Parece que os nossos comerciantes ainda não quiseram descobrir o Boxing Day! Já importaram o Hallowe’en, o St. Valentine’s Day, mas ainda não chegaram bem ao Boxing Day.
Este é mais um dia de celebração da tradição inglesa e ocorre no dia a seguir ao dia de Natal, se não recair num domingo. Se assim for, o feriado passa para a segunda-feira seguinte. É o caso este ano.
Neste dia, o excesso de mercadorias de muitos estabelecimentos comerciais entra em liquidação, sendo vendida por preços muito mais baixos do que os preços originais. É um dos dias mais movimentados do comércio. Esta é uma tradição que passou para os países de língua inglesa, como o Canadá e os Estados Unidos, embora nos EUA, o nome para o dia de saldos a seguir ao Natal seja Black Friday, para lembrar o dia do grande colapso da bolsa em Outubro de 1929. Alguma lojas em Portugal organizam a baixa de preços da Black Friday, mas muito poucas o fazem.
Tradicionalmente em Inglaterra, no dia de Natal, era posta uma caixa de esmolas (Alms Box) em cada igreja na qual os paroquianos colocavam um presente para os pobres; as caixas eram abertas no dia 26 e o seu conteúdo era distribuído pelos mais desfavorecidos. Daí que esse dia tivesse passado a ter o nome de Boxing Day.
No século XVIII, a nobreza rural, senhores das grandes propriedades, costumava pôr as sobras da comida das suas festas e presentes em caixas que distribuíam no dia 26 pelos trabalhadores das suas terras.
E a tradição de dar dinheiro e presentes aos trabalhadores continua ainda hoje: é costume dar gorjetas aos distribuidores diários, como por exemplo, ao leiteiro, ao carteiro, ao limpa-chaminés, ao rapaz dos jornais e, em algumas empresas, os patrões aproveitam este dia para dar um bónus em dinheiro aos seu empregados.
Gostei de saber a origem do desatino que vi ontem numa reportagem na televisão! :-))
ResponderEliminarA origem foi nobre mas eu não estava horas ao frio ou ao calor, para comprar fosse o que fosse mais barato!
Detesto fazer compras...
Diz-se que todos temos algo característico do sexo oposto, em mim deve ser este desamor por lojas, centros comerciais, etc... :-))
Abraço já à lareira
Não se pode importar o "Boxing Day".
ResponderEliminarO FMI não deixa.
:)
O Sr. Observador leu sobre a big festa de Natal que o FMI deu para os seus funcionários?
ResponderEliminarAusteridade para os outros, para eles não!:-((
E eu a pensar que era o dia do boxe… :)
ResponderEliminarAfinal não é só a Língua Portuguesa que é traiçoeira :))
Li.
ResponderEliminarOs homens do FMI são como Frei Tomás.
:)
Uma pequena correção:
ResponderEliminarBlack Friday é o dia depois do Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day, sempre numa quinta-feira) nos Estados Unidos, tradicionalmente o princípio da temporada de compras do Natal. Já o Boxing Day representa o fim dessa temporada, na Inglaterra.
Mauro M.
Obrigada, Mauro, pela sua correcção. É verdade, sim senhor, mas são datas próxima e concomitantes.
ResponderEliminarQuanto ao FMI... não se pode dizer asneiras, parece mal...
Parece mal no Natal! :-))
ResponderEliminarDeixa passar o Natal que depois vamos-lhe dizer das boas, ao Sr. FMI!
Olá, Carol,
ResponderEliminarJá que o post fala das tradições e cultura na Inglaterra e Estados Unidos, recomendo o livro ONCE UPON A TIME UM INGLÊS..., A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta, de John D. Godinho. O livro, sério e baseado em pesquisa minuciosa, conta lances bem-humorados e histórias por trás das loucuras da língua inglesa, bem como das culturas britânica e americana, desde seu nascimento até os dias de hoje. Como disse a Folha de S. Paulo na sua resenha, “um belo livro para conhecer a língua inglesa além do ‘ei-bi-ci’ e dos produtos pop.” Vale a pena ler o livro. É sensacional.
A terceira edição já está disponível nos sites
www.clubedeautores.com.br e www.agbook.com.br .
Mauro Q.
Boxing Day Sale Signs in a Store stock photo © MaximImages - stock photos in style
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