sexta-feira, 31 de julho de 2015

Sugestões para férias

Está a entrar Agosto, o mês de férias por excelência. Por isso não posso nem quero deixar de apresentar algumas belas sugestões de férias ao alcance de pessoas como reformados, funcionários públicos e outros contribuintes sérios... 

Espero que gostem ...

Madeira



Açores



Cabo Verde



Canárias



Las Palmas



Cuba




Ilhas Virgens



Malta



Rhodes



Barbados



Eu cá vou voltar a Melides para andar de novo às voltas pelas lindas praias da costa alentejana...



Até breve!

Fiquem bem!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Canções de amor (4)



Não sei nada de associação de ideias nem de como elas acontecem. O facto é que, quando esta manhã abri a porta da frente e me dei com esta florzinha linda perlada de gotinhas de chuva, veio-me à cabeça uma das minhas canções dos tempos da adolescência na voz romântica do malogrado Agostinho dos Santos e que começava assim:

«Luz dos meus olhos desejo em flor
Que mal conhecem o que é o amor»...

(Versão brasileira de «My little one» de Frankie Laine de 1955.)


Querem ouvir? É lindo de mais...




quarta-feira, 29 de julho de 2015

«Te llamarás Google?»

Para descontrair...

Llega un hombre joven, buen mozo, varonil, atlético , en un lujoso coche deportivo a una tienda.

Se le acerca una mujer madura y le dice:

- No te llamarás Google?

- No. Por qué?


- Porque tienes todo lo que busco...





segunda-feira, 27 de julho de 2015

Polémicas

Quando comecei a ler o habitual artigo das segundas-feiras de Sérgio Figueiredo, director de informação da TVI, no meu jornal diário, já sabia que o tema andava à volta da polémica saída do ex-ministro do PS, Augusto Santos Silva, do programa Os Porquês da Política daquela estação televisiva.

Ao estilo de Santos Silva na sua página do facebook, o articulista desenvolve também o seu raciocínio em cinco (longos) pontos. Só que ao ler o primeiro ponto que serve como introdução e definição de conceitos (como se de uma tese se tratasse) vi-me (não sei mesmo por determinação intencional do escrevente se já por “deformação” da minha mente) levada a  pensar em outras figuras políticas de enorme implantação no nosso país e de forte e constante presença nos media aqui da praça.

Ora leiam comigo. (Os sublinhados são meus)

«Cobarde é uma palavra forte. Mais forte do que medroso, embora signifique a mesma coisa: diante do perigo e por medo, recua. (…) Também é cobarde quem agride à traição. (…) Sonsos, cínicos, aparentemente inofensivos, mas à socapa enchem-se de coragem e açoitam o desprevenido. Cobardia não é, portanto, um pequeno defeito. É uma deformação de carácter insuportável.

Quando esta deformação é uma característica de gente que assume responsabilidades na nação, não é a nação que se acovarda, apenas é enganada - e fica contaminado o ar que todos respiram. Chegámos onde estamos, pior em muitos domínios, porque o país se foi perdendo nas mãos de uns quantos incompetentes, de muitos velhacos e de cobardes a mais.

Poucas coisas são tão intoleráveis quanto a cobardia. A corrupção é seguramente uma delas. Tal como a mentira descarada. E o narcisismo, quando aliado à cobardia. Conhecemos vários "pintarolas" assim. Que praticam o culto da sua própria pessoa. (…) Pregam a moral pública, defendem o interesse coletivo, promovem valores abstratos, falam em nome de todos. Mas, na essência, agem única e exclusivamente em função de si mesmos.» (…)

Não vos faz lembrar ninguém?

Não sei quem tem razão nesta querela Augusto Santos Silva/TVI, embora considere por de mais o Professor para o ver metido num enredo destes com as graves acusações que o director de informação da TVI lhe faz. Mas uma coisa é certa: nada ou, pelo menos, grande parte do que ficou escrito no ponto 1. do artigo de SF se aplica ao caráter – ou pelo menos ao que conhecemos dele – de Santos Silva. Quem não se lembra daquele seu dito «Eu cá gosto é de malhar na direita!...»

