sábado, 31 de maio de 2014

Separatista? Eu?

Que me desculpe o nosso Fundador (nada a ver com o actual «Refundador» que esse é feito de uma outra massa mais do tipo McDonald’s)) mas, na época actual, depois de séculos de guerras e de lutas para se fixarem as fronteiras desta velha e sofrida Europa ocidental, eu não concordo nada com estes movimentos separatistas sejam bascos, sejam catalães, sejam eles quais forem. Nem mesmo depois de todas as bacoradas lançadas boca fora e todos os dislates perpetrados pelo Alberto João do Jardim que é a Madeira eu alguma vez concordei com que se lhe entregasse aquele belo torrão de açúcar e de flores!

Não concordo com esta sanha de poder – bem sei que está na nossa natureza, mas que diabo! não somos nós os animais «ditos» racionais? – que nada mais é senão uma abstrusa resposta à máxima medieval do «dividir para reinar».

Mas! (e há sempre uma maldita adversativa que se nos atravessa em todos os pensamentos) e o movimento separatista da Escócia? Que me desculpem a infeliz Mary, the Queen of the Scots e o seu filho James VI de Escócia, I da Inglaterra a quem coube a união dos dois países lá nos idos do século XVI, é que com um arauto, um activista, um defensor destes…




… sou capaz de dar o dito por não dito!!!

Bom fim de semana!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Que vergonha!


Até a minha gata se envergonha!


Ainda nem um, nem unzinho dos orçamentos elaborados por esta espécie de "governo" e promulgados por aquela espécie de presidente da República que muitos ajudaram a eleger conseguiu ser feito de acordo com as normas da Constituição da República!

Que fazer? Num país civilizado, sustentado em critérios democráticos e com um povo forte e bem educado e bem formado, já tinham sido todos erradicados (para não dizer corridos).

Mas nós continuamos formatados pelos requerimentos em papel selado dirigidos a Sua Excelência muito respeitosamente e ficamos à espera do deferimento. Indefinidamente...

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tradições populares

(de autor que desconheço)

A quinta-feira da Ascenção é o chamado Dia da Espiga, dia em que tradicionalmente as pessoas iam ao campo apanhar o ramo de espiga que era normalmente composto por pés de trigo e de outros cereais, como centeio, cevada ou aveia, de oliveira, videira, papoilas, malmequeres ou outras flores campestres. Cada planta com a sua própria simbologia: o trigo representa o pão; o malmequer o ouro e a prata; a papoila o amor e vida; a oliveira o azeite e a paz; a videira o vinho e a alegria; e o alecrim a saúde e a força. Depois o ramo era levado para casa onde ficava pendurado para trazer riqueza e abundância à família.

Por isso, hoje, quinta-feira da Ascenção, quero aqui deixar o meu ramo de espiga para todos os meus amigos e todos aqueles que por aqui passarem com o intuito de que tenham muita riqueza e muita abundância ao longo do ano.




E, já agora que estou a falar de tradições populares porque os Santos populares estão à porta, deixo aqui a primeira imagem do ano do "nosso Santo Antoninho de Lisboa"...




quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Golpe de 28 de Maio de 1926


«Sob o comando do general Gomes da Costa, iniciou-se, na madrugada de 28 de Maio de 1926, a sublevação militar do Regimento de Infantaria 8, de Braga.- Ex-comandante da II divisão do Corpo Expedicionário Português na Flandres, este foi convidado para chefiar o golpe, devido a doença do general Alves Roçadas, indigitado comandante da programada operação militar com «uma finalidade elevada, visando uma reforma da política nacional».

Outro mentor do golpe, almirante José Mendes Cabeçadas, que, juntamente com Armando Ochôa, deveria chefiar a guarnição de Lisboa, acabou por ser preso às ordens do governo, em Santarém. Isso não impediu porém que o movimento militar se estendesse a todo o país, com a adesão das guarnições militares de Braga, Vila Real, Coimbra, Viseu, Tomar e Évora. Nesta cidade, vindo de Elvas, o general Óscar Fragoso Carmona (1869-1951), assumiu, no dia 30 de Maio, o comando da respectiva 4.ª Divisão do Exército.

Entre os militares que apoiaram inicialmente o golpe de Estado, contaram-se os do «tenentismo» fascizante, que incluía os oficiais Assis Gonçalves, futuro secretário de Salazar, Humberto Delgado, Henrique Galvão, David Neto e Pereira de Carvalho.» (Irene Pimentel)

Como se sabe, este golpe deu origem ao período da Ditadura Militar que, passados dois anos, deu entrada a Salazar no governo. Desde então até 1974 foi aquilo que todos sabemos e alguns vivemos.

A propósito, transcrevo um texto que o meu facefriend Carlos Esperança escreveu hoje no facebook e que aqui deixo para possível reflexão.

«Há quem esqueça o período negro do salazarismo que oprimiu Portugal, quem denigra a primeira República para justificar a ditadura e deprecie a democracia para reabilitar o regime fascista que a precedeu.
São reacionários, oportunistas e trânsfugas para quem a história é um conjunto de factos que se deturpam ao sabor dos interesses e da sua ideologia.

