… o mesmo é dizer «uma tempestade
num copo de água»!
Refiro-me, naturalmente, à
«feira» que os jornais e as redes sociais têm criado em redor dos cartazes – outdoors, usando a «bela língua de Camões» usada antes do
acordo ortográfico de 1990 – do PS.
Se não mais há que para animar a chamada silly season – para usar uma vez mais a bela língua de Camões – e já que estamos em pré-campanha e é chato
fazer chacota do falsos números do desemprego que o “governo” mandou anunciar,
das cenas do BES, do aumento de dívidas nas contas da água, luz e telefone, ou
até mesmo do vazio do ultraliberal programa eleitoral da coligação PAF,
viremo-nos para qualquer coisinha do PS que anime as hostes e, já agora, denigra
um pouco mais o «inimigo», nem que seja pegando pelos cartazes!
E o pior é que são, muitas vezes,
os de dentro que apontam o dedo convencidos que assim é que ficam bem vistos
mostrando isenção ou para se armarem em engraçados.
Dizem-me que isto não tem
importância nenhuma, que é só para empatar o verão, que o pessoal não vota
influenciado pelos cartazes e mais não sei o quê. Mas, entretanto, vêm os
comentadores de serviço dizer que não o PS não tem dinheiro para as campanhas,
que não há organização ou liderança, etc, etc, aquilo que lhes vem à cabeça.
Apetece-me transcrever o que o ex
ministro Santos Silva escreveu na sua página do facebook dirigindo-se ao novo director de campanha.
«Caro Duarte Cordeiro, diretor da
campanha do PS a partir de hoje, aceite estes conselhos de burro velho:
Não se deixe impressionar pelos
ataques. Tudo o que o PS fizer, disser ou puser cá fora continuará a ser
violentamente atacado. Seja o que for, será submetido a um escrutínio mil vezes
impiedoso do que aquele que a direita tem, com a cumplicidade ativa ou passiva
de todos quantos, à esquerda, persistem em ver o PS como adversário principal,
ou confundem a política com estados de alma. E sabe porquê? Porque o PS pode
ganhar mesmo as eleições e assim estragar o arranjinho a muito boa gente e a
muito poder fático.
(…)
Valorize o que o PS tem de melhor
em 2015: uma alternativa à austeridade no quadro da Zona Euro; e um excelente
candidato a primeiro-ministro, António Costa.
Esqueça a secção política dos
media e os remoques das redes sociais. O que interessa é continuar a dizer às
pessoas comuns que (a) mais quatro anos das mesmas políticas perpetuarão o
desastre e (b) têm agora uma oportunidade de escolher uma alternativa séria,
realista e competente. E as pessoas decidirão.»
Poupem-nos! Se eu fosse o António
Costa, acabava com os cartazes todos, já!
Depois logo se via com que é que
iam pegar.
O que vale um cartaz? Tudo ou nada, digo eu. Enquanto se persistir no caminho das aparências vale tudo. Qual a razão que motiva a superficialidade do debate? Há mais a esconder do que a revelar?
ResponderEliminarEis uma boa ideia!
ResponderEliminarE, a partir dela nomeava-a, já
Directora da campanha:
Cartazes, zero
Entrevistas, nada
Discursos, mudos
Mensagem, rara
E, ainda assim, Costa ganha
Porquê?
Ninguém ao certo sabe... mas, talvez porque o Agostinho tenha razão: "Há mais a esconder..." e a malta nem quer saber
Rogerinho,
Eliminarnão seja tontinho...
Sim, um dos poucos tontos...
Eliminar(e viva tanta lucidez)
Não concordo contigo, sobre borrifar nos cartazes:o PS nãoé um partido de vão de escada que não possa fazer alguma publicidade. Agora é verdade quevai sempre ser criticado, pelos adversários e os engraçadinhos do costume. Não se deve é pôr muito a jeito...
ResponderEliminarAqui há alguns anos, estive em Caminha nas vésperas de uma campanha eleitoral. Na altura aproveitei para conhecer uma bloguista espanhola, que morava do outro lado da fronteira e vinha muitas vezes a Portugal - ela veio com um casal amigo. O que eles gozaram como cartaz do PS, não tendo nenhum interesse nisso eleitoralmente falando, não foi coisa pouca. Mas na verdade os candidatos que estavam na foto pareciam uma autêntica brigada do reumático, o que obviamente ninguém reparou no partido: todos homens, vestidos de fatos cinzentos e cabeças brancas. E dizia-me a espanhola: "Como é que eles querem que as camadas mais jovens votem neles?"
Beijocas
Olá Gracinha!
ResponderEliminarPassei aqui para agradecer a visita no meu cantinho e o comentário ao meu post,acerca da "minha" Serra da Boa viagem.
Gosto sempre de a "ver" pelos meu dominios, obrigada.
Quanto à dança dos cartazes, parecem decisões apontadas en cima do joelho...
Se estamos com pouco dinheiro e empenhados, para quê este arraial para a campanha?! Lá vão acontecer os almoços e os jantares para os mesmos, e os beijinhos por atacado ás pessoas que estiverem na rua, por perto dos locais de passagem dos cortejos.
Só fantochada, e depois fica tudo igual, ou pior. Eu também não sei qual o remédio para esta chaga que alastrou no nosso Portugal.
Beijinhos.
Dilita
Creio que é essa peça que vou ver na sexta-feira ao livre, num parque.
ResponderEliminar: )
Mas lá que foi cada tiro, cada melro, lá isso foi :))
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
Isso é que era! - acabar com os cartazes, já!
ResponderEliminarFicava a campanha muito mais em conta e excederia qq outra publicidade... :)
Se todos fossem como eu, os cartazes nunca tinham chegado a sê-lo.
ResponderEliminar(b) têm agora uma oportunidade de escolher uma alternativa séria, realista e competente.
ResponderEliminarÉ desta conclusão que vem o perigo porque pode haver que acredite nisso mesmo depois da incompetência que mostraram, e ainda só vamos nos cartazes (autdóres?).
Depois destes (os que ainda lá estão) vêm estes?
Estamos condenados à mediocridade!
Beijos com sorrisos (dos meus).
Tenho uma curiosidade: de onde vem todo esse dinheiro para campanhas????
ResponderEliminarNão é preciso responder!!!!
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ResponderEliminar~ Não é um carnaval qualquer, tem que ser um entrudo à portuguesa...
~ ~ «ESTÁ NA HORA DE MUDAR» ~ ~ ~ «PAF» ~ ~ ~ 'Páffff, pá' !!!
~~~~ Beijinhos. ~~~~
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