Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre
Sempre por fazer algo... Algo mais para fazer.
ResponderEliminarBeijos, Graça!
Uma "obra" inacabada e ainda bem pois poderemos sempre melhorá-la.
ResponderEliminarBeijinhos
~~~
ResponderEliminar~ Primorosamente construído, sabemos que é um soneto bem
sentido do mosso querido Poeta de Abril...
Já estivemos no fundo, esperamos que daqui para a frente tudo
caminhe no sentido ascendente e que os nossos políticos saibam
honrar a coragem dos capitães.
~~~ Beijinhos vermelhos, Graça amiga. ~~~
Um poema de que gosto muito. Este Abril não é o que a maioria dos portugueses sonhou. Mas ainda assim este Abril seria um sonho para quem só viveu o Abril de 24.
ResponderEliminarAbraço e bom feriado.
O meu conterrâneo diz Abril como ninguém.
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Também é de Águeda o Pedro? Fazia-o nascido em Coimbra...
Eliminar... e o Abril do nosso descontentamento!
ResponderEliminarManuel Alegre com toda a razão, os cravos vermelhos precisam de água fresquinha e bem transparente____________para continuarem viçosos.
ResponderEliminarAbril do nosso contentamento, de descontentamento foram os meses de Abril durante os 50 anos de ditadura.
{*} para ti Graça num dia cheio de esperança.
Obrigada, minha querida, também para ti.
EliminarAbril constrói-se todos os dias porque todos os dias há avanços e recuos!
ResponderEliminarAbraço
LM
Não conhecia, gostei muito do poema.
ResponderEliminarObrigada pela partilha aqui.
um beijinho
Gábi
Gostei do poema, que desconhecia. Ou pelo menos não me lembrava da sua existência. E é isso mesmo, muito ficou ainda por fazer, mas claro que valeu a pena... :)
ResponderEliminarBeijocas
E o nosso poeta sabe bem, muito há a fazer!
ResponderEliminarBeijinho Graça
Fico contente por terem gostado desta minha escolha. De facto, como muito bem disseram, muito há ainda para fazer. Mas também muito foi feito em 40 anos. O sonho é que nos comanda e é por quem corremos e avançamos rumo ao inalcansável.
ResponderEliminarBeijinhos