Faz hoje 88 anos que um golpe militar, igual a outros que os militares tinham por hábito levar a cabo, sempre em defesa da ordem, do saneamento financeiro e da restauração da autoridade do Estado, deu origem a uma longa e sinistra ditadura.

Deixar que o tempo apague a memória e a amnésia absolva os crimes, é serviço que se presta às forças totalitárias que estão adormecidas e não foram erradicadas.

É preciso recordar o tempo em que o país, com 40% de analfabetismo, uma mortalidade infantil que envergonhava qualquer país europeu e uma esperança de vida diminuta, era apresentado como tendo a governá-lo um homem providencial.

O ensino primário que na primeira República se tornou obrigatório e tinha cinco anos de escolaridade foi reduzido a 4, para rapazes, e a 3, para meninas. [mas não obrigatório]

Mas foi a repressão e a miséria que fizeram do Estado Novo, o pseudónimo da ditadura, uma mancha indelével na história do séc. XX, em Portugal.

Prisões sem culpa formada, degredo, exílio, espancamentos, assassinatos e perseguições foram a chave do triunfo de uma obscura ditadura que excluiu Portugal do convívio das nações livres e prolongou o atraso que a monarquia legou.

O 28 de maio foi um acidente de percurso na história, a nódoa que manchou a honra do País e comprometeu o progresso de Portugal. Triste sina a nossa. Maldito esquecimento.»


terça-feira, 27 de maio de 2014

Hoje não há mensagem!


Não sei se foi pela emoção da campanha eleitoral (!!), se pelo frenesim (!!) das eleições, se pela comoção do espectáculo de comemoração dos 50 anos dos “meus” Diamantes, se pelo baque da vitória histórica (!!) do meu partido nas eleições, ou se até por castigo de tanto mal dizer dos “nossos” “queridos líderes”, mas comecei a ver relâmpagos e mosquitos no meu olho mais míope …

Fui ao meu médico oftalmologista de sempre que me pôs uma série de gotas no dito olho para o ver por dentro (já parecia a Blimunda do Memorial….) e estou aqui cegueta de todo… 

Diz ele que se me descolou o vítreo do olho – seja isso lá o que for! – mas garantiu-me que não há problema porque ele também tem o mesmo problema e vive bem com isso…

Ora como estou aqui meio cegueta, como já disse, hoje não há condições para haver “post”

Prometo voltar amanhã à minha habitual maledicência…

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eleitores

Retrato dos eleitores que ontem acorreram às urnas para, ordeira e cegamente, deporem o seu voto nos partidos apoiantes do "governo" que lhes tem tramado a vida...




Dizem que «um povo de ovelhas gera um governo de lobos».

Será?!


domingo, 25 de maio de 2014

Que país é este?

(daqui)

Que país é este que em fins de Maio enche as praias num fim de semana e abre as pistas de neve do fim de semana seguinte?

Que população é esta que aumenta desmedidamente os preços nos hotéis, nos restaurantes, nos arrendamentos em dia de enchente?

Que povo é este que após três anos de saque aos seus benefícios, aos seus direitos, aos seus empregos, oferece 30% dos seus votos aos saqueadores?

Que povo é este que, em dia de eleições, deixa sessenta e tal por cento de votos por cumprir, tão grande é a indiferença e a displicência, esquecendo-se que ainda há 40 anos não podia exprimir a sua vontade pelo voto? Não, não se trata de desesperança nem de desencanto, nem tão pouco de descrença nos políticos. Trata-se mesmo de atraso.

Que gente é esta que sai da câmara de voto dizendo «nem sei o que é eu cá vim fazer!» «O quê? Não sabias qual era o desenho em que havias de votar?»

E ainda me vêm dizer que somos um povo maioritariamente de esquerda e cheio de sentido do dever e de cidadania?

Não! Não somos, não! Continuamos a ser um povo incauto, abúlico e indiferente que quer é férias no Algarve e automóveis do ColaCau como oferecia o inqualificável Carlos Cruz. Continuamos à espera de um qualquer D. Sebastião que até pode ser um fascista, um facínora, um cretino qualquer mas que nos obrigue a fazermos o que a ele muito bem lhe apetecer para depois andarmos a queixar-nos pelos cantos, a fazer manifestações com cantigas e a pôr piadas no facebook!

Estou mesmo zangada!

E mesmo que por de mais conhecido e um pouco até estafado, deixo aqui "O analfabeto político"  de Brecht que me parece tão acertado e tão actual. Infelizmente.

