terça-feira, 31 de agosto de 2010

Uff! Que calor!


Se continuam estas temperaturas de 39/40 graus à sombra, não sei se vamos aguentar. É que não podemos fazer como os meus gatos que se regalam e se escondem nas sombras do quintal.

O que vale é que já vou amanhã outra vez para o Algarve a banhos... Depois mostro-vos as vistas de lá. E dizia eu que ia sentir saudades da escola...

Para já deixo-vos os meus gatos também eles a gozarem a reforma...











É que se o calor não passa, ainda tenho de fazer esta figura....



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cabo-verdianas



Com o calor que está, que tal um saltinho a Cabo Verde? Não, não vamos mergulhar nas transparentes águas do Sal! A minha amiga Clotilde Fava é que vai lá muitas vezes porque adora Cabo Verde e as suas lindíssimas nativas que desenha assim. Querem ver?






Não são uma doçura?! (Posso dar-vos o contacto... ...)
Qual é a mais bonita?



domingo, 29 de agosto de 2010

A Day in Life



A revista Rolling Stone escolheu a canção "A Day in Life" do disco Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, composta pela dupla maravilha formada por John Lennon e Paul McCartney, como a melhor canção dos Beatles, entre uma lista de cem temas.  Em segundo e terceiro lugares vêm as canções "I want to hold your hand" e "Strawberry Fields Forever".

Gostos! E gostos não se discutem. Mas, para mim, que gostei sempre, gosto e gostarei sempre de  todas (ou quase, quase)  as canções dos Beatles, a minha preferida de sempre é o "Yesterday".

E os meus possíveis leitores, o que dizem? Quais são as vossas preferências?

Entretanto, fica aqui a canção considerada a obra prima do conjunto para recordarmos. A letra é especial, mas não vou traduzir, que, em português, não faz (o mesmo) sentido.





Doomsday


Um belo poema do Jorge Luís Borges, escrito no seu último ano de vida, sobre a fragilidade da vida, a efemeridade das coisas e dos projectos.

Doomsday

Será quando a trompeta ressoar, como escreve
        S. João o Teólogo.
Foi em 1757,segundo o testemunho de
       Swedenborg.
Foi em Israel quando a loba cravou na cruz a carne
       de Cristo, mas não só então.
Acontece em cada pulsação do teu sangue.
Não há um instante que não possa ser a cratera do
       Inferno.
Não há um instante que não possa ser a água do
       Paraíso.
Não há um instante que não esteja carregado como
       uma arma.
Em cada instante podes ser Caim ou Siddharta, a
       máscara ou o rosto.
Em cada instante pode Helena de Tróia declarar-te
       o seu amor.
Em cada instante pode o galo ter cantado três
       vezes.
Em cada instante a clepsidra deixa cair a última
       gota.


(fotografia de Tiago Fernandes)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um mimo!



Recebi este mimo, uma prenda, da "bloguista" (não gosto de "blogueira") minha amiga Gotinha com a seguinte mensagem:

1. Referir quem ofereceu o selo:

    Obrigada, Gotinha

2. Qual é o teu chá preferido?
    Gosto de todos os chás, excepto do de cidreira e de tília.

 3. Quantas colheres de açúcar costumas meter?
     Gosto muito de chá sem açúcar.


4. Passar o selo para seis pessoas:
       Rosa dos Ventos 
       nas asas dos livros
       aqui onde estou     
       Rio das maçãs 
       Tinta com pinta
       Leoa assanhada

E eu, que sou muito obediente, assim estou a fazer!
Uma vez mais, obrigada, Gotinha! Bom ano lectivo!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Touradas

Gosto de mais de animais para apreciar touradas. Desde criança que sinto o maior contentamento quando o touro consegue atirar-se sobre o toureiro e amachucá-lo bastante. Isto pode parecer cruel da minha parte, mas parece-me mais cruel meter um touro dentro de uma arena e humilhá-lo e violentá-lo com ferro e com farpas e sei lá o que mais. Não sei que prazer trará às pessoas que se juntam ali de voltar a berrar olé(s) para uns homens (e agora também mulheres) inconscientes e brutais mascarados de não sei o quê que se atiram aos touros como gato a bofe! E alguns até implicam cavalos nesta violência! Enfim! Se querem espectáculo violento, vão assistir a torneios de box ou de luta livre que, ao menos aí, joga-se de igual para igual!