Não faz parte das minhas preocupações mais prementes saber como vai terminar esta questiúncula, mas parece-me que SF aproveitou este desentendimento para, também ele, discretamente, “malhar” a torto e a direito… na direita.

domingo, 26 de julho de 2015

Liz Taylor

Uma das mulheres mais bonitas - para mim, será mesmo a mais bonita - da história do cinema!



O que vos parece?

sábado, 25 de julho de 2015

«Que vida boa era a de Lisboa!»

Depois de passar pelo blog da papoila e rever as imagens de alguns belos cinemas onde vi tantos e tantos grandes filmes, veio-me à mente aquele belo refrão do Fausto: «Que vida  boa era a de Lisboa!»

E bateu cá uma saudade dos meus bons tempos de Lisboa... Nem queiram saber!!





sexta-feira, 24 de julho de 2015

Hotel das gaivotas

De uma vez que fui a Londres nos idos de 90, fiquei num hotel onde um gatarrão com uma ar muito British, muito conceited andava à solta por lá, por cima do balcão da receção e tudo, coisa absolutamente impensável aqui em Portugal e muito menos por essa época.

Apaixonada por gatos como sou, tentei fazer-lhe festas, mas ele, com o seu ar de bonomia altiva tipo Garfield, esquivou-se virando-me o rabo. Perguntei ao rececionista - tão altivo como o gato - como o bichano se chamava ao que ele me responde com um qualquer nome que não entendi bem, mas foi-me dizendo que o gato era o dono do hotel. 

Isto para, comparativamente, dizer que no hotel onde há anos vimos passar uma temporada em Julho aqui no sul bem junto ao mar as donas são mesmo as gaivotas. Senão, vejam!














É tudo delas! Sem qualquer sinal de timidez!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A Duração dos Crepúsculos

Incondicionalmente rendida, como sempre, às obras de (bons) autores portugueses, trouxe para férias, entre outros, o livro «A Duração dos Crepúsculos» de Filomena Marona Beja, de 2006 e que comprei em 2009, por cinco euros, numa daquelas feiras de livros para limpeza de stocks. Dessa autora tinha já lido, com muito agrado, «A Cova do Lagarto», excelente romance sobre a vida do engenheiro Duarte Pacheco, o grande Ministro das Obras Públicas e Comunicações de Salazar.

Não menos interessante foi a leitura desta obra da autora, naquele seu estilo fragmentário e breve de constantes avanços e recuos na narrativa que nos fazem estar atentos e despertos ao tempo, ao espaço, à continuação da diegese, da ação. Além de que nos surpreende constantemente com apontamentos culturais do nosso país.

O tempo da ação decorre por quase todo o século XX, tocando mais ou menos a fundo nas épocas das duas Guerras Mundiais, num espaço que se expande entre Lisboa, Paris e a zona norte da Ilha de São Miguel, nos Açores, tudo enleado por breves romances de amor, tudo em termos fugidios como terá convindo aos terríveis tempos de guerra. Sem dramas, porém. E sempre presente a perspetiva cultural: a literatura, a ciência, as artes plásticas. O António Dacosta, o António Pedro, os surrealistas da Casa Repe, Bento de Jesus Caraça, a investigação sobre Pedro Nunes, o nosso matemático do tempo das Descobertas. Muito bom!

Para mim a novidade foi a descoberta da escritora Virgínia Folque de Castro que, no início do século XX, se dedicou a escrever (talvez dos primeiros) livros para crianças, livros sobre figuras importantes da História, argumentos para filmes. «A História de DonaRedonda», talvez o mais conhecido, por ter sido a primeira obra da literatura fantástica escrita em português.

Toda a história é relembrada e narrada em 1ª pessoa pelo cineasta Ayres de Aguiar, amigo da Senhora Dona Virgínia, a Gy dos livros infantis, depois de, já velho, se ter refugiado na sua velha casa na Lomba da Maia, na parte norte da Ilha de São Miguel.

Boa literatura! E sabem o que mais me chocou? Muito boa literatura por cinco euros em limpeza de stocks. Juro que nunca vi os livros destes “autorzinhos” da moda nem os best-sellers tipo Margarida Rebelo Pinto ou Rodriguinho dos Cantos a cinco euros para limpeza de stocks….


