segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A cultura sempre em último lugar

Não venho dar-vos notícia alguma, mas há que registar: o Museu Nacional do Rio de Janeiro - que reunia os maiores acervos científicos da América Latina, laboratórios de pesquisa e cursos de pós-graduação; que possuía 20 milhões de itens das coleções científicas conservadas e estudadas pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Invertebrados, Vertebrados, Geologia e Paleontologia e que atualmente apresentava cerca de três mil peças, de seu acervo em exposições abertas ao público - ficou hoje reduzido a cinzas!

É redundante dizer aqui que é uma enorme perda de património cultural a nível da América do Sul e a nível mundial. É redundante dizer aqui que é uma perda irreparável e uma enorme tristeza. 

O que não é redundante dizer aqui - e em todo o lado - que a cultura, no Brasil e também entre nós, está sempre em último lugar! Nunca há meios para fazer a manutenção necessária nem para contratar o pessoal especializado que assegure a estabilidade e a conservação que os espaços culturais e patrimoniais exigem. 

(Também... para que serve a cultura? Um povo culto é um povo ingovernável...)

Muito lamentável!




Foi neste Palácio (de São Cristóvão) que a corte portuguesa (a rainha D. Maria I, o Príncipe D. João VI e sua esposa Carlota Joaquina com todo os eu séquito) se instalou quando saiu de Lisboa fugindo dos invasores franceses. 

O museu foi fundado em 6 de agosto de 1818 por D. João VI e é o mais antigo do país - tinha acabado de completar 200 anos.

11 comentários:

  1. Acabei de ouvir a notícia na CNN. Lamentável. Tens razão, em alguns países a cultura não é assim tão importante.
    Em alguns países há cortes na cultura, no ensino, na saúde... infelizmente!

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  2. Acompanhei pela televisão e foi terrível ver ficar reduzido a cinzas todo um património cultural.
    Lamentável e deplorável, a incúria que rodeia estes espaços que deveriam ter uma manutenção cuidada e atenta.
    Concordo a 100% contigo, Graça! :(

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  3. Fiquei chocada quando ouvi a notícia. Lamentável como se deixa perder tamanha riqueza, não apenas para o povo brasileiro, mas também para o mundo.
    Conheci alguns museus fabulosos,(esse não visitei), quando estive um mês no Brasil, espero que esses , pelo menos continuem de pé!

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  4. Publiquei hoje imagens que encontrei na net.
    Sem palavras.
    Fiquei a recordar Macau, o tufão Hato, e o acervo da Biblioteca Ricci, doado à Universidade de São José, ainda encaixotado, e que foi todo destruído pelas águas.
    Irreparável, irrecuperável.
    Beijos

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  5. Uma imensa tristeza... o que se chama «uma dor de alma»...
    Beijinhos pesarosos.
    ~~~~

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  6. Uma perda que faz doer a alma! Bj e obrigada pela partilha ... Bj

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  7. uma tragédia nunca vem sozinha...
    Como se não bastasse a tragédia da crise económica e social ...

    beijo

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  8. Pois lá foi mais um Museu de importância mundial para o lixo ! Isto de tratar da cultura, da ciência, das artes, dá muito dispêndio, que chatice ! :(((

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  9. Uma tristeza enorme e pensar que existem criaturas tão estúpidas que se regozijaram com o facto !!!


    Beijinho e bom resto de semana

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