Agora imaginem o gozo que senti ao ler uma notícia que, na semana passada, dava conta de um torito que, exasperado, simplesmente “voou” da arena para a bancada na praça de touros de Tafalla, em Navarra, aqui na nossa vizinha Espanha! Mandou mais de trinta pessoas para o hospital, uma das quais era uma criança. Quem se lembra de levar crianças para assistirem a espectáculos destes bem merece levar com um touro de 500 ou 600 quilos em cima!

Vejam só se não foi divertido!



 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Convite

Uma vez mais deixo aqui a notícia e o convite para mais um Fórum promovido pela ADLEI, desta vez sobre a Prevenção da Violência nas Escolas. Terá lugar no Auditório do ESTG, no próximo dia 10 de Setembro, pelas 14.30 e destina-se a professores e educadores. Parece-me que os pais também serão muito bem recebidos já que darão uma perspectiva diferente à discussão.

Os interessados deverão inscrever-se até ao dia 8 por telefone ou por mail.

O Fórum contará com a presença do Presidente da Câmara de Leiria, da Presidente da ADLEI, da Directora de Reinserção Social, do Comissário da PSP, e de Directores de Escolas. O moderador será o Professor José Manuel Silva, Vice-Presidente do IPL. Apareça e defenda o seu ponto de vista!




terça-feira, 24 de agosto de 2010

Alentejo

Ontem, lá viemos Alentejo acima, de volta a casa.

Para trás ficaram as lindas praias do litoral alentejano:

(Zambujeira)


(Almograve)


(Carvalhal)

(Vila Nova de Milfontes)

Passámos a Odemira, uma das vilas mais simpáticas do Baixo Alentejo, com o Rio Mira a atravessá-la, antes de chegar ao mar em Milfontes


(Odemira)


(Rio Mira)


E depois o Alentejo profundo, das vastas planícies a cheirar a terra quente, dos sobreiros e das azinheiras






Tudo faz lembrar os poemas alentejano do todo alentejano Manuel da Fonseca:

Horizonte
todo de roda
caiado de sol.
Ao meio
do cerro gretado
esguia cabeça de cobra
olha assobios de lume
sobre espigas amarelas...
(...Campaniços degredados
na vastidão das searas
sonham bilhas de água fria!...)

("Estio"   Manuel da Fonseca)



sábado, 21 de agosto de 2010

Zambujeira do Mar


Roam-se de inveja! Vim passar o fim-de-semana a esta praia maravilhosa que é a Zambujeira do Mar, em plena costa vicentina!

Daqui envio as minhas saudações mais salgadinhas...




quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Paul Anka


Um dos comentários ao meu texto sobre o Elvis Presley no dia do aniversário da sua morte absolutamente prematura fazia referência a cantores americanos dos anos 50 que foram grandes estrelas na época, nomeadamente Pat Boone e Paul Anka.

Deslumbrada que andava aí pelos meus 12/13 anos a ouvir e a tirar letras das canções de que mais gostava e dos discos que conseguia que o meu pai me comprasse (nessa época não havia como fazer downloads da net, nem YouTube) também gostava muito destes cantores, especialmente do Paul Anka – aquele cantor canadiano que conquistou os Estados Unidos e a Europa em termos musicais com a sua voz lindíssima e com as suas belas composições e que foi também, ele próprio, um precursor do rock and roll.

Fez furor com canções como Diana, You are My Destiny, Crazy Love, Adam and Eve, Lonely Boy, etc. etc. e as minhas preferidas entre as preferidas – Puppy Love e Oh Carol.

O “meu” nome Carol veio daí: o meu diário de juventude chamou-se Carol; enquanto professora de inglês adoptei o nome de Carol na época em que nas aulas se falava apenas em inglês e em que todos, alunos e professor, tinha um nome inglês; e aqui continuo a ser Carol – tontices de teenager que duram a vida inteira... (Se fossem só estas!)


Este cantor brilhante que foi também um brilhante compositor – nos anos 60, dizia-se que ele ganhava 120 contos por cada minuto em que compunha – compôs músicas para o Frank Sinatra, por exemplo, a conhecidíssima My Way, para Tom Jones e para filmes, como por exemplo “O Dia mais Longo”.

Ficam aqui as minhas preferidíssimas:

Oh Carol!