Mas, entretanto, o pessoal que tem estes gostos – ou outros piores – em termos de leituras em bom português, empenha-se muito na defesa da língua de Camões e até quer referendar o último acordo ortográfico…. De partir a rir!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

O que eu gosto deste mar!!

Não há dúvidas quanto ao facto de ter ficado apaixonada pela calmaria e pela temperatura do mar do Algarve desde quando, pela primeira vez o vi e o experimentei vai para 44 anos. 

Nada e criada nos "mares" da Linha, lá na minha praia de Algés dos anos 50, e de Santo Amaro de Oeiras e da Torre, e autodidata da natação, não me vejo de bom grado frente ao mar da Vieira ou de S. Pedro de Muel com as suas águas frias  e aquelas ondas alterosas, apesar de toda a sua beleza imensa.

Há uma semana que estou aqui nesta paz de alma, com a praia aqui por baixo e com aquele mar sereno e limpidamente verde,

                                «Diz-me onde te perdes, p'ra t'ir lá buscar
Meus olhos estão verdes de olharem para o mar!!»

...e daí não passei ainda: "de ter os olhos verdes de olharem para o mar»...

É que eu aprecio mais este mar.... amplo, sem ondas, sempre com a mesma temperatura, sem pedras na areia, sem limos nem algas, sem sobressaltos na entrada, nem recuos na saída... - uma delícia!!!  (especial para  "dondocas" preguiçosas, feito eu.... eh eh eh.....)











quinta-feira, 16 de julho de 2015

Cuidado com os espirros!!

Oi, minha gente!!!

Só um «olá» para dizer que por aqui está Verão mesmo! 

Mas... cuidado com as constipações de Verão! Podem ter efeitos inesperados...


Boa praia por aí!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Au revoir!





Au revoir! 

Vamo-nos (re)vendo por aí!







Au revoir!!!


quinta-feira, 9 de julho de 2015

O Palácio de Valenças

Encontrei este textinho encantador escrito antes da Primeira Reforma Ortográfica de 1911 no Rio das Maçãs e apressei-me a copiá-lo para o passar aqui já que deve fazer as delícias dos meus amigos que se opõem dramaticamente ao  Acordo Ortográfico de 1990. Desculpar-me-ão a ironia, mas veja.se só o que aqueles malandros fizeram à «língua de Camões» já no início do século passado... (e em todos os séculos para trás, claro!)

"Cintra era então um refugio, onde se gosava socegadamente longe do bulicio da cidade, sem importunos e sem caminho de ferro.

Podia-se ali viver por gosto alguns mezes do anno, os mais quentes, cada familia em sua casa, ou no hotel do Sant’Anna, o que valia o mesmo.

Passavam-se os dias em deliciosos passeios ora á Peninha, á Penha Verde, á Varzea de Collares, a Sitiais, a S.Pedro, onde se encontravam francas as quintas dos srs. Marquezes de Vianna e de Vallada, ou ao Duche a gosar a frescura perenne d´aquelle logar, onde a agua nasce borbotando da areia e as arvores seculares se fecham em cerrada aboboda, onde os passarinhos chilreiam e os doirados raios solares a custo penetram por entre a folhagem.

Pois foi n’este logar, onde se bifurcam as estradas que vão para a recente Villa Estephania e para a velha fonte da Sabuga, que o bem conhecido negociante da praça de Lisboa, sr. António Lopes Ferreira dos Anjos mandou edificar o palacio, que faz o assumpto da nossa gravura, palacio magnifico que attesta o bom gosto do seu fundador e que é uma das melhores coisas que ha para ver em Cintra.

O sr. Anjos confiou o risco e a direcção da obra ao notavel architecto italiano José Cinatti, mas não teve a satisfação de a ver concluida, porque a morte o arrebatou, em 31 de Outubro de 1879, tendo principiado a edificação em 1877.

Este palacio, assim como toda a propriedade do Duche, deixou o sr. Anjos a sua filha, a ex.ma sr.ª condessa de Valenças ficando assim vinculado a essa casa.(...)"

