Não fui daquelas pessoas absolutamente
deslumbradas pela Expo. Se a visitei? Sim, fui duas vezes. Se gostei? Sim,
claro, gostei muito. Mas completamente fascinada e com vontade de lá ir e
voltar a ir e voltar a ir e voltar a ir, não.
Foi, de facto, um acontecimento
em grande, daqueles que gostamos e precisamos realizar para nos reposicionarmos
no mapa da civilidade e da civilização. Sempre com a ajuda do nosso magnífico
mar que nunca nos falha e daquele maravilhoso estuário que banha Lisboa.
A requalificação da zona mais
feia de Lisboa – Cabo Ruivo, Braço de Prata – com as indústrias mais feias e
mais poluentes e os contentores amontoados desde sei lá quando foi uma
maravilha. E para além dessa extraordinária e portentosa reconstrução, o
Oceanário, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal. O tema escolhido não
podia ter sido outro – Os Oceanos –
e que bem escolhido! A celebrar os 500 anos dos Descobrimentos – palavra que,
na atualidade tem dado tanta controvérsia por causa – sempre – da estupidez do nosso
temor pelo «politicamente correto»!
Tudo muito bonito, muito bem
organizado, cheio de bom gosto e da mais pura inovação sem complexo das
«tradições». Reposicionámo-nos no mundo. Demo-nos visibilidade e isso é que foi
muito bom.
Mas ir a correr para lá como uma
deslumbrada, não me deu para aí. As entradas eram caras: cinco contos de réis
por pessoa – vinte contos para as quatro pessoas da casa (que não correspondiam
aos atuais cem euros, nem pouco mais ou menos!) mais a deslocação e mais as
refeições, ficava um bom bocado para quem ainda tinha as filhas e estudar e
tudo. E cansativo: saída bem cedo aqui de Leiria para aproveitar o máximo, o
estacionamento, as bichas (não, não me converti às «filas»…) para entrada nos
pavilhões, as esperas, as longas caminhadas, aguardar pela noite para assistir
ao fogo e tudo e tudo era de mais.
(Agora que tanto gostava de ir
rever os Olharapos, não vou! «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades». (E tudo o que acontece, acontece em Lisboa!…)
Nesse tempo ainda eu não
fotografava (complexos…), até porque ainda não havia as câmaras digitais por
isso não guardo fotos determinantes dos melhores momentos, das exposições mais
atraentes. Não posso esquecer porém, um episódio que agora só dá vontade de
rir. O pavilhão de Itália tinha uns guardas fardados, daqueles jovens italianos
lindos de morrer. Ora a minha filha mais nova, moçoila para os seus 18 anos,
pediu-me para lhe tirar uma foto junto a um deles. E eu tirei… mas com tanto
jeito que quase tapei o rapazinho todo com a pega da máquina… Nem queiram saber
o que eu tive de a ouvir quando as fotografias vieram de serem reveladas…
Não havia nezezidade zzzz... |
Aqui que já não era tão preciso, não me enganei... |
O casal tão bem disposto... |
Às armas!... |
E eu com cara de ... parva... |
Eu estive lá com a família, ainda os meus filhos eram pequenos, e, confesso, lembro-me perfeitamente de ter ficado deslumbrada por se tratar de Portugal. Foi nessa altura, que fiquei a acreditar que Portugal foi capaz de planear um evento daquela magnitude e ter antes, como dizes, transformado uma zona feia, numa zona linda a nível de qualquer outro país europeu.
ResponderEliminarFoi isso mesmo, Catarina: uma mudança radical e extremamente bem planeada.
EliminarFicou uma zona muito bonita, nobre, para nos lembrar a época e a epopeia.
ResponderEliminarBeijinhos
Desde então Lisboa nunca mais parou de ficar cada vez mais bonita e mais apreciada! Foi uma viragem.
EliminarBeijinho.
Parece que foi ontem. Um Grande Evento :))
ResponderEliminarHoje:- Fim de tarde, de amor contagiante .
Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira.