Puppy Love



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As horas extraordinárias dos professores



Tanto estardalhaço porque em 2007/08 se pagaram onze milhões de euros em horas extraordinárias a professores! Não se percebe por que razão a Inspecção-Geral das Finanças vem agora com isto. É certamente para as pessoas ficarem a saber que “os malandros dos professores, que são uns preguiçosos e uns incompetentes, que trabalham só meio dia e têm três meses de férias em cada ano” ainda levam mais uma quantidade de dinheiro em horas extraordinárias!

Por que razão não publicam os montantes que pagaram aos juízes ou aos médicos? Porque esses são trabalhadores a sério! Muitos dos médicos, coitados, não trabalham mais porque têm de ir, ainda com alguma força, atender nos consultórios particulares. E os juízes, esses então, trabalham tanto que levam meses, anos até a decidirem sobre os casos que têm para julgar.

Porém, diga-se de passagem, que também fiquei surpreendida com o montante apontado: onze milhões de euros são muitos euros! Isto porque sei, de experiência própria, que as direcções das escolas não podem distribuir horas extraordinárias de ânimo leve e sem autorização das Direcções Regionais. De facto, só se podem atribuir horas extraordinárias aos professores em duas situações: a) para completamento de horário, por exemplo: o horário completo é de 22 horas, mas se uma disciplina tem três horas semanais, dando-se sete turmas a esse professor, o horário fica com 21 hora, ou seja, incompleto; dando-lhe mais uma turma, receberá 24 horas, duas das quais são extraordinárias; b) se sobrar uma turma numa determinada disciplina que não dá para encaixar em nenhum professor, não podemos contratar outro professor apenas para essa turma e, então, um dos professor dessa disciplina recebe essa turma em horas extraordinárias. Além disso, para se requisitar o dinheiro para pagar as horas extraordinárias, temos de referir o motivo e o despacho autorizador dessa decisão. Por outro lado, os inspectores da Inspecção-Geral de Educação fazem muitas acções de controlo às distribuições de serviço pelos horários dos professores.

Não é fácil haver conluios e compadrios neste campo. Então o que pretendem os jornais e a Inspecção das Finanças com esta notícia?





terça-feira, 17 de agosto de 2010

Tradução do poema "Go and catch a falling star"


(Nascimento de Vénus de Botticelli)

No passado dia 14, a propósito da chuva de estrelas, fiz referência e transcrevi um poema inglês do século XVI de John Donne cuja tradução vale a pena deixar aqui para eventual discussão e também para responder ao pedido da minha amiga Rosa dos Ventos.

Trata-se de um poema satírico e metafísico da influência de Dante, poeta renascentista, sobre a rara existência de mulheres belas e virtuosas. Donne usa exemplos fantásticos e impossíveis tais como apanhar uma estrela cadente, engravidar de uma raiz de mandrágora, ou ouvir o canto das sereias para dizer como é difícil encontrar uma mulher bonita que se mantenha fiel ao seu marido...

Atenção que isto foi no século XVI !!! Mas aqui fica uma tradução caseira desta canção – forma que chamam a este poema:

Vai apanhar uma estrela cadente,
Engravida da raiz de uma mandrágora,
Diz-me onde se encontra o passado,
Ou quem fendeu o pé do diabo,
Ensina-me a ouvir o cântico das sereias,
Ou a afastar o ferrão da inveja
E descobre
O vento
Que serve para melhorar uma mente honesta.

Se nasceste para ver coisas estranhas
Ou coisas invisíveis,
Cavalga  dias e  noites sem fim
Até que a neve cubra os teus cabelos,
Quando regressares, contar-me-ás
Todas as maravilhas que te aconteceram
E jurar-me-ás
Que em lugar algum
Vive uma mulher bela e honesta.

Se encontrares alguma, diz-me,
Tal peregrinação seria para mim uma doçura;
Mas não, não me digas, eu não iria,
Mesmo que fosse na porta ao lado,
Mesmo que ela fosse real, quando a encontrasses
E por fim me escrevesses a contar,
Enquanto eu lá chegasse,
Ela já teria sido falsa
Para dois ou três...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Elvis Presley



Foi no dia 16 de Agosto de 1977, faz hoje 33 anos, que morreu o Rei do Rock – Evis Presley. Tinha 42 anos de idade. Morreu de ataque cardíaco provocado pelo uso excessivo de fortes medicamentos que tomava certamente para combater a enorme depressão em que vivia desde a morte da mãe, o divórcio de Priscilla e pelo facto de a sua música ter sido, de alguma forma ultrapassada pela dos Beatles.

