Volto ao tema do passado dia 25 – Impunidade. É que se nesse dia me
sentia furiosa, hoje não o fiquei menos com as notícias dos jornais: «MP não está preparado para lidar com casos
de violência doméstica» - em grandes parangonas na primeira página.
E continuam: “Os funcionários do MP não têm formação
nessa matéria, não lhes é dada por parte do Ministério da Justiça e não existe
número de funcionários que permita um atendimento personalizado, nem pelos
funcionários nem pelos magistrados.” – afirma o presidente do sindicato.
Para além da minha fúria
crescente e incontida, duas observações acorreram, ato contínuo, ao meu pensamento:
Uma,
que tem a ver com a minha vasta experiência de professora enquanto presidente
executiva: quando, perante novos projetos, novas tendências pedagógicas,
reviravoltas nos programas, os colegas bradavam: “Não temos formação para isso! O
ministério não nos deu formação para isso!” – Eu respondia-lhes muito
simplesmente: “Há bibliografia sobre o assunto. Há aquilo a que se chama autoformação
[já para não invocar o brio profissional!...] Se conseguimos tirar uma
licenciatura [e ainda era daquelas de cinco anos…] também conseguimos fazer a nossa autoformação!”
A
outra, talvez mais violenta, é que me parece que o MP só tem formação para
averiguar “delitos” de primeira grandeza como o pedido de dois bilhetes para ir
ao futebol, ou umas viagens para ir ver o Europeu. “Delitos” que sempre
implicam figuras da atual governação. Esta formação que o MP tem em barda
esbate-se, esfuma-se, dissipa-se quando estão em causa delitos menores como o caso dos inexplicáveis roubos no BPN, o caso
dos submarinos, dos Panama Papers, da Tecnoforma, o caso das adoções feitas a trouxe-mouxe pelos
ditos bispos da IURD – só para referir os mais mediáticos.
E, lamentavelmente, tenho de
concluir que somos um povo manso que mansamente aceita todas as desculpas
frouxas que nos põem pela frente…
Somos verdadeiros marionetes... Aqui também! E, como!!
ResponderEliminarAbraço
Temos tido notícia... Vai tudo bem mal por aí. :(
EliminarBeijinho.
compreendo muito bem a tua indignação!
ResponderEliminare isso me basta.
beijo
Não se aguenta...
EliminarA imprensa também so aflora esses assuntos. O que lhes interessa mesmo são todas as notícias que servem para denegrir o atual governo.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana
E mais nada. Estão a soldo!
EliminarBeijinho.
Dizer uma coisa dessas não lembra ao Demo, caramba!
ResponderEliminarNão estão formados?
Recebam formação, ora essa!!
Beijinhos, boa semana
Uma brandura que não se entende!!! bj
ResponderEliminarSomos um povo manso, Gracinha!
EliminarConcordo consigo!! Somos um País do deixa andar!
ResponderEliminarBeijo e um excelente semana
Somos muito desinteressados pela coisa pública. Falta de cultura e de cidadania.
EliminarA raiva e enorme fazem tudinho para deitar a geringonça abaixo!
ResponderEliminarBeijinho Graça
Esse é o seu principal, ou mesmo o seu único objetivo, Flor!
EliminarOlá Graça, é verdade, também penso que quem foi á escola, continua a aprender durante toda a vida, pode e deve :)
ResponderEliminarbeijinho
Angela
O pior é que nem todos pensam assim, Ângela.
EliminarBeijinho.
A injustiça da "nossa" Justiça é deplorável. Mas, penso que nada disto é tão inocente como pode parecer.
ResponderEliminarBeijo
Lídia
Ah pois não é, não, Lídia! Tudo isto tem um objetivo certeiro...
EliminarReclamar por uma formação de qualidade, parece-me
ResponderEliminarum direito devido a todos os trabalhadores.
Todos que cumprem a sua função docente, não dispõem
de tempo para pesquisar e estudar em bibliotecas...
Beijinhos
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Ora, ora, Majo! Não me venhas dizer uma coisa dessas! Como é que eu conseguia? E outros (poucos)?
Eliminarpresento aqui um exemplo da incongruência do pedir. Quando um gajo se dirige a um balcão das finanças para reclamar de um erro na sua declaração de IRS, chega o "prestimoso" funcionário (politicamente correcto devia ser trabalhador da Função Pública, ...,Pública) e o requerente começa por dizer "Desculpe mas tenho aqui um erro das Finanças etc.)
ResponderEliminarPorra! Desculpe! Porquê?! Por que bulas?!?!
Somos assim e não há como dar-nos a volta...
Muitas bujcas* do teu amigo
Henrique, o Leãozão
NOVA FORMA: Bujocas- Bujcas
NA NOSSA TRAVESSA HÁ UM NOVO TEXTO -
Então Bujocas, Henriquamigo!
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