O DN - agora apenas semanário - está a trazer-nos à memória textos do Natal de outros tempos.
Esta ilustração a preto e branco foi publicada no DN de 25 de Dezembro de 1928 e, com desenho do ilustrador e pintor modernista Bernardo Marques (1898 - 1962) e texto da escritora Fernanda de Castro (1900 - 1994), mostra-nos os brinquedos que faziam as delícias das crianças daquele tempo.
De notar a ingenuidade dos versos que eram, de igual forma, dedicados às crianças...
O cavalinho de pau
não precisa de chicote.
No reino da fantasia
anda a galope, anda a trote.
O vaporzinho de lata
não receia o mar profundo
Adeus! Adeus! Vai partir
Para onde? Para o mundo!
O soldadinho de chumbo
vive contente, é feliz
na caixinha de cartão
que lhe serve de país.
o comboio vai partir,
a vida é o fim da viagem...
Quem não quer ir para a vida?
Quem não compra uma passagem?
Ninguém sabe quantas voltas
uma bola dá no ar...
Também as voltas do mundo
ninguém as pode contar.
Com esta caixa de tintas
todos nós somos pintores...
A vida é negra? Que importa!
Vamos nós pintá-la a cores.
A bonequinha de loiça
que tem anéis e cordão
chapéu, sapatos, vestidos
terá também coração?
(Fernanda de Castro)
Atrás dos tempos
ResponderEliminarvêm tempos
e outros tempos
hão-de vir
Por este caminhar
em 2028 as crianças
deixarão de brincar
lembras ingenuidade
que ainda hoje seria necessária
E não apenas nas crianças... Alguma ingenuidade dá lustro ao coração e torna-nos mais doces e mais atentos aos outros...
EliminarOutros tempos, outras realidades,onde a magia era bem diferente:))
ResponderEliminarHoje : Lágrima em rio de cumplicidade
Bjos
Votos de uma óptima noite
Uma delicia de versos.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana
Por serem tão simples...
EliminarBeijinho, Elvira.
Minha querida Gracinhamiga I
ResponderEliminarPrimeiro que tudo: como vão as coisas? Oxalá vão bem.
Fiz uma edição especial de Natal no DN já não me lembrava em que ano e fiquei tão encantado com esta página que a publiquei na íntegra em fac simile.👌 Claro que também foram inseridas outras como recordações do antigamente e os ecos que nos chegaram foram bastante... animadores e simpáticos. Enfim, malhas que o império tece...
Muitos bjs💋💋💋 e qjs do casal Ferreira
E o nosso Sporting vai indo bem... O Keizer parece que é mesmo Kaizer...
Boa, Leãozão!!!
EliminarBeijinhos verdes...
Alguns destes brinquedos ainda chegaram ao meu tempo!
ResponderEliminarAbraço
E ao meu também (que é o mesmo que o teu...)
Eliminartudo "fala", até os brinquedos de crianças ...
ResponderEliminardiz-me como brincaste e dir-te-ei quem és...
beijo
Que dirás de mim que nunca gostei de brincar com bonecas?!
EliminarBeijinho.
Eram temo em que se dava mais valor às coisas:))
ResponderEliminarHoje : Banho de Amor em Serenas Águas. {Poetizando e Encantando}
Bjos
Votos de uma boa noite e um óptimo fim de semana.
Momento de recordações do pouco material que se revertia amorosamente entre todos. Menos era e é mais mesmo. Plena criatividade era o mote do Natal!
ResponderEliminarAbraço.
O Natal e não só. A necessidade aguça o engenho...
EliminarBeijinho, Célia, amiga.
Era uma alegria!
ResponderEliminarVai pintando a vida a cores, querida Amiga.
Por vezes, é um dever fundamental...
Beijinhos afins.
~~~~
É que de melhor fazemos, Majo: pintar a vida a cores...
EliminarBeijinho.
Certo que, 1928 já não apanhou nenhum de nós ! :)) ... mas recordo-me bem de alguns desses brinquedos de madeira ou chapa nos anos 40 e 50 !
ResponderEliminarSabes que Ermesinde era "a capital" desses brinquedos ?... Havia várias "Fábricas de Brinquedos" desses tipos !
E já agora, os meus brinquedos de infância não eram comprados, mas sim feitos por mim ! eheh ... Um comboio, feito de latas de conserva que engatava umas nas outras e na da frente um pedaço de madeira a fazer parecer a máquina ; os carris eram a terra preta do quintal ! Os moínhos (tipo azenhas) de construídos com canas e bogalhos e colocados sobre os pequenos regatos ! ... Os jogos de rapa feitos com o testo de uma panela cujo centro rodava sobre o bico de um prego , no centro de um tabuleiro de madeira com os respectivos preguinhos em redor a assinalar o prémio. :))... e tantos tantos outros !!! :)))
Um grande Abraço, querida Graça !
Meu querido Amigo, era já a tua tendência para a engenharia...
EliminarBem hajas por este texto tão cheio de criatividade e beleza.
Beijinhos para vós ambos.
Penso que é uma excelente inciativa de um jornal com uma história de mais de 200 anos ! Obrigado Graça, vou tomar nota e ler !
ResponderEliminarGosto muito do DN. Foi sempre o jornal lá de casa desde o tempo do meu pai e continua... Pena ter passado a semanário...
EliminarBeijinho, Ricardo.
Uma delícia as imagens e o poema de Fernanda de Castro. Obrigada, Graça.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Também achei...
EliminarBeijinho, Graça
Tempos de maior ingenuidade.
ResponderEliminarMais felizes?
Não sei.
Era diferente, só isso.
Beijos, boa semana
Só isso. Também acho...
EliminarBeijinhos, Pedro.
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