quinta-feira, 21 de março de 2019

Um poema no Dia da Poesia


Horário do Fim

morre-se nada
quando chega a vez

é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos

morre-se tudo
quando não é o justo momento

e não é nunca
esse momento

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"





11 comentários:

  1. O meu terno abraço solidário...
    ~~~~~~~

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  2. Conheço bem esse poema de Mia Couto, e agora, mais do que nunca, o poema é uma crua realidade.

    Um beijinho grande, Graça

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  3. Também conheço esse poema, tenho o livro. E conheço Moçambique, Vivi lá. No Maputo(Lourenço Marques) Beira e Nampula. tenho o coração tão triste.
    Abraço

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  4. Morremos um pouco todos os das, nós e nós com os outros!

    Abraço solidário

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  5. Nunca estamos preparados...

    Lindo, apesar de triste.

    Proseando num dia

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  6. morre-se assim. simplesmente - sem palavras estridentes!
    excelente escolha

    beijo

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  7. Uma bela homenagem à Poesia, com um poema de Mia Couto.
    Uma boa semana, Graça.
    Um beijo.

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  8. A palavra posta por alguém que a inventa e acorda.

    Chegada a vez...
    ¿quem o fez
    o determinado horário
    indescortinável
    inquestionável?

    Beijo.

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  9. Graça um Beijinho e um Abraço Muito Forte !
    Os Meus Sentidos Pêsames

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