«As bibliotecas são como
aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem
está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O
mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros.
Todas as coisas do mundo podem
ser chamadas a comparecer à força das palavras, para existirem diante de nós
como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tamanho do infinito e sabem
toda a maravilha. (...)
As bibliotecas só aparentemente
são casas sossegadas. O sossego das bibliotecas é a ingenuidade dos incautos.
Porque elas são como festas ou batalhas contínuas e soam trombetas a cada
instante e há sempre quem discuta com fervor o futuro, quem exija o futuro e
seja destemido, merecedor da nossa confiança e da nossa fé.
Os livros oferecem o que são, o
que sabem, uma e outra vez, sem refilarem, sem se aborrecerem de encontrar
infinitamente pessoas novas. Os livros gostam de pessoas que nunca pegaram
neles, porque têm surpresas para elas e divertem-se a surpreender. Os livros
divertem-se.
As pessoas que se tornam leitoras
ficam logo mais espertas, até andam três centímetros mais altas, que é efeito
de um orgulho saudável de estarem a fazer a coisa certa. Ler livros é uma coisa
muito certa. As pessoas percebem isso imediatamente. E os livros não têm
vertigens. Eles gostam de pessoas baixas e gostam de pessoas que ficam mais
altas.
Depois
da leitura de muitos livros pode ficar-se com uma inteligência admirável e a
cabeça acende como se tivesse uma lâmpada dentro. É muito engraçado. Às vezes,
os leitores são tão obstinados com a leitura que nem acendem a luz. Ficam com o
livro perto do nariz a correr as linhas muito lentamente para serem capazes de
ler. (...)»
Valter Hugo Mãe
E os meus amigos, qual é a vossa relação com as bibliotecas?
Das melhores!
ResponderEliminarAgora sou visitante de três...
O que mais me custa nesta estadia em Lisboa é ter tão poucos livros comigo...fazem-me falta!
Abraço
óptima!
ResponderEliminarDurante muitos anos á maioria dos livros que lia eram da biblioteca da Marinha Grande.
boa semana Graça
beijinho e uma flor
Adoro as bibliotecas em que podemos tocar nos livros, pegar neles, ler algumas páginas e escolher os que queremos ler.
ResponderEliminarNão gosto daquelas em que à partida temos de saber o livro que queremos, não podemos tocar em outros livros, temos de ficar demasiado tempo à espera e depois de o consultar naquele espaço, silenciosamente, sabendo que se quisermos outro livro é preciso repetir todo o processo de novo.
Tenho uma relação excecional com as bibliotecas. Não posso viver sem elas mesmo que tenha que esperar meses pelos livros mais requisitados. E isto porque há sempre dezenas de outros que aguardam serem lidos porque são meus e porque vou adiando a sua leitura apenas porque estão ali, à minha inteira disposição, quietos, esperando...
ResponderEliminarO sistema de bibliotecas de Toronto é eficiente e, por isso mesmo, excelente. A internet facilitou-nos muito a aquisição de livros.
Requisitamo-los via net, renovamos prazos, confirmamos o período de espera, avisam-nos por email se os livros pedidos já chegaram, fazem-nos recordar que o prazo está quase a terminar (21 dias, creio, para cada livro; o número máximo de livros que podemos trazer para casa, de cada vez, são 50!!).
Gosto delas pequenas, de um só piso, de fácil acesso e com parque de estacionamento. A “minha” preenche todas estes requisitos! :)
Porque é pequena nem sempre tem os livros que procuro mas como temos 90 e tal bibliotecas espalhadas pela cidade, os livros são enviados de biblioteca para biblioteca.
Tenho uma relação de amor com o meu escritório , onde guardamos em estantes fechadas , quase todos os livros que temos e vamos tendo , pois o meu marido , lê , lê ...Anteontem , uma prima que vive em Lisboa , levou mais de 40 livros , os últimos . Eu , estou a preparar-me para dar volta a outra estante, a maioria irá para a Biblioteca Municipal e outros para o Porto , para outra amiga que lê muito. Não , não estamos doidos...o meu filho , já esteve 2 dias nos cuidados intensivos com a alergia provocada pelos ácaros de livros antigos.Se há coisa que ele não vai herdar dos pais , são livros , apesar de muitos serem comprados e lidos por ele e depois passa ao pai...é a vida...M.A.A.
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ResponderEliminarA minha é tão boa que até já tinha pensado que, quando me reformasse, viraria livro ou prateleira de biblioteca.
Mas a vida está a mostrar-me que já nem para o 'arquivo (morto)' já irei. :))
Beijo
Laura
Bem, no meio de livros emprestados me fiz - era estudante pobre. Foi lendo, estudando e muito, os livros e ouvindo meus professores que adquiri a capacidade de enfrentamento da vida. Como educadora, não os dispenso jamais. Meus eternos amigos, companheiros de sonhos e utopias fantásticas!
ResponderEliminarBjs. Célia.
Que depoimentos fantásticos, amigas!
ResponderEliminarM. A. A., lamento muito. Até parece ironia do destino...
Laurinha, tontinha....
Também eu,Célia, estudante pouco mais que pobre,estudei muito e li muito a partir das bibliotecas. Especialmente a de Sintra, minha vizinha...
No passado não foi assim... mas de há uns anos a esta parte ficámos grandes amigos.
ResponderEliminar:)
Uma menina linda como uma poesia.
ResponderEliminarA minha relação com as bibliotecas é pura e simplesmente maravilhosa.