Excerto de um texto publicado na "Revista Occidente" em 15 de Julho de 1896


Junto tinha a respetiva gravura do grandioso e belo palácio.



Vista atual do mesmo Palácio, no qual funcionou a Biblioteca Municipal durante grande parte do século XX (onde li e requisitei tantos livros!)








(Brasão dos Condes de Valenças)

Vivi quase duas décadas ali por trás do Valenças...




quarta-feira, 8 de julho de 2015

«Para ti, meu amor»

No dia em que foi a enterrar, depois de uma longa vida de luta, de humanismo, de amor, a homenagem mais simples e mais tocante à Senhora Dona Maria Barroso.




«Para ti
Meu amor
Levanto a voz
No silêncio
Desta solidão em que me encontro
Sei que gostas de ouvir
A minha voz
Feita de palavras ternas e doces
Que invento para ti
Nos momentos calmos
Em que estamos sós
Sei que me ouves
Agora…
… uma vez mais
Apesar da distância

E do silêncio

… … …

Opera esse milagre
Simples
Como tudo o que é natural»



«Até sempre, meu amor!»


terça-feira, 7 de julho de 2015

Enxovais

Por imperativo de mudança de móveis – não sou mesmo nada dada a mudanças dos sítios das coisas! – houve que remexer nas gavetas.

Sabe muito pouca gente dos gritos e dos tabefes que a minha mãe me deu por eu não ser nada dada a arrumar gavetas… Uma maçada!!! Muito mais divertido era estar a ouvir música, a tirar letras dos discos novos, a ler, a escrever cartas e poemas…

Bom, mas em época de tardes livres não arranjo mais desculpa para não “remexer” as gavetas. Refiro-me aos gavetões das cómodas onde, nem digo há quantos anos, placidamente «jazem» as várias toalhas de festas bordadas e com rendas, os imensos naperons e individuais, alguns bordados por mim (imaginem!) outros bordados da Madeira e dos Açores, conjuntos de quarto em crochet, dúzias de guardanapos que acompanhavam as toalhas bordadas, saquinhos de guardanapos, sacos de pão bordados a ponto de cruz e sei lá o que mais - coisas que não se usam mais!



Nos idos de 60 e por aí, as meninas da dita classe média trabalhadora iam juntando peças de enxoval desde muito novas. Pelo Natal e pela Páscoa, em festinhas de aniversário era perfeitamente habitual recebermos conjuntos de chávenas, taças de loiça fina, vidros, toalhinhas de chá e assim se ia fazendo o enxoval. E depois as mães desdobravam-se a mandar bordar lençóis e toalhas de festas e a comprar mais isto e mais aquilo para que as filhinhas não ficassem mal vistas aos olhos dos sogros… (ihihihihihih.....)

Enquanto ia “remexendo” e mudando o “património” de umas para outras gavetas, ia pensando no que irão as minhas filhas, quando eu morrer, fazer com tanta toalha de banquete, tantos guardanapos de linho bordados, tantos servicinhos de chá e de café, tantas tacinhas e chávenas do lindo bago-de-arroz e sei lá o que mais de tralha do meu enxoval e mais algumas coisas ainda do enxoval da minha mãe…

Olha! Ponham tudo no OLX!.... (Mas é uma pena…)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

São do Norte, carago!!

Sabemos bem que o pessoal do Norte não tem papas na língua e usa o vernáculo facilmente e sem acinte.

Por isso não é de admirar que as reações ao Não dos nossos confrades gregos no referendo de ontem se tenham feito sentir tão rapidamente numa das ruas do nosso belo e simpático Porto...



domingo, 5 de julho de 2015

O Castelo de Ourém

Não é um castelo de conto de fadas como o de Porto de Mós, nem o castelo romântico que se ergue em Leiria, mas é mais um dos belos castelos medievais daqui da zona: o Castelo de Ourém.

É bastante original.Está construído sobre uma planta triangular, com torres nos vértices, que se caracterizam por ostentarem saliências construías com tijolos.

