segunda-feira, 28 de maio de 2018

Expo'98 - vinte anos depois

(O belo Parque das Nações)

Não fui daquelas pessoas absolutamente deslumbradas pela Expo. Se a visitei? Sim, fui duas vezes. Se gostei? Sim, claro, gostei muito. Mas completamente fascinada e com vontade de lá ir e voltar a ir e voltar a ir e voltar a ir, não.

Foi, de facto, um acontecimento em grande, daqueles que gostamos e precisamos realizar para nos reposicionarmos no mapa da civilidade e da civilização. Sempre com a ajuda do nosso magnífico mar que nunca nos falha e daquele maravilhoso estuário que banha Lisboa.

A requalificação da zona mais feia de Lisboa – Cabo Ruivo, Braço de Prata – com as indústrias mais feias e mais poluentes e os contentores amontoados desde sei lá quando foi uma maravilha. E para além dessa extraordinária e portentosa reconstrução, o Oceanário, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal. O tema escolhido não podia ter sido outro – Os Oceanos – e que bem escolhido! A celebrar os 500 anos dos Descobrimentos – palavra que, na atualidade tem dado tanta controvérsia por causa – sempre – da estupidez do nosso temor pelo «politicamente correto»!

Tudo muito bonito, muito bem organizado, cheio de bom gosto e da mais pura inovação sem complexo das «tradições». Reposicionámo-nos no mundo. Demo-nos visibilidade e isso é que foi muito bom.

Mas ir a correr para lá como uma deslumbrada, não me deu para aí. As entradas eram caras: cinco contos de réis por pessoa – vinte contos para as quatro pessoas da casa (que não correspondiam aos atuais cem euros, nem pouco mais ou menos!) mais a deslocação e mais as refeições, ficava um bom bocado para quem ainda tinha as filhas e estudar e tudo. E cansativo: saída bem cedo aqui de Leiria para aproveitar o máximo, o estacionamento, as bichas (não, não me converti às «filas»…) para entrada nos pavilhões, as esperas, as longas caminhadas, aguardar pela noite para assistir ao fogo e tudo e tudo era de mais.

(Agora que tanto gostava de ir rever os Olharapos, não vou! «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades».    (E tudo o que acontece, acontece em Lisboa!…)

Nesse tempo ainda eu não fotografava (complexos…), até porque ainda não havia as câmaras digitais por isso não guardo fotos determinantes dos melhores momentos, das exposições mais atraentes. Não posso esquecer porém, um episódio que agora só dá vontade de rir. O pavilhão de Itália tinha uns guardas fardados, daqueles jovens italianos lindos de morrer. Ora a minha filha mais nova, moçoila para os seus 18 anos, pediu-me para lhe tirar uma foto junto a um deles. E eu tirei… mas com tanto jeito que quase tapei o rapazinho todo com a pega da máquina… Nem queiram saber o que eu tive de a ouvir quando as fotografias vieram de serem reveladas…


Não havia nezezidade zzzz...

Aqui que já não era tão preciso, não me enganei...

O casal tão bem disposto...

Às armas!...

E eu com cara de ... parva...

20 comentários:

  1. Eu estive lá com a família, ainda os meus filhos eram pequenos, e, confesso, lembro-me perfeitamente de ter ficado deslumbrada por se tratar de Portugal. Foi nessa altura, que fiquei a acreditar que Portugal foi capaz de planear um evento daquela magnitude e ter antes, como dizes, transformado uma zona feia, numa zona linda a nível de qualquer outro país europeu.

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    1. Foi isso mesmo, Catarina: uma mudança radical e extremamente bem planeada.

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  2. Ficou uma zona muito bonita, nobre, para nos lembrar a época e a epopeia.
    Beijinhos

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    1. Desde então Lisboa nunca mais parou de ficar cada vez mais bonita e mais apreciada! Foi uma viragem.

      Beijinho.

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  3. Parece que foi ontem. Um Grande Evento :))

    Hoje:- Fim de tarde, de amor contagiante .

