Não sou nada fã de futebol.
Melhor: não ligo nenhuma ao futebol. O facto é que sou mesmo adversa à
competição, por isso jogos não são para mim. Feitios, claro!!
Tenho, no entanto, a minha
preferência (acesa) nas equipas nacionais, como alimento, por outro lado, o meu
odiozinho de estimação (ainda mais aceso…). Nem uma nem o outro vão ser aqui
desvendados, pelo menos agora, para não importunar os meus queridos amigos.
Também desejo muito que a seleção
faça boa figura lá em França. Primeiro por nós e depois para mostrar a esses
gauleses e afins que não somos nenhuma espécie de suburbanos – para não dizer
pior. Mas não me detenho a ver os jogos porque não quero, nem por nada, despertar
a minha taquicardia e também porque não percebo nada daquilo…
Todo este “relambório” para trazer
aqui a espetacular crónica de Ferreira Fernandes, hoje, no DN, (enquanto não for
também afastado do jornal, sei lá!) sobre o jogo de ontem, a qual me fez dar umas
gargalhadas bem sonoras.
Reparem só na ironia da segunda frase do texto, como que
decalcada no belo verso de Pessoa: «Deus quer, o homem sonha e a obra nasce»…
Uma verdadeira delícia!
«Simplesmente, coerência. O
engenheiro quer, a equipa empata e vamos em frente. Vai ficar nos anais dos
confrontos este Portugal que estaca para ir cada vez mais longe. Quem era,
ontem, para aviar? A Polónia, habituada a ser rasgada pelos panzers dos vizinhos.
Baralhámos-lhe a tradição: ontem, calhou aos polacos a derrota por uns gajos
sem repentes. Nós é mais demorar, embaraçar, embargar, estorvar, obstar,
suspender e tolher - como ordenou o engenheiro. Para ter a certeza dessa
progressão quieta, abrimos o jogo de portas abertas. Aos dois minutos, golo de
Lewand... perdão, do engenheiro. A ordem dele era: "Que eles marquem
primeiro, assim fica mais seguro não irmos por aí fora, de golo em golo como
malucos..." Suspirámos, pois, de alívio com o golo deles. A perder,
ficámos com a vantagem de sermos nós a impor o almejado empate. Marcássemos nós
no início, corríamos o risco de eles aguentarem o resultado e ficávamos com
quase hora e meia de vitória, um horror. Em 510 minutos jogados em França só
estivemos a ganhar durante 22 minutos... Pronto, com o 0-1, ficámos nas nossas
perdulárias CR7 quintas! Depois, lá empatámos, para continuar gloriosamente
assim. Prolongamento. Desta vez, o engenheiro não admitiu o abuso do Quaresma
contra a Croácia (golo aos 117 minutos): ontem, o prolongamento foi respeitado,
nulo inteirinho. E só se desfez o empate nos penáltis e, atenção, no último.
Pode ser feio, mas nunca nos vi tão empatados numa vontade. Confesso, adoro.»
Ferreira Fernandes, DN,
1/Jul/2016
(daqui) |
Esse Ferreira Fernandes é da opinião da revista francesa Le Point que titulou a seleção das quinas de "nojenta".
ResponderEliminarOs islandeses não são nojentos e vão dar cabo dos franceses no próximo domingo.
La vie est douce!
OXALÁ!!!!!!
EliminarAfinal foi o jornal "20 Minutes" que titulou a seleção das quinas de "nojenta".
ResponderEliminarA revista francesa Le Point escreveu que Portugal não tem nada que estar nas meias-finais do Euro 2016, considerando que a qualificação de Cristiano Ronaldo e companheiros é fruto da injustiça e do milagre.
Porreiros os amigos franceses, Graça.
Cretinos!!!! «Não tem nada que estar nas meias-finais»... mas está!!!
EliminarNão falo da Selecção. Se ela for à final sempre assim ou desligo ou não chego lá e eu ainda queria viver mais uns anitos.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Elvira, não seja assim!!! Pronto(s).... ele lá vão fazendo o seu percurso... eh eh eh...
EliminarBeijinho
Abstenho-me de falar do grupo de excursionistas que com o engenheiro Santos como cicerone espalha a sua alergia à qualidade. Tenho que generalizar porque o pontapé na bola é coisa de colectivismo e não de um ou outro turista que resolve pensar ser o único ou o melhor.
ResponderEliminarTenho assistido às actuações destes 'artistas' e, com toda a franqueza, não me aquece nem arrefece. Passo ao lado, pura e simplesmente.
Beijinho, Graça, bom fim de semana.
Oh.... não seja assim!!
EliminarA mim também pouco me aquece ou arrefece, mas era bom que fossem para a frente!
Beijinhos
Olá Graça, tendo em conta os gritos que se ouviam no bar aqui perto, não é por falta de emoção que os jogos da seleção têm sido menores!
ResponderEliminara crónica de Ferreira Fernandes está o máximo! quando compro o DN, leio sempre a crónica dele :)
mas que ninguém se preocupe, haverá por parte dos portugueses muitas flagelações pelo facto de não aparecerem como heróis nos jornais franceses!
De facto, «nos amis les français» estão a portar-se um bocado mal....
EliminarComo tu, ou ainda pior, sou totalmente analfabeta em futebolês! Mas é impossível fugir à histeria geral, de modo que lá vou perguntando, timidamente, como estão as coisas. E a resposta tem sido sempre muito optimista...
ResponderEliminarGostei da crónica de FF
Que parecidinhas que nós somos.... em algumas/tantas coisas!
EliminarBeijinhos
Hehehe...
ResponderEliminarNão é que eu perceba grande coisa de futebol mas se me ponho a ver o jogo acabo por me entusiasmar e, com a seleção, sofro um bocado. No jogo contra a Polónia resolvi ir fazendo a minha vidinha doméstica e só dei pelo golo com o grito do meu marido. Depois sempre fiquei a ver os penaltis. :)
E já foi precisa muita coragem.... :)
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