Não gosto particularmente de feiras do livro. Com excepção das que são organizadas nas escolas por dedicados grupos de professores com o objectivo de “meterem o bichinho” da leitura nas crianças.
Mas uma noite destas fui dar uma volta pela Feira do Livro de Leiria que estoicamente teima em, ano após ano, fazer a sua aparição, por esta altura do ano, ali na belíssima Praça Rodrigues Lobo, sala de visitas da cidade.
A noite estava amena, mas a praça estava vazia apesar da animação musical a cargo do grupo de cantares Tradições do Orfeão de Leiria em que fui encontrar colegas e pessoas conhecidas a cantar e a tocar.
A música, de raiz folclórica, bem que fazia saltar o pezinho, não havia era quem dançasse! Mas o meu maior espanto foi a pobreza da feira. São seis, apenas seis pavilhões representativos de seis livrarias e com muito pouca variedade de livros. Todas as livrarias apostaram nos livros infanto-juvenis e naquele tipo de romance mais apelativo e de mais fácil leitura e pouco mais. E ninguém que comprasse!
Bem sei que era Domingo à noite e também estamos em tempo de crise (desculpa que agora serve para tudo...) mas será só isso?
De uma maneira ou de outra, vamos até lá! Ainda há tempo, até ao próximo dia 6. Vamos fazer um esforço para compensar o esforço daqueles poucos livreiros que ainda foram lá expor este ano. Sob pena de, aos poucos, deixarmos morrer a Feira do Livro de Leiria.
É melancólico, Graça, a contrapartida ao quanto de esforço se faz pelo livro em Leiria, Portugal, ou no Brasil. É lamentável, mas é também importante persistir.
ResponderEliminarAbraço.
Comparo estas pequenas livrarias às pedras que os palestinos lançam contra os tanques israelitas. Se não houver uma mudança radical de atitudes, à escala mundial, estão condenados à sua sorte...
ResponderEliminarO ano passado ainda deu para ir aí, agora este ano já me fica apertado...
ResponderEliminarOu as livrarias de Leiria arranjam estratégias que captem os compradores ou a malta vai toda para a FNAC!
C´est la vie!
Bisous