Todos nos lembramos bem do criado de libré – o meu muito apreciado
Ferreira Fernandes chamou-lhe mordomo, mas a figura do «mordomo» é séria e fina
de mais para qualificar semelhantes badamecos. Mas afirmava eu que estamos todos
bem lembrados do criado de libré que, aqui há uns anos, serviu uns
cafés ao Bush e ao Blair nos Açores e que depois a mando destes seus patrões
jurou a pés juntos que o Iraque estava minadinho com armas de destruição
maciça. E a troco disso livraram-no de chefiar um governo fraquinho e também de
coligação com o irrevogável Portas e mandaram-no para chefiar a Comissão
Europeia (ao que a Europa chegou!) não sem antes ele gritar a plenos pulmões
que «o país estava de tanga».
Pois foi este ilustrado senhor
que no passado sábado veio a um qualquer fórum de empresários realizado em Vilamoura
e, certamente encomendado pelos seus congéneres deste “nosso” “governo”, lançou
mais umas tantas barbaridades pela boca fora do género: «Portugal tem de
cumprir os passos previstos» pela troika e
acrescentou que «o recado é válido para todos» incluindo o Tribunal
Constitucional (imagine-se o atrevimento!). E no fim, em jeito de conclusão,
deixou esta pérola: «Quando as pessoas começam a duvidar, começam a vender
dívida pública portuguesa, os juros começam a aumentar e lá temos outra vez o caldo entornado.» Uma expressão de tom elevado
que em tudo define a personagem que a proferiu.
Temos de admitir que os “nossos”
políticos são de facto pessoas que, além de muito bem formados, bem dominam os níveis
da nossa formosa língua portuguesa, espacialmente o nível popularucho que, garanto-vos, não consta da Gramática do Professor
L. Cintra… Temos igualmente presentes expressões deste nível de língua
preferidas pelo “nosso” primeiro, desde o famoso «que se lixem as eleições!» até ao «Está a sair-nos do lombo», ao «Não
estamos a pôr porcaria na ventoinha» e a culminar o «Para trás mija a burra» com que respondeu a uma idosa na campanha eleitoral
do mês passado.
Perante uns “governantes” assim desbragados que nos apodam de tudo o
que é mau, que nos desrespeitam, nos ignoram, nos vilipendiam, que governam à
nossa revelia e contra nós, estamos de facto muito mal entregues!
Estamos entregues ao diabo, não temos por onde fugir.
ResponderEliminarbeijinho e uma flor
Como diz o Rogério só a Ponte-a-pé!
ResponderEliminarSe não for assim será avenida abaixo!
Abraço
Gracinhamiga
ResponderEliminarInsisto na teoria das "jovens (?) do Parque Mayer que nas barracas respectivas perguntavam: Vai um tirinho, freguês? E eu acrescento: Vão uns tirinhos, malta?
Qjs
Henrique
Infelizmente vamos indo sempre para pior. Cada dia que passa, cada discurso des/governativo, vindo destes lados, nunca é para melhorar, antes pelo contrário. Quanto ao português, coitado, tão maltratado anda.
ResponderEliminarTão furiosa estava a escrever estas baboseiras todas que nem me lembrei de fazer o paralelo com a pimbalhada daquela canção "Está o caldo entornado" por um grupo feminino qque dá pelo nome de Bombokas: Mas ainda vou a tempo. Aqui fica o link para quem estiver interessado:
ResponderEliminarhttp://youtu.be/jaeT4o5GG1k
ResponderEliminarExpressões ao mais alto nível da merda!
Já tenho um teclado novo a que não falta o M e também já perdi pudor.
Beijo
Laura
Que bom, Laura!!! Por ambos os motivos!
ResponderEliminarBeijinhos
Aplausos!
ResponderEliminarSó tenho uma coisa a dizer: IMBECIL!
ResponderEliminarEra este gajo que o Sampaio pensava que ia defender os interesses de Portugal!
Leia os posts que deixei hoje no blogue, Graça.
ResponderEliminarVale a pena.
Beijinhos
Estimada Amiga Graca Sampaio,
ResponderEliminarSendo português ex-patriado, vivendo na Ásia já á meio século, fico desapontado com toda essa curja de politiqueiros que nos governam e nos vão roubando.
Estou pensando maduramente em mudar de nacionalidade, já que de Portugal só vêm cortes e desperezo por todos nós que onge da pátria que amamos nos sentimos portugueses de 3ª.
Abraco amigo
É preciso lembrarmo-nos do percurso do rapazito antes de se tornar no moço de recados. Não esqueçamos que começou naquele agrupamento conhecido como "Meninos Rabinos Pintam Paredes". Depois, com o sentido de oportunidade a que alguns maldosamente chamam oportunismo, lá chegou onde está agora.
ResponderEliminarÉ tudo uma questão de coerência.