A notícia diz isto:
Renúncia definitiva de Portugal à
nau “Bom Jesus” (1533) direitos foi negociada por Paulo Portas quando era
responsável pelos Negócios Estrangeiros.
O Estado português renunciou em
2013, ao direito de ficar com o “Bom Jesus”, uma nau portuguesa do século XVI,
da Carreira da Índia, cujo tesouro chegou a ser avaliado por arqueólogos entre
os 70 e os 100 milhões de euros.
A história sobre o navio
histórico, encontrado nos mares da Namíbia e foi notícia da cadeia de televisão
americana “Fox News” esta quinta-feira.
A renúncia definitiva de Portugal
aos seus direitos foi negociada por Paulo Portas, quando era responsável pelos
Negócios Estrangeiros e o memorando de entendimento com a Namíbia foi assinado
pelo então secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier.
Ouvido pelo CM, Barreto Xavier
diz que “não se recorda dos termos” mas o que quer que tenha assinado, “nunca
colocaria o Estado Português em desvantagem”.
«Há cinco séculos, um navio
carregado de ouro naufragou ao lado de uma praia cheia de diamantes.
Um navio mercante português do
século XVI, carregando uma fortuna em ouro e marfim a caminho de um famoso
porto de especiarias na costa da índia, é desviado para longe da sua rota por
uma terrível tempestade ao tentar contornar a extremidade austral de África.
Dias mais tarde, castigado e
quebrado, o navio afunda-se numa misteriosa costa envolta em nevoeiro,
salpicada com mais de cem milhões de quilates em diamantes, uma ironia cruel
para os sonhos de riqueza dos marinheiros, que nunca voltaram a casa.
Este conto improvável ter-se-ia
perdido para sempre sem a descoberta dos destroços de um navio numa praia a Sul
de Sperrgebiet em Abril de 2008.
Trata-se da rica mina de
diamantes, famosa pela sua inacessibilidade junto à foz do rio Orange, na costa
meridional da Namíbia.
Um geólogo trabalhava na área de
mineração U-60 quando encontrou aquilo que, à primeira vista, pensou ser metade
de uma esfera de rocha perfeitamente redonda. Curioso, pegou-lhe e percebeu de
imediato tratar-se de um lingote de cobre.
O lingote era do tipo utilizado
para comprar especiarias na Índia durante a primeira metade do século XVI. Mais
tarde, os arqueólogos descobririam 22 toneladas destes lingotes sob a areia,
bem como canhões e espadas, marfim e astrolábios, mosquetes e cotas de malha.
E ouro, evidentemente.
Mãos-cheias de ouro: nas escavações, encontraram-se mais de duas mil belas e
pesadas moedas, sobretudo excelentes espanhóis, com as efígies de Fernando e
Isabel, mas também requintados portugueses com as armas de Dom João III,
algumas moedas venezianas, islâmicas, florentinas e de outras nacionalidades.
São de longe os mais antigos e os mais ricos destroços de um navio naufragado
descoberto na costa da África subsariana.
Nenhum dos tesouros inflamou
tanto a imaginação dos arqueólogos como o próprio naufrágio: um navio português
da armada das índias da década de 1530, o pico dos Descobrimentos, com a sua
carga de tesouros e bens comerciais intactos, jazendo, insuspeito, nestas
areias durante quase 500 anos.»
(leia mais em
http://afmata-tropicalia.blogspot.pt/2012/03/naufragio-em-zona-proibida-moedas-e.html
E o irrevogável ministro dos Estrangeiros - que está a preparar-se para fazer o tirocínio para PR - renunciou a tudo isto liminarmente e sem qualquer explicação!
Porque será que me lembrei do Sousa Lara?! Somos unstristes!!
Como é sabido,
ResponderEliminaro Paulo é mais virado ao submarino
propriamente dito
Eu diria que ele é mais virado às luvas...
EliminarGraça, mas se negociou, temos de encontrar quais foram as contrapartidas ?!
ResponderEliminarExcelente este post - por todas as razões e mais uma que, por ser de cariz pessoal, não me atrevo a publicar. Vou partilhar com a devida vénia. Um resto de domingo em "grande" :-)))
ResponderEliminarObrigada, Carlos. Daqui pode levar o que muito bem entender. Aqui é tudo público...
EliminarBeijinho.
Dizes tu que: há 5 séculos...?
ResponderEliminarAmiga, somos pequeninos! E não é só física ou geograficamente
Somos pequeninos quer no pensar, quer no agir.
Somos pequeninos porque em anos a fio nos fizeram pequeninos e nos mentalizaram que "os outros" são grandes e fortes.
E, ainda hoje, continuamos "reféns" dos que são grandes e fortes.
Recordo-me deste caso ser falado/discutido e tenho ideia de ouvir que os benefícios serem de pouca monta quando comparados com os custos.
Evidentemente que nesta equação nunca esteve considerada "a história".
E o que importa a história? Já lá vão 5 séculos...
Beijos e sorrisos (e 1 abraço ao Sid.)
Tens razão, amigo Kok!!
EliminarBeijinhos meios sorridentes...
Negociatas muitas vezes escusas para beneficiar poucos...
ResponderEliminarAbraço.
Para beneficiar sempre o(s) mesmo(s), Célia!
Eliminar~~~
ResponderEliminarUm povo triste e inconsequente que não vota, permitindo a
eleição de energúmenos, mais preocupados com as vantagens
imediatas das suas negociatas, do que com o nosso património.
A condecoração a Sousa Lara foi mais do que uma tristeza,
foi um opróbio à nossa Constituição e democracia.
~~~ Beijinhos tristes. ~~~
Cheia de razão, Majo!
EliminarBeijinhos meio tristes...
É muito triste!
ResponderEliminarNão conhecia este "episódio" português, gostei muito o ler.
O Português não dá valor ao que tem, queixa-se muito do que não tem e valoriza tudo o que os outros têm ....e assim vamos ficando mais pobres! Beijinhos
Já tinha lido noutro blogue. Esta renuncia não devia ser investigada?
ResponderEliminarAbraço
R
Ir a Leiria, eu até ia, mas e os transportes? Eu não conheço Leiria, nem sei que transportes existem para lá.
Uns mãos largas!
ResponderEliminarMuita coisa irá saber-se de Portas, apesar: de bater, de correr, de duas folhas, antigas e Modernas, com rolhas e sobreiros, imersíveis e emersíveis, cópias e fotocópias e etc. e tal!
Quanto aos óculos do outro senhor... sempre me quis parecer que assinavam de cruz.
Que maravilha!!!
Se Portugal ganhar o campeonato nada disto tem importância pois a dívida será perdoada...
Bj.
Faltou dar os parabéns à Graça por este excelente trabalho.
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