domingo, 7 de julho de 2013

Irrevogável


Se fosse numa prova de exame, este exercício de escolha múltipla estaria muito mal elaborado porque todos as hipóteses são verdadeiras não havendo lugar a distratores, mas no nonsense que é o momento atual da política portuguesa tudo é possível e todas as hipóteses são verdadeiras e distratores a um tempo.

Para o dr. Paulo Portas, irrevogável foi mesmo "ir ali e já volto" e, mesmo junto daqueles que verdadeiramente votaram nele, ele fica efetivamente muito mal visto. Fez umas birras e agora volta para o governo como se nada se tivesse passado.

A não ser que, como disse há pouco o patrãozinho Nuno Melo, o dr. Paulo Portas tivesse usado a palavra irrevogável sem ter mentido porque saiu de ministros dos Negócios Estrangeiros e volta na figura - triste figura, digo eu - de vice-primeiro-ministro.
 
Dá-me vontade de pedir emprestado aquele poema de Pessoa "Autopsicografia" e apresentando-lhe todas as desculpas possíveis, parafrasear e escrever assim:


   O político é um fingidor.
   Finge tão completamente
   Que chega a fingir que é dor
   A força com que nos mente.

E todas estas paráfrases e perífrases e perifrásticas e esquemas periférico que aconteceram ao longo desta semana  bem como irrevogável e irreversível desfecho que se adivinha só acontece devido ao peripatético presidente que temos.



17 comentários:

  1. Com tudo isto mais o calor estou completamente de rastos! :-((
    Só me apetece hibernar!

    Abraço

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  2. Estimada Amiga Graça Sanmpaio,
    Por coincidência postei um artigo sobre o mesmo assunto.
    Agora de IRREVOCABILIS, parace que saiu um coelho da cartola e entra Vice-Primeiro Ministro, mas que grande mágicos me sairam os políticos da pátria Lusa.
    No nosso acordo ortogático a palavra IRREVOGÁVEL irá ter um sentido bem diferente, ROBUSTO.
    Veremos se alguém lhe passará cavaco.
    Abraço amigo

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  3. A imagem da macacada está errada
    Na certa, ele mete os pés pelas mãos

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  4. CONVITE
    Passei por aqui lendo, e, em visita ao seu blog.
    Eu também tenho um, só que muito simples.
    Estou lhe convidando a visitar-me, e, se possível seguirmos juntos por eles, e, com eles. Sempre gostei de escrever, expor as minhas idéias e compartilhar com as pessoas, independente da classe Social, do Credo Religioso, da Opção Sexual, ou, da Etnia.
    Para mim, o que vai interessar é o nosso intercâmbio de idéias, e, de pensamentos.
    Estou lá, no meu Espaço Simplório, esperando por você.
    E, eu, já estou Seguindo o seu blog.
    Força, Paz, Amizade e Alegria
    Para você, um abraço do Brasil.
    www.josemariacosta.com

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  5. Este seu post é do melhor que tenho visto nestes últimos dias. Parabéns Dra. Graça. "completamente completo!"
    Cumprimentos

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  6. Nunca gostei deste charabaneco , mas desta vez foi longe de mais.Isto vai acabar mal e nós é que as pagamos.
    Por bem menos o clown de Bélem foi duro com o anterior governo e agora fez tudo para manter os fedelhos.
    Previnam-se , isto vai estoirar ...onde já se viu um grupelho com 12% ficar com mais poderes do que o resto do governo PSD. M.A.A.

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  7. Querida Gracinha, isto é tudo uma grande palhaçada!! Razão tem o outro, que até nem gosto muito dele, mas que foi processado por ter usado a palavra adequada: palhaço!!
    Vou hibernar como a Rosinha!! É o melhor, mesmo!
    Beijinhos grandes.

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  8. Cego, surdo e mudo, mas fiel à sua ideologia, desprezando as exigências do cargo que exerce.

    Bem se sabe que nunca foi "o presidente de todos os portugueses" e que essa realidade nunca lhe tirou o sono.

    Enfim, já o conceito de "competência" e outros se vão transformando ao sabor dos interesses de um grupo privilegiado.

    Bom domingo!



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  9. Minha amiga, PSD e CDS transformaram Portugal num manicómio, cuja chave está nas mãos de um reformado , hipócrita e cobarde, que vive à custa dos nossos impostos num luxuoso lar em Belém.

    É bom que o povo siga o exemplo brasileiro.

    Bom domingo

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  10. O malabarismo de Portas não me surpreende.

    Pela primeira vez, acho que Passos Coelho foi inteligente: entregou a Portas o 'dossiê' Troika e a negociação com a mesma.

    Aguardemos

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  11. Se ele fosse cego, surdo e mudo existia.
    Mas já nem fantasma é!

    Beijo

    Laura

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  12. Gracinhamiga

    Não me parece bem, acentuo, não me parece bem que digas tais dislates sobre quem tanto bem nos quer. Prizemplo, esta camiseta que trago foi-me dada em comandita pelos Senhores PPC e PP sem C.

    Daí que os adoro e confesso que fico muito in-cu-mudado com o que rediges e bem assim com as palavras comentadoras das comentadoras e dos ...dores.