    Bjos
    Votos de uma óptima Terça-Feira.

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  4. Ai as novas tecnologias!...Que falta faziam...E a menina que tanto gostava de recordar a foto com o jovem italiano! Era assim naquele tempo, só depois de revelar o rolo se viam os defeitos. Contava-se que um jovem casal teria "batido" umas fotos na sua lua-de-mel e convencionaram guardar o rolo para revelar só nas bodas-de-prata. Claro que passados 25 anos nada lá estava...

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  5. Hoje... tudo bem mais prático, não é mesmo Graça? 'Selfie' e pronto!
    Abraço.

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    1. Ora nem mais... A evolução da técnica é uma maravilha!

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  6. Fui lá três vezes. A primeira com marido e filho. A segunda com os patrões da fábrica onde trabalhava. Pagaram eles. A terceira fui com o marido, dois bilhetes que me saíram numa lotaria instantânea, que havia na altura, que se chamava lotaria dos oceanos.
    Um abraço

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  7. Visitei-a aquando da inauguração com a minha turma do 4.º ano a convite da CM do Porto!!!
    Pelos olhares ... recordamos os momentos que no passado fizeram a diferença!!!
    bj

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    1. Tantos foram os professores que lá levaram os seus alunos! Gente de fibra e de valor!

      Beijinho.

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  8. há coisas que não se fazem a uma filha de 18 anos!
    francamente, Graça!

    beijo

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    1. Realmente, não se faz! Não é justo! Nem devia valer! :)))

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  9. A requalificação daquela zona muito degradada de Lisboa foi talvez aquilo que aconteceu de melhor com a Expo 98 !
    Gostei das fotos ! :)

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  10. Eu não fui... mas tive muita pena.
    Já estava muito barriguda na altura e não me apetecia nada que o meu rapaz nascesse antes do tempo! :))
    Fiquei à distância a acompanhar tudo o que pude através da televisão.

    As fotos... verdadeiras relíquias :))
    Beijinhos da idade de um excelente vinho do Porto
    (^^)

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  11. Já não me lembrava dos preços. :( ... Será possível que há 20 anos eu tenho dado tanto dinheiro para visitar a Expo durante, nem um dia ?... :((

    Muito giro ver o casal com 20 anos menos ! :)
    Como diz o Ricardo, a requalificação de toda aquela zona foi das melhores coisas que poderia ter acontecido a Lisboa.
    Era uma autêntica lixeira aquela zona oriental .

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  12. Graça, por acaso fui daquelas pessoas que apostou em estar lá, visitar e usufruir do que mais pude durante aqueles meses da Expo98

    Fui três vezes, porque na altura trabalhava, se fosse agora, acho que iria mais vezes. Gostei muito.

    Foi, de facto, um acontecimento em grande!
    TUDO o que eu puder fazer,
    dentro dos acontecimentos únicos, farei sim,
    como agora foi possível ir ao espectáculo da
    EUROVISÃO- FESTIVAL DA CANÇÃO
    que muito dificilmente penso
    se voltará a realizar em Portugal.

    Tudo muito bonito, muito bem organizado,
    cheio de bom gosto!

    Pois, entendo que tivesse sido cansativo: sair de Leiria e vir para Lisboa, já eu estou muito próximo.

    É como diz...ainda não havia as câmaras digitais
    é isso que lamento, acredite.

    Convido-a a vir espreitar o meu passeio de sábado passado,
    http://tempolivremundo.blogspot.com/

    não ontem,
    porque ontem fui fazer outro passeio, só que ainda não tive tempo de mostrar por onde andei.

    Convido-a a ver um outro lado do Oriente
    aqui:
    http://momentos-perfeitos.blogspot.com/

    Tudo o que mostro nos meus blogues são fotos de minha autoria, daquilo que consigo captar com o meu OLHAR

    E é tão bom quando os Amigos nos visitam e deixam palavras de carinho e apoio.

    Espero a sua visita, Graça.
    BOM Domingo, Tulipa

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