sábado, 5 de maio de 2018

Dia da Língua Portuguesa

O jornal lembrou-me que era hoje o seu dia: Dia da Língua Portuguesa.

Eu sei que este dia existe e que foi criado em 2009 pela CPLP e até tinha já pensado num texto bem antigo para o celebrar. Agora o que me pareceu sempre improvável era encontrar um texto de homenagem à nossa bela e vetusta língua numa secção de economia do jornal…

Para mim a disciplina de economia é intragável, por isso raramente – para não dizer nunca – leio artigos sobre essa matéria. Mas… ao desfolhar a secção Mais Artes, deparei-me com este título:

Língua portuguesa, hoje é o teu dia!

Aí tive de “travar” e ler. Começa assim:

«Foi com as ondas do mar que a Língua Portuguesa aprendeu os seus requebros, a sua plasticidade. Foi pelas ondas do mar que viajou, marcando cada lugar que tocava; misturando-se, transformando-se, multiplicando-se. Há 600 anos, atirou-se ao mar para ser do mundo. Musical, suave e sonora, foi a primeira língua franca falada em todos os continentes. Desse legado há palavras Portuguesas usadas em mais de 60 línguas, só no japonês são 90. Falada no Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau, a Língua Portuguesa é o mais valioso recurso endógeno de uma comunidade de 280 milhões de pessoas. A 5ª língua mais falada no planeta, a 3ª no hemisfério ocidental, e a 1ª no hemisfério sul.

Se o objetivo de uma marca plural é agregar diferenças culturais, a nossa língua é a marca mais global da nossa identidade. Este tesouro multinacional, como qualquer fortuna, tem de ser acautelado, potenciado, alimentado. Temos de promover, divulgar, cuidar nas escolas, no espaço mediático, nos documentos oficiais, nas falas públicas; utilizando-a como pilar e fator de desenvolvimento transnacional. (…)

Valorizar este património é defender a nossa posição cultural e económica. É defender os interesses estratégicos comuns a todos os países de língua oficial Portuguesa. É assegurar que a nossa presença planetária não se resume a uma memória, mas um fator de continuidade e de futuro lusófono. (…)

… e termina desta forma quase épica:

(…) «Nada nos une mais que a língua de Camões; o herói que escreveu o nosso futuro e nos deixou um apelo a uma nova partida, a uma nova esperança, a uma nova lusofonia. Importa que não nos esqueçamos que os Lusíadas somos nós e que a língua Portuguesa é a nossa alma, a nossa moeda, a nossa marca. Parabéns, vives em mim, vemo-nos todos os dias, mas hoje, é o teu dia!»

(Carlos Coelho, Gestão das Marcas de Portugal, DN)





4 comentários:

  1. Acho que
    se o "Trinca Fortes"
    lesse Carlos Coelho
    lhe ia aos fagotes

    Camões era lixado...

    Quanto à língua, confirmo

    o português é mesmo traiçoeiro

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  2. Obrigada. Bom dia da Mãe também para si, Larissa!

    Beijinho.

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