Impressionava-me quando em finais
dos anos 60 comecei a lá passar de comboio nas minhas primeiras visitas à
família cá do namorado em Leiria. Ali, no meio da planície, fora da vila de Óbidos, a caminho das Caldas da Rainha, erguia-se uma
espécie de mosteiro hexagonal grandioso e belo, pelo menos diferente. Só agora
tive oportunidade de lá entrar e de o visitar por dentro.
Lamento estar tão degradado, tão mal cuidado, a precisar de ser pintado por fora e que lhe substituam os os vidros partidos nas janelas superiores.
Existem diversas lendas na região
que justificam a construção do Santuário. Possuem em comum a ação milagrosa de
uma antiga cruz de pedra com a imagem esculpida de Cristo crucificado, hoje
exposta no altar-mor da igreja. A mais popular esclarece que na década de 1730,
vivendo a região uma prolongada seca, com grandes prejuízos para a agricultura,
um lavrador foi chamado pela imagem, que se encontrava escondida num combro por
entre silvados, em terreno da Colegiada de Santa Maria de Óbidos, junto à
estrada que ligava esta vila às Caldas da Rainha. A imagem
"clamou-lhe" veneração, o que o lavrador cumpriu juntamente com
alguns outros populares, tendo vindo a chover.
A tradição narra que aquela
pequena escultura ali havia sido colocada pela própria rainha D. Leonor, para
indicar o caminho das águas curativas da Caldas, tendo-se tornado objecto de
veneração à época, mas tendo depois caído no esquecimento. Com a sua
redescoberta pelo lavrador e o "milagre" subsequente, a imagem voltou
a ser objecto de devoção popular, tendo sido erigida uma capela de madeira para
albergar a imagem.
A "estranha" imagem de
pedra de Cristo Crucificado esteve até à inauguração do Santuário recolhida
numa pequena ermida junto à estrada para Caldas da Rainha onde era objecto de
grande devoção, nomeadamente do Rei D. João V que inicia os seus tratamentos no
Hospital Termal Rainha D. Leonor, passando a visitar frequentemente a imagem do
Senhor Jesus da Pedra, pela qual tinha grande veneração, ofertando-lhe
avultadas esmolas.
(Informações retiradas de :
Mil vezes lhe passei à porta,
ResponderEliminarobrigado
por me permitir ter espreitado
Que lindo momento de introspecção, Graça!
ResponderEliminarObrigada!
Abraço.
Não conheço, senão de nome. Apesar da degradação exterior, por dentro é bem bonito.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana.
Também vi esse edifício no meu da planície que me impressionou, habitualmente os santuários são construídos no cimo das colinas, e gostei da explicação!
ResponderEliminarfeliz fim de semana Graça
Angela
~ Também desejo que o IGESPAR classifique o Santuário, concedendo-lhe a devida atenção, pois bem merece.
ResponderEliminar~ Além do culto, devia ser um local de refrigério para as pessoas que viajavam nas carruagens que vinham de Lisboa.
~~~~~~Bj~~~~~~~~~~~~~~~~~~
N-ao conheço o interior , o que é pena .
ResponderEliminarM.A.A.
Não conheço, mas gostei de ver o seu interior, parece cuidado e tem um altar muito bonito, ao contrário da igreja cá da terra que está cuidada, mas tem um altar tão sem jeito.
ResponderEliminarBom fim de semana Graça.
Beijinho
Não conheço. Gostei da reportagem, Graça. Obrigada.
ResponderEliminarUm beijo.
Também não conheço e gostei muito da informação.Obrigada.
ResponderEliminarxx
Também eu, quantas vezes por lá passei e ... nunca lá entrei ! :(
ResponderEliminar:))
Tenho ideia de o ver ao longe...Não lhe conhecia nem o nome, nem a história.
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