Dono de uma voz poderosa e de uma bela presença, começou a sua carreira musical na primeira metade dos anos 50 do século passado, tendo a sua música sido altamente influenciada pelos ritmos dos blues e pelo soul. Lançou uma forma de dançar, com constantes movimentos circulares de ancas, que em muito escandalizou os “pais” da época, mas que muito agradava às numerosíssimas fãs. Foi acarinhado por cantores de nomeada como Frank Sinatra e Sammy Davis Jr e Hollywood também aproveitou os seus dotes para rodar imensos filmes com Elvis nos anos 60.


Dei conta deste portento do rock and roll e encantei-me com as suas canções nos finais dos anos 50, quando já estava aí no 2º/3º ano do liceu na Escola Académica. Não posso é deixar de recordar a minha colega e grande amiga de adolescência, a Paula Marrazes, (sei lá por onde andará?) que se apaixonou, no verdadeiro sentido da palavra, pelo Elvis Presley! Lá atraente era ele! E sexy! – (só que naquele tempo não se usava essa palavra!)


A primeira das suas canções que retive foi:  It's now or never, uma poderosa e romântica versão de O sole mio!
Vamos recordar:



Mas a minha preferida é mesmo Are you lonesome tonight?




domingo, 15 de agosto de 2010

A Volta em Leiria



Leiria está em movimento! Este ano até a Volta a Portugal em Bicicleta teve um final de etapa na cidade. Não que eu seja grande adepta de ciclismo, mas registo aqui a vontade que esta nova Câmara mostra em dar movimento e visibilidade à cidade. Já não é sem tempo!

Relativamente à Volta em si, só há uma nota para mim digna de reparo: o facto de ter o professor doutor Marçal Grilo feito comentários diários no jornal à evolução deste evento desportivo. É que não é habitual no nosso país um intelectual assumir publicamente que tem uma preferência deste tipo.








(na Rotunda das Oliveiras)

(a cortar a meta)

sábado, 14 de agosto de 2010

Estrelas cadentes



Estavam anunciadas para a noite de 12 para 13 e com bons auspícios: “este ano, a chuva das estrelas cadentes chamadas Perseídas –– devem o seu nome à constelação de Perseu – poderá ser uma das mais espectaculares dos últimos anos porque quase coincide com a Lua Nova” (...) Pelas 21.00 horas é tempo de observar os planetas Vénus, Marte e Saturno, que estão alinhados no céu. Depois, pode deixar de lado telescópios e binóculos. Os meteoros são mesmo para ver a olho nu.”

Grande expectativa! A questão é que ando há anos para conseguir observar uma chuva de estrelas! É que, mau grado meu, nunca vi nem uma – uma única que fosse! - estrela cadente, eu que desde sempre adoro observar o céu à noite!

O céu estava limpo e estrelado e eu lá me pus de nariz no ar para ver as poeiras que o cometa de 1992 deixou espalhadas e que, ao entrarem na atmosfera ardem e brilham como se de verdadeiras estrelas se tratassem. Pois! Mas não houve poeiras incandescentes para ninguém. Pelo menos a olho nu ... Parece que foram vistas em Espanha e no Stonehenge e por aí.  Grande decepção!

Fez-me lembrar de uma outra chuva de estrelas nos idos de 90, anunciada com grande estardalhaço nos jornais para a zona do Algarve, também, se possível, em local em que a poluição luminosa fosse menos presente. E nós, que passávamos a nossa habitual quinzena de férias de praia em Lagos, lá nos deslocámos com filhas e tudo, às tantas da noite, para a belíssima Ponta da Piedade, apetrechados de almofadas e de mantas para nos deitarmos no chão a desfrutar da beleza de um céu negro riscado de brilhantes linhas brancas. Pois! Nem uma dessas linhas se desenrolou nos céus! E, nós, completamente decepcionados (mas superdivertidos...), lá voltámos para as nossas camas sem termos visto as estrelas!


É minha sina não vislumbrar estrelas cadentes – deve ser para não cair na tentação de pedir um desejo inalcançável ...

