quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Em defesa dos alentejanos...

Não é que eles precisem que saiamos em sua defesa em questão de anedotas ou outra qualquer questão, mas hoje, à saída da belíssima praia do Carvalhal, em pleno Alentejo, ouvi um veraneante daqueles que parecem bem-postos na vida a chegar com a família junto do seu belo carro e dizer em tom de brincadeira:

- Mulher, passa-me aí a “tchave”!

Praia do Carvalhal, Comporta

E, ato contínuo, lembrei-me daquela anedota antiga sobre o grupo de teatro que foi apresentar o drama de Pedro e Inês no nordeste transmontano mais profundo onde o som ch é pronunciado tch.

Quando, nas cenas finais, D. Pedro entra desesperado gritando pela sua bela Inês, um elemento do público levanta-se da plateia e grita:

- Está ali escarrapatchada no meio do tchão com uma matchadada que lhe deu o Patcheco


20 comentários:

  1. Ehe, eh eh! Bem apanhada. *raia do Carvalhal? Excelente. Continuação de boas férias.

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  2. :)

    São essas pequenas diferenças na fonética que tornam o nosso país numa linda e interessante manta de retalhos!
    "Cada terra com seu uso cada roca com seu fuso!"

    Não é bonito escarnecer com a pronúncia de cada um mas... mas aqui para nós... que atire a primeira pedra quem nunca gozou com alguém por falar "esquisito". Sou nortenha e não sou menina da cidade... e lembro-me bem de na juventude "gozarmos" com os "parolos" que falavam "achim"! :)))


    Beijinhos sem preconceitos
    (^^)

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  3. Na certa o espetáculo teve mais vibrações em aplausos... Deve ter sido hilário!
    Beijo.

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  4. rrrsss rrsssss

    (Fico muito irritada com anedotas sobre alentejanos, porque mão o merecem e além disso sou contra todo o tipo de preconceitos)


    Bem hajas, Gracinha !

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  5. A brincar aos pobrezinhos na Comporta?! :)
    Vê lá se te aparece algum "espírito" maligno! :)

    Abraço em seco!

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  6. Essa não conhecia.
    E é das boas :))
    Beijinhos

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  7. Os Espírito Santo este ano ainda estiveram na Comporta. Para o ano, quem sabe, talvez irão para um pouco mais abaixo, para o Pinheiro da Cruz...

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  8. Caro Anónimo, muitos de nós gostaríamos que isso acontecesse, mas, atendendo ao desempenho da nossa "Justiça", duvido que isso venha a acontecer...

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  9. ~
    ~ ~ ~ ll: ))

    ~ ~ Excelente despedida do Alentejo. ~ ~ Bjs. ~ ~

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  10. Excelente praia, Bonita foto, Anedota Muito boa !!!

    Cada terra com seu uso todos, todos com Sical... não era assim ?! :))

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  11. E também deve ser agradável uma pessoa "escarrapatchar-se" por esse litoral alentejano. :)

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  12. Linda a imagem e claro a anedota!

    Bom fim de semana Graça.

    Beijinho e uma flor

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  13. Bem, começo a atchar que devo passar por aqui mais vezes.
    Fica-se bem-disposto!

    Beijinho


    Lídia

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  14. Os alentejanos agradecem a defesa e os transmontanos não se ofendem de certeza!
    Gargalhei, não por ser alentejana, mas por atchar que aqui tásse bem.
    Se me permitir, voltarei!

    Saudações amigáveis.

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  15. Gracinhamiga

    O meu cunhado Raul que vive em Chateauguay, Québec enviou-me estes dois textos. Neles se prova que no Alenteja há anedotas mas também há mais…

    Peço-te desculpa por o segundo ser enorme. Mas muito interessante.



    Pragmatismo alentejano

    - Menina, esse pasteli édoji?
    - Nã, é donti.
    - E esse croqueti édoji?
    - Nã, é donti.
    - E o rissoli édoji?
    - Nã, tambêm é donti.
    - Que tenho de fazeri pra comeri uma coisa doji?
    - É vir amanhã.

    *******

    Gin "lentamente" destilado 'nasce' no Alentejo por antigo professor

    Graças a uma "tempestade perfeita" na vida, com desemprego à mistura, António Cuco, então desempregado, passou de simples apreciador de gin para 'alquimista de sabores', há poucos meses, criando uma marca dessa bebida, lentamente destilada no Alentejo.

    Trata-se de um gin "feito no Alentejo", em Reguengos de Monsaraz, mas de "caráter português", incorporando na receita maçã Bravo de Esmolfe oriunda de Sernancelhe (Viseu), explica à agência Lusa.

    E o lema da marca assenta num 'jogo de palavras' que cruza a forma "100% artesanal" com que António fabrica a bebida com a 'reputação' dos alentejanos, que considera ser injusta, como 'filho da terra'.

    Lançado no mercado no final de Abril, o "Sharish Gin" está a exceder todas as expectativas do empreendedor, já contactado para começar a exportar para Espanha, Suíça, Brasil e Angola.

    "Começámos a produzir à volta de 150 garrafas por semana", mas, após cerca de dois meses de comercialização, "estamos com 500 garrafas por semana”A empresa vai "duplicar a produção até final do Verão" e prevê atingir o objectivo de vendas traçado para o ano inaugural "nos primeiros três ou quatro meses", afirma.

    Até final de 2014, ou seja, "um ano e meio antes do previsto", António quer expandir as áreas de armazenamento e fabrico e contratar mais trabalhadores, para o ajudarem a ele e à mulher.



    Para recuperar cheiros e sabores da infância, foi buscar a maçã Bravo de Esmolfe, que comia na feira em Borba, com a bisavó, e a lúcia-lima, com que a avó de S. Manços fazia chá, juntando-as a botânicos, citrinos e outros ingredientes para chegar à formula final do seu gin.


    "Sempre fui empreendedor, achei que havia aqui uma possibilidade de negócio e juntei tudo com uma 'tempestade perfeita'", pelo facto "de ter ficado sem trabalho", conta.

    Recebeu o aval de especialistas, que gostaram das amostras que lhes levou, e criou a empresa com o apoio do Instituto do Emprego e Formação Profissional, colocando no mercado aquela que "é a quarta marca de gin nacional" e a segunda com origem no Alentejo (a outra chama-se "Templus").

    Convicto de que, em Portugal, o consumo desta bebida "não é moda, é um culto" com apreciadores fiéis, António quer continuar a dedicar-se à 'alquimia de sabores' que, uma vez destilada, se transforma em gin e já tem novos produtos na 'calha'.

    Um novo gin com pêra-rocha do Oeste, numa edição especial a lançar em "Outubro ou Novembro", e uma gama de cinco vodkas, uma neutra e as outras aromatizadas (maçã Bravo de Esmolfe, pêra-rocha, limão e tangerina), vão ser as novas criações.


    Qjs

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  16. Obrigada, Lídia! Obrigada, Janita pela visita.

    Obrigada a todos os que por aqui passam e ficam bem dispostos...

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