    O meu cronómetro chino, mas das melhores famílias de Comquentão, 這是最好的家庭, informa-me que são precisamente 17:07 e 38 segundos. Por isso, vou, irreversível, contar a estória, antes que decida não o fazer, pois acabo de ver no mostrador que já são 17:09. Então, já vai.

    Um nobre escocês, Sir Hugh MacMillas, tinha uma filha chamada Miss Ingride MacContas MacMillas. Quer ele, quer ela, quer a estimada esposa e dedicada mãe Lady Vithoria MacContas MacMillass eram todos esmerada e obedientemente católicos, da Sagrada Igreja Católica Romana e Apostólica. Crentes, tementes a Deus e cumpridores do Dez Sacaramentos.

    Um dia a jovem Miss implorou aos progenitores que lhe permitissem ir estudar para Londres. Reunido o Conselho de Família no Castelo de Thallykuall, o venerando patriarca concedeu esse privilégio sob uma condição: a Miss tinha de enviar TODOS OS DIAS um imeile a informar como passava de saúde e etc.

    Após ter assegurado o insigne Father que assim procederia, a Miss partiu para Londres a fim de cursar Medieval History na University Anglóphona da Capital.

    Dia após dia seguiam cronometricamente os imeiles prometidos, sem falhas! Mas, passados os três primeiros meses Ingride passou a envia-los semanalmente. Os Pais, depois de confabularem entre os dois ambos, aceitaram, resignados: os estudos Historyans estavam cada vez mais difíceis.

    Porém, quatro meses after os imeiles passaram ao regime mensal, pois os exames finais acercavam-se and so os esforços da littlezinha tinham de se intensificar. Os Parents, compreensivos, obviously, yessaram.

    The trouble foi que, daí para a frente iemeiles misseânicos, nem vê-los, the more it reeks, or, nem os cheiravam.

    Os MacMillas bem tentaram contactar a smallonezinha, mas todas as diligências resultaram infrutíferas. Daí que o Pai tivesse decretado luto heavy pois a sua dearzinha Ingride devia ter entregue a alma ao Criador Celestial.


    (Continua no próximo comentário, irrevogavelmente)

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  13. (Continuação do comentário anterior)

    Estavam-se pois os veludos negros colocados no palácio antes já citado, choravam ou seja cried drool and snot, mais ranho do que baba, quando um dia de céu claro, brilhava intensamente o Sol no astro azul, quando parou à porta da barbacã do Castelo, um Rolls Royce negro com para~choques de platina, fechos em ouro de 23,7 quilates e puxadores de cabedal incrustado de diamantes e dele saiu a Miss Ingride.

    Her parents acorreram aos brados de regozijo da criadagem capitaneada pelo Mordomo Alexander e deu-se o encontro verdadeiramente eufórico entre a filha e os progenitores.

    Obviamente saltaram da boca do Lord palavras de emoção, ordenando que fossem arreados os panos negros e organizado um party que desejava fenomenal.

    Assim se fez. A Philharmonic Symphony Orchestra of Edinburgh executava primorosamente música anglo-saxónica desde William Byrd até The Beatles, enquanto pelos salões profusamente iluminados convidados da mais fina estirpe conviviam, dançavam, got drunk e etc.

    Foi quando o Lord perguntou, aliás dissimuladamente, o que lhe acontecera para estar tanto tempo sem dar news. Dear Paizinho, tornei-me prostituta.

    How disseste? Sim disse ela, I became a bitch whore. Sir Hugh não esteve com meias medidas: Stop já a Orchestra deitem-se de novo os veludos negros!!! Ai que desgraça, ao que tu chegaste minha dear filha!...

    Mas, Paizinho, o Rolls Royce? Como? O Rolls Royce ganhei-o como prostitute of high fashion! Não me interessa filha desnaturada! Acabou-se o party!

    Mas, dear Father, como prostitute também ganhei quatro andares no bairro mais chique de Londres, mais cinco em Kensigton e Chelsea, mais oito em Manhattan, três em Bervely Hills e seis em Malibu!

    O Lord olhou his daugther atentamente e perguntou-lhe: "Disseste, minha Dear, que te tinhas tornado what? E a ex-Miss: em prostituta, querido Sir, em prostituta!

    Porra! clamou o Father, eu pensei ter ouvido PROTESTANTE!!! Continua o party, recomece a Orchestra, venha quilolitros de whisky e Gin. Viva! Hurra!


    Virória, vitória e acabou-se a estória. Irreversivelmente (16:12)

    Qjs

    Henrique

    _________

    NE - Qualquer coincidência com qualquer situação presente é pura semelhança

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  14. Este Henriquamigo tem uma imaginação verdadeiramente prodigiosa! Já para não falar na linguagem anglo-portuguesa que domina na perfeição...

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  15. Gracinhamiga

    Fiquei de tal modo ruborizado com a tua resposta que a Raquel teve de chamar os Voluntários da Morangueira, com mangueira e tudo.

    Foi uma vergonhaça, minha querida Graça...

    Agora, só falta o textículo de Vossa Insolência para henriquesser a nossa Travessa!!!!!!!!!!!!!! Jáaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!

    Qjs

    Henrique

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  16. Henriquamigo, não estou à altura de um pedido desses! Não depois de ler os belos contributos que por lá têm aparecido...

    Beijinhos gratos

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  17. disse-me um ajoaninha, que esta manhã viu o Portas inscrever-se para o exame de Português do 1º ciclo.

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