílias em volta da piscina da sua bela casa nova e quando as crianças
corriam e se atiravam para dentro de água salpicando todo o relvado em redor,
ela gritava desesperada: «Ai, as minhas buganvílias!» Ainda hoje
– as crianças são já adultas e mães de outras crianças – brincamos com o grito
da minha amiga «Ai, as minhas buganvílias!»… (que já não existem…)
Depois de me reformar do trabalho
na escola, comecei a dar mais atenção ao meu já conhecido nano-mini-micro
jardim e, quando encontrei uma, comprei uma pequenina trepadeira roxa da cor da
do meu colégio de Algés.
Trouxe-a num pequenino vaso e mudei-a
para um vaso grande onde ela se foi fazendo adulta.
Dois anos depois transplantei-a para o tal
nano-mini-micro jardim à frente da minha casa, junto à entrada e aí a boa da
trepadeira roxa trepou e pôs-se linda!
O inverno de há dois anos teve
uns dias de temperatura baixas de mais até mesmo aqui para Leiria com grandes
camadas de geada que secaram completamente a minha trepadeira roxa.
Posso dizer que o desgosto que
tive foi parecido com o que sempre sinto e passo de cada vez que me morre um
gato.
Cortei-lhe os ramos secos e ficou
apenas o pequeno tronco central para não a arrancar de vez e também na
esperança de que ela conseguisse rebentar na primavera.
Passaram mais duas primaveras e
nem sinal de um rebentinho sequer. Lamentava a morte da minha trepadeira quase
de cada vez que entrava em casa.
Não sei se por causa das chuvas
que caíram em quantidade este ano, começámos um dia a ver um raminho verde a
crescer naquele tronco seco e outro e outro, e aí está ela a deitar florzinhas pequeninas
mas roxas, lindas e a rejuvenescer de dia para dia.
Que maravilha é a Natureza!
Maravilha mesmo é a Natureza! Infelizmente nem todo ser humano tem a sua sensibilidade, Graça! Harmonia e beleza trouxe sua trepadeira decorando o exterior de sua casa! Obrigada, pela partilha!
ResponderEliminarAbraço.
Obrigada pela sua doçura, Célia!
EliminarBeijinho.
É mesmo Graça. E a trepadeira está a ficar linda.
ResponderEliminarAbraço
Linda e muito amada.
ResponderEliminarBeijinhos soprados e constipados...
~~~~
Constipada?! Não admira, com este verão tão soprado...
EliminarBoas melhoras!
Graça, essa planta, a que chamas simplesmente 'trepadeira', é uma buganvília, e é muito difícil de vingar. Já tive uma linda de cor bordeaux, que acabou por secar. Ou então, fui eu que não tive a tua perseverança e cortei-a antes dela reflorir.
ResponderEliminarA natureza é imprevisível, ou não fosse ela, Mulher!!! :)
Beijinhos
Acho que, ensonada, nem reparei que lá em cima já havias feito referência às buganvílias...Talvez, por ter lido o texto um pouco na diagonal. Mea culpa!!
EliminarDon't worry, Janita! Está sempre tudo bem entre nós.
EliminarBeijinhos.
Gosto muito de flores, de plantas.
ResponderEliminarE esta é muito bonita.
Adoro este tipo de trepadeira e esta está maravilhosa!
ResponderEliminarbj
Bom dia. Tão bonita:))
ResponderEliminarHoje:-Das cartas que eu nunca te enviei.
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira.
De como as trepadeiras renascem e uma lembrança longínqua de Algés. Recordar é viver!
ResponderEliminarLinda, mas como trepa!
ResponderEliminarpor isso é uma trepadeira.
Não arranha como a roseira
e por isso não discrepa.
Gostei, está muito linda.
Abraços de vida
e Besitos