O jornal lembrou-me que era hoje
o seu dia: Dia da Língua Portuguesa.
Eu sei que este dia existe e que
foi criado em 2009 pela CPLP e até tinha já pensado num texto bem antigo para o
celebrar. Agora o que me pareceu sempre improvável era encontrar um texto de
homenagem à nossa bela e vetusta língua numa secção de economia do jornal…
Para mim a disciplina de economia
é intragável, por isso raramente – para não dizer nunca – leio artigos sobre
essa matéria. Mas… ao desfolhar a secção Mais
Artes, deparei-me com este título:
Língua portuguesa, hoje é o teu
dia!
Aí tive de “travar” e ler. Começa assim:
«Foi com as ondas do mar que a Língua
Portuguesa aprendeu os seus requebros, a sua plasticidade. Foi pelas ondas do
mar que viajou, marcando cada lugar que tocava; misturando-se,
transformando-se, multiplicando-se. Há 600 anos, atirou-se ao mar para ser do
mundo. Musical, suave e sonora, foi a primeira língua franca falada em todos os
continentes. Desse legado há palavras Portuguesas usadas em mais de 60 línguas,
só no japonês são 90. Falada no Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde,
Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau, a Língua
Portuguesa é o mais valioso recurso endógeno de uma comunidade de 280 milhões
de pessoas. A 5ª língua mais falada no planeta, a 3ª no hemisfério ocidental, e
a 1ª no hemisfério sul.
Se o objetivo de uma marca plural
é agregar diferenças culturais, a nossa língua é a marca mais global da nossa
identidade. Este tesouro multinacional, como qualquer fortuna, tem de ser
acautelado, potenciado, alimentado. Temos de promover, divulgar, cuidar nas
escolas, no espaço mediático, nos documentos oficiais, nas falas públicas;
utilizando-a como pilar e fator de desenvolvimento transnacional. (…)
Valorizar este património é
defender a nossa posição cultural e económica. É defender os interesses
estratégicos comuns a todos os países de língua oficial Portuguesa. É assegurar
que a nossa presença planetária não se resume a uma memória, mas um fator de
continuidade e de futuro lusófono. (…)
… e termina desta forma quase épica:
(…) «Nada nos une mais que a
língua de Camões; o herói que escreveu o nosso futuro e nos deixou um apelo a
uma nova partida, a uma nova esperança, a uma nova lusofonia. Importa que não
nos esqueçamos que os Lusíadas somos nós e que a língua Portuguesa é a nossa
alma, a nossa moeda, a nossa marca. Parabéns, vives em mim, vemo-nos todos os
dias, mas hoje, é o teu dia!»
(Carlos Coelho, Gestão das Marcas de Portugal, DN)
Acho que
ResponderEliminarse o "Trinca Fortes"
lesse Carlos Coelho
lhe ia aos fagotes
Camões era lixado...
Quanto à língua, confirmo
o português é mesmo traiçoeiro
Olá se é!!!!...
EliminarMuito bom de ler. Obrigada
ResponderEliminarHoje:- {Poetizando e Encantando.} Mãos que nos guiam em voos de ternura .
Bjos
Votos de Bom Domingo (Feliz dia da Mãe)
Obrigada. Bom dia da Mãe também para si, Larissa!
ResponderEliminarBeijinho.