Hoje deu-nos para ir passear por ali e pelas vila velha de Ourém. Infelizmente encontrámos o castelo fechado, daí que as fotografias reflitam apenas os exteriores.






















Conquistada, em definitivo, aos mouros em 1136, Ourém foi doada (1178) por D. Afonso Henriques (1109-1185) a sua filha Infanta Dona Teresa (Matilde), por iniciativa de quem lhe foi conferido foral, constituindo, desde então, parte dos territórios mais importantes das rainhas portuguesas, até que, em 1384, D. João I (1357-1433) a concede, bem como o título de Conde de Ourém, ao Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431). 

Durante o século XV, o castelo foi bastante melhorado e construído o paço dos condes. O terramoto de 1755 causou elevados danos, o que viria também a acontecer, em 1810, com as invasões francesas. Classificado como Monumento Nacional, foi restaurado pela Fundação Casa de Bragança.




sábado, 4 de julho de 2015

As frases da semana

Não há dúvida acerca da frase da semana! Foi a pérola lançada por aquela espécie de presidente da República comentando da forma mais frívola - de quem está congelado faz tempo - uma hipotética saída da Grécia do euro. 

«Somos 19 países, se [a Grécia]sair ficam 18

O melhor comentário que li sobre este triste comentário foi o seguinte.




Não pior é a frase que o irrevogável Portas tem repetido toda a semana até à exaustão como leit motiv da sua pré campanha eleitoral.

«Portugal não é a Grécia!»

De facto, não é, não! Porque se fosse, estaria ele em muito maus lençóis...




sexta-feira, 3 de julho de 2015

Da arrogância

Lembrar-se-á a “rapaziada” da minha idade que se passeava pela Baixa lisboeta nos idos de 60/70/80 da Loja das Meias e da arrogância, da sobranceria, (da falta de educação, digo eu) das empregadas – simples caixeiras como se dizia à época – que por lá se moviam. Olhavam para nós, nos tempos da Faculdade, de cima para baixo e faziam os possíveis por atender-nos mal porque achavam que estavam ali apenas para atender gente rica, de família. Era um tique dos tempos da ditadura.

(daqui)

Pior mesmo só o mau/péssimo atendimento a que nós, portugueses, éramos sujeitos nos hotéis e restaurantes do Algarve nos anos pós-Revolução. Tiveram de passar duas décadas ou mais para que no «reino dos Algarves» nos tratassem (mais ou menos) ao mesmo nível dos estrangeiros.

Bem ou mal, esses comportamentos já não são (tão) habituais nas pessoas que atendem nas lojas, nos hotéis e, de certo modo, até nas repartições públicas!

Daí o meu espanto, a minha estupefação, a minha perplexidade, quando um dia destes fui ver as promoções na Zara Home aqui em Leiria. Escolhi umas peças e dirigi-me à caixa para proceder ao pagamento. A menina (para não dizer “a fedelha”…) que estava do lado de lá do balcão estava algo crispada porque tinha de responder a umas perguntas que uma colega que atendia outra cliente.

Eu esperei assertiva, até porque tenho a maior consideração pelo trabalho dos outros. Entretanto “a minha menina” repetia, ríspida, as perguntas da colega pelo intercomunicador sobre a existência ou não existência de umas peças em armazém. Por fim lá olhou para mim e eu pude enfim perguntar-lhe se não haveria toalhas pequenas da coleção das grandes que eu levava. Aí, a “menina” fez uma pergunta retórica – sabe lá ela o que isso é…. – «De bidé? Não temos!»

E, no seu ar crispado, de mau humor e sempre de nariz arrebitado, lá me fez o favor de fazer a conta e de meter as compras num saco.

Do alto da simplicidade de quem até ainda usa toalhas de bidé nas casas-de-banho, apeteceu-me dizer-lhe: «Olhe, querida, não é o facto de ter os olhos muito pintados e longas unhas de gel que faz de si uma boa profissional.» Mas não disse…

Atender o público é tarefa árdua, eu sei. Mas um pouco de educação e de formação pessoal deve ser requerida.


Ou então passem-lhes o filme «Dogville» nas aulas de formação… é que o rimmel e as unhas de gel só por si não chegam.