quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Adoráveis funcionários públicos!

De passeio pela cidade velha de Lagos - cidade de que muito gosto e onde já passei muitas férias de verão - fui desaguar à Praça do Infante, onde entrei na Igreja de Santa Maria, cujo interior não conhecia, passei por edifício antigo onde havia uma exposição de artigos artesanais e depois fui tirar fotografias ao edifício do Mercado de Escravos, sem a menor intenção de o ir visitar - apenas tirar umas fotografias como já tinha tirado aos monumentos por que passara. 

Saem da porta do museu três senhoras que "simpaticamente" quase me impedem de continuar a fotografar o edifício, dizendo ironicamente: «Já está na hora de fechar!» e quase me enxotam para fora do gradeamento. Apanhada de surpresa, limitei-me a dizer que estava apenas a fotografar. Uma outra das "simpáticas" senhoras diz, sem que nada lhe tenha perguntado: «Amanhã estamos cá à mesma hora!» Ao que eu, apenas por simpatia, respondi: «Amanhã já cá não estou.» E então veio o cúmulo da "simpatia" e da "delicadeza" da senhora: «Então o que andou a fazer todo o dia?» E fechou mesmo as grades cheia de "poder"...

Que fique aqui bem claro que eu própria fui funcionária pública durante 37 anos da minha vida e tenho tratado com funcionários públicos altamente diligentes e competentes, guias de museus, funcionários das finanças e outros. Mas tristemente ainda encontramos muitos da escola do antigamente quando os funcionários públicos (chefes de repartição, chefes de secretaria, funcionários das finanças, da segurança social, dos correios, etc, etc.) se sentiam cheios de poder (coitados...) e ainda mais cheios de vontade de o exercer...









(Esta última fotografia já foi tirada depois de as senhoras me fecharem as grades na cara...)




(Esta é a imagem do teto do alpendre gradeado que retirei da net)

10 comentários:

  1. Hoje de manhã recebeu a minha Teresa um telefonema
    e limitou-se a dizer "Ele está aqui" e de pronto de passou o telefone. Era uma funcionária pública a dizer-me que a minha consulta estava marcada e lá me deu a data/hora exacta. Já depois da amável despedida, lá deixou a recomendação:"se puder, esteja uns minutinhos antes..."
    Depois de a ler vou seguir a recomendação. Estar uns minutinhos antes fará a diferença, embora a diferença já esteja patente perante a sua generalização...

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    1. Felizmente - e eu digo-o no meu texto - a arrogância típica dos antigos funcionários públicos já não tem nada a ver com o que era. Mas ainda há muito a mudar...

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  2. Há gente boa e má em todas as profissões...
    Beijinhos

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  3. Um espaço que eu detesto. Mesmo quando está ocupado por espetaculares exposições de pintura, não me sinto bem em antigos domínios do Infante e outros senhores dos descobrimentos esclavagistas.
    Beijinhos livres.
    ~~~~

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  4. Podia até estar na hora de fecho do espaço, mas há maneiras e maneiras...

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    1. Pois... Vai-se confundindo a super moderna "assertividade" com falta de falta de educação...

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  5. Atitudes lamentáveis eventualmente explicadas (mas não justificadas) pelo desencanto/desmotivação que alguns funcionários públicos sentem no cumprimento das suas funções.
    Neste caso o meu lamento é mais sentido por ter ocorrido na minha cidade.
    E não voltaste no dia seguinte para teres oportunidade de lhes agradeceres o tratamento diferenciado?
    Beijnhos sempre com sorrisos!

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    1. Pois não. Já lá não estava...

      Beijinhos com sorrisos, Kok. Sempre!

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