A propósito, não posso deixar de referir um belíssimo poema de que sempre me lembro ao pensar en´m estrelas cadente, escrito por John Donne, no século XVI, na áurea época Tudor, em Inglaterra e que se chama “Go and catch a falling star” que, apesar de não abonar nada a favor das mulheres (diz ser mais fácil apanhar uma estrela cadente do que encontrar uma mulher verdadeira e boa...) tem a musicalidade e a beleza das estrelas cadentes...

Fica aqui para quem apreciar:

GO and catch a falling star,
Get with child a mandrake root,
Tell me where all past years are,
Or who cleft the devil's foot,
Teach me to hear mermaids singing,
Or to keep off envy's stinging,
And find
What wind
Serves to advance an honest mind.

If thou be'st born to strange sights,
Things invisible to see,
Ride ten thousand days and nights,
Till age snow white hairs on thee,
Thou, when thou return'st, wilt tell me,
All strange wonders that befell thee,
And swear,
No where
Lives a woman true and fair.

If thou find'st one, let me know,
Such a pilgrimage were sweet;
Yet do not, I would not go,
Though at next door we might meet,
Though she were true, when you met her,
And last, till you write your letter,
Yet she
Will be
False, ere I come, to two, or three.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Maluquinha de Arroios



O Teatro da Terra, encenou e apresentou, no passado mês de Abril, em Ponte de Sor, "A Maluquinha de Arroios", uma comédia de enganos, de André Brun, que é um dos clássicos da comédia portuguesa e que permanece actual.

O grupo de teatro “O Teatro da Terra” tem sede em Ponte de Sôr, no distrito de Portalegre, tem o apoio da Câmara Municipal da cidade (o que é muito louvável). O grupo é  liderado pela actriz e encenadora Maria João Luís e por Pedro Domingues e tem como objectivo “trabalhar na formação e integração da comunidade no espaço teatral”. Esta é já a terceira peça que apresentaram em Ponte de Sôr.

Com encenação de Maria João Luís e 14 actores em palco, a produção tem ainda uma componente de crítica social. Amélia Videira, André Nunes, Elsa Galvão, Inês Pereira, João Didelet, Luís Esparteiro, Maria João Luís, Miguel Sopas (filho da minha amiga Sãozita – é importante!), Cremilda Gil, João Fernandes, Lígia Braz, Patrícia Sanganha, Rui Gorda e Teresa Sanganha são os actores que "dão corpo" às personagens desta produção.

Baltazar Esteves, o “Esteves do Bacalhau” fez fortuna ao balcão a vender bacalhau, grão e batatas. É casado com a Capitulina e tem um filho e uma filha. O filho é um poeta, a filha lá conseguiu casar com um visconde. Baltazar Esteves é também dono de vários prédios em Lisboa, entre os quais um, em Arroios, onde vive Alzira de Meneses, a quem todos chamam ” a maluquinha de arroios. Alzira de Meneses, para além de ser um pouco destrambelhada é também uma mulher deslumbrante por quem todos os homens perdem a cabeça. E isso vai acontecer ao Baltazar, ao filho e ao genro. Para aumentar a confusão e as trapalhadas, há ainda a D. Perpétua, manicura, calhandreira e alcoviteira; Aniceto Abranches, um procurador romântico; o pai da Maluquinha, um estroina do pior; a mãe da Maluquinha, meia louca e apaixonada, vários criados e ainda um macaco que se enfurece quando chove. Este é, em poucas palavras e nas palavras do próprio grupo de teatro, o enredo da peça.

A TVI entendeu por bem passar esta comédia na sua estação e fez muito bem! Sabemos que esta é uma estação que se preocupa e investe imenso na produção nacional. Trata-se de uma peça “bem disposta”, com uma nova encenação e com a colaboração de novos e jovens actores, o que a torna algo “refrescante”. Além disso , dirige-se a todos os públicos, de todas as idades.

Só não se entende por que razão a passou num dia de semana, à meia-noite e meia hora, depois de nos “moerem” a atenção com a apresentação de nada mais, nada menos, três novelas, e horas de incontáveis anúncios!




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os Beatles nasceram há 50 anos!



Os Beatles nasceram a 12 de Agosto de 1960 depois de uma audição a um novo baterista: Pete Best.

O dono de um clube em Hamburgo (na Alemanha) tinha pedido a um promotor local que encontrasse uma nova banda para uma temporada no seu palco. John, Paul, George e Stuart Sutcliffe eram os escolhidos. Mas para fazer as malas e partir faltava-lhes apenas um pequeno pormenor: um baterista - foi Pete Best. Dias depois aqueles cinco músicos rumavam a Hamburgo e à história.

