«Para que uma revolução vença
realmente não basta que conserve o poder é preciso que seja amada. Só uma
revolução amada é a revolução democrática. Mas a revolução só é amada quando
não emprega violência.
O 25 de Abril foi uma revolução
justa bela e serena. Foi uma revolução que usou a força mas não usou a
violência. O facto de a revolução do 25 de Abril ter usado a força e não ter
usado a violência é um facto exemplar. O 25 de Abril foi uma revolução bela e
amada porque não usou a violência. Foi um progresso na história das revoluções
porque não usou a violência. E essa escolha da não violência foi o rasto mais
revolucionário do 25 de Abril.
O próprio da democracia é não
usar violência. Sabemos que uma democracia que usa a violência é sempre uma
democracia que se suicida. A história mostra que as revoluções que usam a
violência acabam sempre por criar novas formas de tirania. Onde há violência há
abuso e onde há abuso não há justiça. Onde há violência há medo e onde há medo
não há liberdade. Onde há medo há sempre alguém que pousa o seu pé em cima da
cabeça dos outros.
A esquerda é a escolha política
daqueles que acreditam que o mal nunca é necessário.»
Sophia de Mello Breyner Andersen
(1ª página de um texto de 1975)
O problema é que a Revolução
deixou de ser amada. Os atuais inquilinos de S. Bento – que ontem,
abusivamente, insultuosamente, ostentavam aqueles cravos tingidos naqueles
peitos de plástico – tal como o inquilino de Belém, que por despeito nunca o
usou, sempre desamaram a Revolução e estão ali para a desdizerem, para dela (e
de nós) se vingarem.
Até quando vamos permiti-lo?
Verdade, não se usa o "mal numa democracia, não se usa a violência...mas será que SEMPRE será assim; sei não.
ResponderEliminarViva Portugal; beijos para todos os portugueses meus amigos, sou filha dessa terra também...sabes q meu pai nasceu aí, na cidade do Porto.
Veio para cá numa época difícil, precisava de emprego acho que foi nos anos 50...Aqui nasci e tenho sangue português.
boa noite.
Mery*
Assino o seu manifesto.
ResponderEliminarEstes senhores abancáram à nossa conta e vão sacando até poder para eles e os outros tais.
De Abril nada sobra."Eles comem tudo"
...e foram eleitos à conta das suas mentiras e promessas não cumpridas.
Graça. não foi levada a efeito a devida justiça sobre os juízes , sobre os Pides, sobre ...
ResponderEliminarSEntiram-se justificados e, pior, impunes!!
Demos a esses patifes oportunidade de endoutrinarem as suas crianças, enquanto não informámos devidamenet as nossas!
A responsabilidade é mais nossa do que deles, desgraçadamente.
Fica bem
O Povo é quem mais ordena!
ResponderEliminarPor isso será o Povo a deitá-los abaixo!
Abraço
O problema é que a Revolução ficou reduzida à real dimensão de quem a ama.
ResponderEliminarO resto é encenação... Sempre fomos poucos (essa é a verdade) e, porque velhos, fomos ficamos pelo caminho...
Sabe que vi muita gente jovem descendo a avenida?
pois, até quando?
ResponderEliminarParece-me que o problema é mesmo esse - até quando é que vamos permitir que estes homens que sempre detestaram o 25 de abril nos representem, tão pouco condignamente? :(
ResponderEliminarBeijocas!
Está muito interessante o teu post, Gracinha. Mas desculpa de certo modo contrariar-te ao lembrar que os únicos mortos da revolução (porque os houve) foram feitos pelos pides na António Maria Cardoso. E a um dos que fez fogo sobre a multidão que ali se encontrava foi, conjuntamente com outro, concedida, pelo senhor Silva, uma pensão por serviços relevantes prestados ao país. A mesma pensão que o mesmo senhor Silva negou conceder ao Capitão Salgueiro Maia!!!!
ResponderEliminarEstimada Amiga Graça Sampaio,
ResponderEliminarEstou totalmente solidário com suas sábias palavras.
Abraço amigo
O teu post vem no seguimento do meu.
ResponderEliminar"Quem nos agigantará de novo?"
Beijo
Espero bem, Rosinha, espero bem!
ResponderEliminarCaro Silva Rocha, não me contrarias nada! Sabes muito bem que considero esse sr Silva um NOJO! Só que a visão do fragmento que transcrevi é a visão de poeta. Se calhar, como muito bem diz a São, teria sido melhor ter "feito desaparecer os PIDES e outros criminosos fascista, Mas aí deixaria de ser a Revolução dos Cravos... Somos um povo de poetas. E por aí nos ficamos...