A cor de Verão é, sem sombra de
dúvidas, o amarelo. O amarelo do Sol, o amarelo das espigas, o amarelo das acácias, das mimosas, o amarelo do nosso
Alentejo no Estio.
todo de roda
caiado de sol.
Ao meio
do cerro
gretado
esguia cabeça
de cobra
olha assobios
de lume
sobre espigas
amarelas…
(Campaniços
degredados
na vastidão
das searas
sonham bilhas
de água fria!...)
(Manuel da Fonseca)
(Ceifeiros de Almodôvar, de autor desconhecido) |
("Ceifeiras" Silva Porto) |
(Todas as imagens foram retiradas da net)
Uma escolha apropriadíssima, Manuel da Fonseca, para abordar o Verão do Alentejo!
ResponderEliminarGrande empreitada, Graça, um trabalho de se lhe tirar o chapéu, que tem pela frente.
Beijinho
O Alentejo perdeu o amarelo do cereal... perdeu gente...
ResponderEliminarManuel da Fonseca hoje faria outro poema... mas, certamente, também belo como o Alentejo, apesar de tudo, continua a sê-lo...
Saudades do Alentejo.
ResponderEliminarPor lá andei um ano, em Mértola, há 15 ou 16 anos atrás.
Vi-o verde, amarelo e até preto, das queimas.
Entranharam-se-me as cores, as gentes, tão diferentes das transmontanas e, sobretudo, o cheiro.
(morei ao lado do Guadiana, num pequeno estúdio com uma cozinha minúscula, um quarto/sala grande e uma casa de banho, um dos anexos dos senhorios que moravam mesmo em frente, partilhando o mesmo quintal e a mesma paisagem.
Recordo-me de ir sempre triste, quando ia para baixo, quinzenalmente, mas mal abria a porta do carro, entranhava-se o cheiro e a tristeza passava.
No quintal havia laranjeiras, coentros e outras ervas aromáticas que só por lá conheci.
Os senhorios, na casa de quem passava os serões, foram os meus avós adotivos.:))
beijinhos mil
Nina
Boa escolha a de Manuel da Fonseca para este tema nº 2.
ResponderEliminarBeijo
Laura
Este desafio de verão está a ficar muito interessante. Trinta dias a escrever sobre o verão. É obra, como alguém já disse!
ResponderEliminarTão lindas imagens e texto.
ResponderEliminarBjs
Nina, a minha filha mais velha também esteve colocada em Mértola dois anos e adorou lá estar, se em que, ao princípio, também lhe doesse muito ir para baixo... Mas depois apaixonou-se (pelo atual marido) e tudo ficou mais fácil...
ResponderEliminarAinda bem que gostaram do "meu" Alentejo e do "meu" Manuel da Fonseca. Prometo trazer mais poemas nossos - de Verão e não só!
O verão pode ter tantas cores, do azul do mar, do amarelo de espigas e searas, do vermelho das papoilas nos campos... :)
ResponderEliminarMas está bem escolhido, evidentemente, que essa opção é pessoal!
No ano passado li um livro de Manuel da Fonseca, "Cerromaior", e gostei muito! Tenho de ver se encontro mais obras do autos... :D
Beijocas!
Graça minha querida
ResponderEliminarExcelente!
Gostei muito da tua escolha.
Boa sorte
Beijinho e uma flor
Cor amarela , de verão , calor ... a minha cor favorita. M.A.A.
ResponderEliminarTambém escolhi o amarelo... :)
ResponderEliminarFantástico! Radiante! Amarelo-ouro! Sol que doura e aquece-nos.
ResponderEliminarBj. Célia.
Este Verão promete!
ResponderEliminar:)
Estimada Amiga Graça Sampaio,
ResponderEliminarO meu Alentejo é lindo, nem sempre o amarelo é a cor predominante, já que pela primavera, seus imensos campos, parecem lindos tapetes maravilhosamente moldados pela natureza.
"Abalei do Alentejo e olhei para trás chorando, Alentejo da minha alma que tão longe me cvais ficando" é bem verdade já se passaram 48 anos e quis o destino que fosse para tão longe.
Agora sou um cidadão sino-thai com sangue italiano, francês e espanhol correndo nas veias, porém nunca esquecendo a terra que me viu nascer, essa cidade foi Évora.
Abraço amigo
Daí sai,
ResponderEliminarmas parece-me ouvir
as pedras da nossa calçada
cheias de murmúrios aflitos
e alegrias de rosas perdidas.
O Granito meu bairro
que contigo sonho,
rompo a barreira so sono
e entro na conversa das pedras,
ando com elas e ouço-as dizer
não pertencer mais a seu mundo.
Levado pelas correntezas
dos ventos assuados de núvens
parto para longe,
e aí ficam essas pedras
da calçada, desalinhadas
feitas de granito.
Deixo a minha cidade,
o meu Alentejo que tanto amo,
de Évora saío, mas
em meu coração macio
a saudade levo,
e, na calçada da vida
vou andando, viajando,
regressando a outra casa
lá distante, lá para o oriente
que um dia me acolheu
essa cidade é Macau.
Abraço amigo
Lindo, lindo Amigo Cambeta! Parece que lhe fui despertar as saudades do seu Alentejo! Na Primavera o Alentejo é roxo, azul, amarelo, sempre lindíssimo!
ResponderEliminarTeté, se puder lê os contos de Aldeia Nova de M. Fonseca. São uma delícia, mas algo tristes.
Obrigada a todos por gostarem do amarelo, como eu!...
Para mim o Verão é mais azul-esverdeado. Da cor do mar e dos parques naturais.
ResponderEliminarOlhando as tuas fotografias e imagens, vejo como o Alentejo para ti, significa Verão!
ResponderEliminarSerão heranças?!