A aventura tinha começado em Março de 1957 com os The Quarrymen e com John Lennon então como principal força-motriz. Paul McCartney chegou em Outubro e George Harrison em Fevereiro de 1958. Houve outros nomes para o grupo pelo caminho, de Johnny and The Moondogs a The Beatals, mais tarde The Silver Beatles. Com um baixista encontrado em Stuart Sutcliffe e, agora, um novo baterista, os Beatles viviam o dia um da sua existência já com uma agenda internacional.

Sutcliffe ficaria na Alemanha e Pete Best sairia em Agosto de 62, vindo a ser substituído por Ringo Starr, quando já gravavam o seu primeiro disco “Love Me Do”. Foi uma loucura. O princípio da loucura e da mudança radical na música e nos hábitos da juventude no mundo ocidental.

Brian Epstein foi "o" manager dos Beatles. A gravação de My Bonnie captou a sua atenção, foi vê-los ao Cavern Club e não mais os abandonou. Muito do sucesso dos Beatles nos primeiros tempos deve muito à sua intervenção e reconhecida dedicação. Morreu em 1967.


(Informações e fotografias retiradas do DN de hoje)

Nessa altura, estava eu no 4º ano do liceu, na Escola Académica, em Sintra, mas só me dei conta da existência deles no ano seguinte, em 63, com o aparecimento cá por Portugal, do “Love Me Do”, que era “calminho” e com as loucuras do “She Loves You” e do “Twist and Shout”, que era “de gritos”! Foi por essa altura que os “meus” Diamantes (colegas de lá da escola e outros amigos) começaram a ensaiar tocar músicas deste conjunto, como se dizia na época, e de outros que logo brotaram como cogumelos.

Depoi de tomar conhecimento das primeiras canções dos Beatles, nunca mais, até hoje, deixei de os achar o melhor conjunto de sempre! O primeiro disco que tive deles, trouxe-mo o meu pai da Venezuela - um LP com canções que ainda não eram conhecidas cá! Nem imaginam os saltos que dei! E depois,comprei (quase) todos os discos que foram saindo. E ainda hoje...

Vamos recordar

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os Galos de Barcelos


Não foi só nas capitais europeias que organizaram exposições de estátuas de animais - a cow parade (que eu fotografei em Lisboa em 2005 e hei-de expor aqui) ou a elephant parade de Londres e que expus aqui em Junho!

Em Barcelos - a cidade dos famosos galos - também lançaram uma parade, mas de galos, naturalmente!

E lá estão eles, altos e altaneiros, os galinhos plantados pelas ruas da simpática e alegre cidade minhota, terra de toda a família do meu pai. E o Francisco, que também lá nasceu, trouxe-me estas belas fotografias para eu mostrar aqui.

Vamos ver:












E, a propósito dos galinhos de Barcelos, lembrei-me daquela canção popular, Os Galos de Barcelos, do Conjunto António Mafra, lembram-se? Bem que a procurei na net para a passar aqui que era bem animada e fresca para estes dias de tanto calor! Mas não a encontrei. De modo que deixo aqui a letra e, quem for "velho" suficiente que se lebre da música, sempre pode trauteá-la no duche...

Olha os galos, olha os galos
Feitos de barro pintado
Brancos, pretos, amarelos
Não têm galinhas ao lado

Não têm galinhas ao lado
Os galos de Barcelos
Feitos de barro pintado
Brancos, pretos, amarelos


O galo que te quis dar
Comprei-o na Romaria
Se quisesses aceitar
Outro galo cantaria


Outro galo cantaria
Se quisesses aceitar
Comprei-o na Romaria
O galo que te quis dar


Dou-te um galo, dou-te dois
Dou-te quantos tu quiseres
Em troca dos beijos teus
Diz lá que outro galo queres


Diz lá que outro galo queres
Em troca dos beijos teus
Dou-te um galo, dou-te dois
Dou-te quantos tu quiseres


Brancos, pretos, amarelos
Não têm galinhas ao lado
Olha os galos, olha os galos
Feitos de barro pintado


Feitos de barro pintado
Brancos, pretos, amarelos
Não têm galinhas ao lado
Os galinhos de Barcelos