Sabe quem me conhece e quem já me
vai conhecendo por aqui que não sou frequentadora de missas. Não interessa
estar aqui e agora a esgrimir as razões que me levam a ter este comportamento.
Hoje, por força das circunstâncias,
assisti à missa de corpo presente de uma velha senhora professora do “liceu” de
Leiria que fazia o favor de ser minha amiga, figura grada da cidade e de quem,
também por força de não sei que circunstâncias, vou ser a seguidora na direção
de uma Academia Sénior.
A missa foi celebrada por um
padre franciscano, coadjuvado por um jovem frei, o que, já por si, a tornou
diferente das institucionais missas – entenda-se por isso o que se entender.
Mais dinâmica, mais natural, mais alegre (apesar da circunstância) mais
coloquial, enfim. (paradoxalmente, nem
queiram saber as saudades que eu tenho de uma missa em latim…)
Mas, no meio dos habituais
rituais das missas, das orações estereotipadas e do continuado senta-e-levanta a
que os frequentadores tão bem obedecem – e que eu ordeira e educadamente imito –
hoje gostei e aprendi mais uma lição: quando o celebrante disse que Deus gosta
que sejamos agradáveis para Ele e uns para os outros.
Tocou-me fundo esta ideia de que
devemos esforçar-nos por sermos agradáveis uns para os outros. A noção de
agradar aos outros entra bem na minha ideia dos grandes pilares da nossa dádiva,
da nossa abertura ao outro: a compaixão e a generosidade. Compaixão que não é
sinónimo de «pena»; generosidade que não é sinónimo de «ser bonzinho».
Sejamos, pois, agradáveis uns
para os outros – o que não é sinónimo de mostrar «boas maneiras».
As boas maneiras surgem também do facto de sermos agradáveis.
ResponderEliminarPor mim, vou começar a ser mais agradável. Prometo.
: )
Ser agradável é um principio que deveria de vir do berço.
ResponderEliminarBjos
Votos de uma boa noite
Tento não ser desagradável para ninguém. Quem me conhece sabe que é verdade.Vou sempre há à missa, comecei a ir de pequenina por imposição, depois comecei a gostar. Tive uma fase de revolta em que questionei tudo até a fé, e afastei-me. Estive uns bons anos sem ir. Depois fiz as pazes comigo e com ELE, e voltei. Mas as missas atualmente não tem nada a ver com as de há uns 15/20 anos. São mais alegres, mais leves.
ResponderEliminarLamento a perda da sua amiga.
Deixo um abraço
Lamento o acontecimento que te fez escrever este post mas alegro-me por sentir-te, apesar de tudo, bem.
ResponderEliminarQuanto ao tentar ser agradável para com os outros, essa é a minha postura habitual na vida... fora os momentos em que estou com os "pirolitos entornados"! Ah pois... infelizmente também tenho momentos assim :((
Ter saudades de uma missa em latim?? Só tu!! :D
Beijinhos meigos
😘
Tinha uma magia, um ritmo, uma toada diferentes... a sério!
EliminarEducação e gentileza deveriam ser imprescindíveis em nossas vidas. Mas, nem sempre conseguimos, não é mesmo?
ResponderEliminarAbraço.
Um SERMÃO bem conseguido em mensagem bem pertinente!
ResponderEliminarGentileza nasce do coração e educação do berço!!!bj
O teu testemunho e comentário estão profundamente interessantes.
ResponderEliminarBeijinhos
~~~~
eu pecador me confesso.
ResponderEliminarpor vezes, oh às vezes, tantas vezes... que não sou perfeito! mea culpa...
beijo
Ai a ironia do Poeta... A perfeição não existe - e ainda bem!
EliminarBeijinho.
Gostei da te ler , mais uma vez.
ResponderEliminarBom trabalho nessa tua nova função.
Beijinhos
pouca gente saberá incluir esse conceito na sua vida privada e na pública! estou a lembrar-me do que é o caos das ruas de Lisboa, da indiferença no metro, e temo ser muito pessimista. E não há nada melhor que ser agradável para o outro, com reciprocidade
ResponderEliminarBonito teu texto, tanto na prosa quanto no conteúdo, Graça! Sou de uma irmandade de duzentos e cinquenta e sete anos de existência e também vou à missa todos os domingos, na capela da irmandade que fica em hospital de caridade que mantemos. Como a missa é às oito e minha mulher e filho de doze anos que ainda tenho, dormem mais que eu, às vezes vou com eles também a missa das 18:30h na Igreja de Colégio Jesuíta que fica ao lado de casa. Quanto ao " É dando que se recebe".., concordo plenamente em sermos agradáveis ao próximo. Veja que Moises deixou dez mandamentos e Jesus, um só - ..."amai-vos uns aos outros!".... Parabéns pelo texto e postagem! Grande abraço e gratidão pela partilha! Laerte.
ResponderEliminarMeus amigos, os meus agradecimentos pelas vossas belas palavras e por terem tido a paciência de me lerem.
ResponderEliminarBeijinhos e abracinhos.
Sim, ter uma postura agradável e ser agradável para os outros é correcto.
ResponderEliminarSer agradável a Deus significa viver conforme a Vontade de Deus em todos os momentos da vida, em todas as situações.
Quando se diz "amem o vosso próximo", isso significa: "faça o que for útil ao vosso próximo, batei-lhe até, se por outro meio não for possível levá-lo ao reconhecimento do caminho correcto". Parece uma definição cruel? Basta olhar à volta e ver todas essas doenças, algumas terríveis... naturalmente que têm algum propósito, normalmente castigar por erros cometidos... algumas igrejas insinuam que dessa forma os pecados são perdoados, mas na verdade não! Só quando a própria pessoa os intuir como castigos merecidos e esforçar-se para ser correcto de Verdade e não como imagina na sua cabeça que é o correcto... só então passa de mero castigo continuado a uma forma de reparar o erro, através da vivências das consequências, para não mais querer errar de novo.
Vale ainda lembrar que nunca o Filho de Deus e o Filho do Homem, nem nenhum outro enviado por Deus-Pai deu instruções para a criação de qualquer instituição religiosa... Deus não precisa de instituições entre si e as suas criaturas.