O tempo passa a correr. A vida passa a correr...
EliminarBeijinho.
Ai as novas tecnologias!...Que falta faziam...E a menina que tanto gostava de recordar a foto com o jovem italiano! Era assim naquele tempo, só depois de revelar o rolo se viam os defeitos. Contava-se que um jovem casal teria "batido" umas fotos na sua lua-de-mel e convencionaram guardar o rolo para revelar só nas bodas-de-prata. Claro que passados 25 anos nada lá estava...
ResponderEliminarEssa é de mais! :)))
EliminarHoje... tudo bem mais prático, não é mesmo Graça? 'Selfie' e pronto!
ResponderEliminarAbraço.
Ora nem mais... A evolução da técnica é uma maravilha!
EliminarFui lá três vezes. A primeira com marido e filho. A segunda com os patrões da fábrica onde trabalhava. Pagaram eles. A terceira fui com o marido, dois bilhetes que me saíram numa lotaria instantânea, que havia na altura, que se chamava lotaria dos oceanos.
ResponderEliminarUm abraço
Que bom, Elvira! Isso é que foi sorte!...
EliminarVisitei-a aquando da inauguração com a minha turma do 4.º ano a convite da CM do Porto!!!
ResponderEliminarPelos olhares ... recordamos os momentos que no passado fizeram a diferença!!!
bj
Tantos foram os professores que lá levaram os seus alunos! Gente de fibra e de valor!
EliminarBeijinho.
há coisas que não se fazem a uma filha de 18 anos!
ResponderEliminarfrancamente, Graça!
beijo
Realmente, não se faz! Não é justo! Nem devia valer! :)))
EliminarA requalificação daquela zona muito degradada de Lisboa foi talvez aquilo que aconteceu de melhor com a Expo 98 !
ResponderEliminarGostei das fotos ! :)
ResponderEliminarEu não fui... mas tive muita pena.
Já estava muito barriguda na altura e não me apetecia nada que o meu rapaz nascesse antes do tempo! :))
Fiquei à distância a acompanhar tudo o que pude através da televisão.
As fotos... verdadeiras relíquias :))
Beijinhos da idade de um excelente vinho do Porto
(^^)
Já não me lembrava dos preços. :( ... Será possível que há 20 anos eu tenho dado tanto dinheiro para visitar a Expo durante, nem um dia ?... :((
ResponderEliminarMuito giro ver o casal com 20 anos menos ! :)
Como diz o Ricardo, a requalificação de toda aquela zona foi das melhores coisas que poderia ter acontecido a Lisboa.
Era uma autêntica lixeira aquela zona oriental .
Graça, por acaso fui daquelas pessoas que apostou em estar lá, visitar e usufruir do que mais pude durante aqueles meses da Expo98
ResponderEliminarFui três vezes, porque na altura trabalhava, se fosse agora, acho que iria mais vezes. Gostei muito.
Foi, de facto, um acontecimento em grande!
TUDO o que eu puder fazer,
dentro dos acontecimentos únicos, farei sim,
como agora foi possível ir ao espectáculo da
EUROVISÃO- FESTIVAL DA CANÇÃO
que muito dificilmente penso
se voltará a realizar em Portugal.
Tudo muito bonito, muito bem organizado,
cheio de bom gosto!
Pois, entendo que tivesse sido cansativo: sair de Leiria e vir para Lisboa, já eu estou muito próximo.
É como diz...ainda não havia as câmaras digitais
é isso que lamento, acredite.
Convido-a a vir espreitar o meu passeio de sábado passado,
http://tempolivremundo.blogspot.com/
não ontem,
porque ontem fui fazer outro passeio, só que ainda não tive tempo de mostrar por onde andei.
Convido-a a ver um outro lado do Oriente
aqui:
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
Tudo o que mostro nos meus blogues são fotos de minha autoria, daquilo que consigo captar com o meu OLHAR
E é tão bom quando os Amigos nos visitam e deixam palavras de carinho e apoio.
Espero a sua visita, Graça.
BOM Domingo, Tulipa