(do livro «A Lisboa de Fernando Pessoa» de Marina Tavares Dias) |
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
(do poema 'Aniversário' de Álvaro de Campos)
Há um ano:
ResponderEliminarI
Cantigas de portugueses
São como barcos no mar —
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.
II
A caixa que não tem tampa
Fica sempre destapada
Dá-me um sorriso dos teus
Porque não quero mais nada.
"A quadra é um vaso de flores
que o Povo põe à janela da sua alma..."
Fernando Pessoa
Hoje foi meu mote... e tive sorte
E também:
ResponderEliminarDia de Sto António
Dia da freguesia de Leiria
Dia da vitória de Portugal sobre a Dinamarca em futebol, para o Euro 2012
e também
dia em que fui à cidade de Leiria, agora que passo a maior parte do meu tempo na Barreira, para comprar o jornal, umas sapatilhas e comprar pão quente...
Agora um bocadinho mais a sério:
"Se, depois da minha morte, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meses."
Alberto Caeiro / Fernando Pessoa
Coisa simples, a biografia de Fernando Pessoa?!
Só para apresentar a sua Obra tenho eu aqui, 3 volumes com cerca de 1200 páginas cada um e em letra miudinha. Modéstia de Fernando Pessoa pela pena do seu heterónimo Alberto Caeiro!
-
(...)
Se existo, é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
(...)
Como não ficarmos abismados!
Como não me sentir desconfortável com o abuso do uso no meu cabeçalho deste pensamento lapidar de Fernando Pessoa:
"Leio e estou liberto. Adquiro objectividade. Deixei de ser eu e disperso."
Mentira, nunca devia ter sido tão leviano.
Um dia destes vou ter de repor a verdade do que me pode definir
(será que o conseguirei?).
-
Haja quem nos vá recordando que Portugal é um país com mentes fascinantes!
Estimada Amiga Graça Sampaio,
ResponderEliminarFernando Pessoa é considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".
Guia-me a Só a Razão Guia-me a só a razão.
Não me deram mais guia.
Alumia-me em vão?
Só ela me alumia.
Tivesse quem criou
O mundo desejado
Que eu fosse outro que sou,
Ter-me-ia outro criado.
Deu-me olhos para ver.
Olho, vejo, acredito.
Como ousarei dizer:
«Cego, fora eu bendito» ?
Como olhar, a razão
Deus me deu, para ver
Para além da visão —
Olhar de conhecer.
Se ver é enganar-me,
Pensar um descaminho,
Não sei. Deus os quis dar-me
Por verdade e caminho.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Abraço amigo
"...O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou..."
ResponderEliminarFernando Pessoa, "O Fado e a Alma Portuguesa"
Graça
ResponderEliminarLinda forma de recordar Fernando Pessoa.
Beijinho e uma flor
E permanece intemporal e insubstituível!
ResponderEliminarbeijinhos, Gracinha
Escolheste este excerto para mim, foi?
ResponderEliminarÉ que reflete a minha cara...
Beijo
Laura
Quando li, pensei como a Laura! Parece feito para mim!
ResponderEliminarPessoa será sempre Pessoa, independentemente dos anos que passam! O génio dele continua bem vivo nos seus escritos e poemas... :)
ResponderEliminarBeijocas!
Esta minha entrada sobre O Poeta foi ótima só pelos poemas que dele foram lembrados pelos meus caros amigos comentadores! Grandes admiradores seus! Muito obrigada!
ResponderEliminarAntónio, dia 13 de Junho também é o dia do "meu" Agrupamento D. Dinis...
Laura e Carlos, as pessoas sensíveis e inteligentes revêem-se facilmente naquele extrato do poema que escolhi...