«O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha
Do aluguer, do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que
Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil
Que da sua ignorância nasce a prostituta,
O menor abandonado,
O assaltante e o pior de todos os bandidos
Que é o político vigarista,
O desonesto, o corrupto e o espoliador
Das empresas nacionais e multinacionais.»


sábado, 24 de maio de 2014

Festa surpresa

Éramos muitos. Seis filhos com os respectivos e as respectivas. Catorze netos, alguns dos quais com os respectivos e as respectivas. E oito bisnetos (ainda sem respectivos nem respectivas que a mais velha ainda só tem sete anos…)

(Foto de Rute Violante)

É que a mãe, a avó, a bisavó fez hoje oitenta e seis anos. Tinham-lhe dito «no sábado venho cá busca-la e à tia para irmos almoçar fora.» E foram buscá-las com toda a discrição. Mas ao chegar ao parque do restaurante e começou a ver os carros deles a aparecerem em fila, foi o espanto, a surpresa, a grande alegria.

E, de felicidade, reagiu assim…

(Foto de Rute Violante)

No fim a alegria era muita.



A idade também já é muita!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Vote!




No próximo domingo, não deixem de ir votar! Lembrem-se que apenas há 40 anos não havia, de facto, câmaras de voto! 

Eu tinha já vinte e sete anos a primeira vez que me foi permitido votar. Não deixemos que essa realidade volte a acontecer.





quinta-feira, 22 de maio de 2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sinais de (re)toma

Agora que os donos da Europa e do FMI permitiram que a ministra Swap «se conseguisse livrar» da troika e obrigaram o “governo” à suja «saída limpa», começam a despontar os primeiros sinais de alívio, os primeiros «sinais de retoma».

O grande «grito do Ipiranga» foi dado pelo “governo”: realizou uma reunião de conselho de ministros (acho que até falaram em inglês…) em que aprovou um documento em inglês (“para inglês ver, claro!) pirosamente chamado «The Road to Growth» para atrair investidores para Portugal. E já vieram engalar em arco dizer que, para combater o emprego jovem, a McDonald’s vai criar 600 novos empregos nos próximos três anos. Que belos empregos! Duradores, muito bem pagos e com fortes perspectivas de futuro… …

No dia seguinte ao do conselho de ministros, o Eurostat veio com a notícia de que Portugal tem a sexta taxa de emprego mais baixa da zona euro, afastando-se pelo quinto ano seguido do objectivo europeu de 75% até 2020 e que a taxa de emprego entre os portugueses com idades entre 20 e 64 anos caiu em 2013 pelo quinto ano consecutivo para os 65,6.

No mesmo dia, o INE publicou as Contas Nacionais Trimestrais em que mostra que a retoma que o governo decretou existir não passa de uma (recorrente) ficção: no primeiro trimestre de 2014, quando comparado com o trimestre anterior, a economia caiu 0.7% em termos reais.

O PIB tem caído em cadeia (diz que é por causa do encerramento de uma refinaria da Galp e da diminuição da produção da AutoEuropa) e o investimento caiu mais de 30% desde o início do programa de ajuda externa.

E hoje ficámos a saber que o preço que pagamos pelo gás e pela electricidade é dos mais altos da EU.

São ou não são uns extraordinários sinais de (re)toma? Robustos e fiáveis…

Uns bons tomas (sem «re») é o que este “governo” precisa!!





terça-feira, 20 de maio de 2014

O raço do «eduquês»!

Não chegava os nossos jovens engenheiros fugirem para a Alemanha onde são recebidos de braços abertos nas fábricas e nas empresas.

Não chegava os nossos jovens cientistas emigrarem para os países onde a investigação é financiada, incentivada e acarinhada e nos quais fazem um excelente trabalho.

Não chegava os nossos jovens enfermeiros serem atraídos para a Inglaterra e Irlanda às centenas.

Também fiquei hoje a saber que o Reino Unido recruta duzentos alunos portugueses, do ensino secundário por ano para integrarem as universidades inglesas garantindo-lhes isenção de propinas.

A minha questão é a seguinte: se realmente, como o ministro (C)rato e os seus apaniguados do tipo Henrique Neto, Guilherme Valente e outros quejandos, o nosso ensino nos últimos vinte ou trinta anos tem sido baseado no facilitismo, sem os alunos terem sido sujeitos a exames nacionais desde o 4º ano, sendo antes sujeitos ao método do «eduquês»,  como é que as elites culturais dos países ditos civilizados e desenvolvidos aceitam e até vêm buscar estes nossos jovens?

E põe-se-me outro problema: é que, por enquanto, são apenas duzentos alunos do secundário que são, anualmente, levados para fora. Agora imaginem quando no secundário passar a ser leccionado o mandarim, as paletes de alunos que vão ser recrutados para as universidades chinesas! Vão ser charters e charters cheios de jovens a voar para a China. E então é que o país vai envelhecer…

(daqui)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Entrada nº 1500



Esta é a entrada 1500 deste espaço.
Um obrigada muito especial a todos os que têm tido a paciência de me  «aturar».




domingo, 18 de maio de 2014

O Museu Escolar de Marrazes



Nasceu de um projeto da velhinha Área Escola (quem se lembra?) desenvolvido numa escola do 1º ciclo aqui da freguesia de Marrazes no ano de 1992/3 e subordinado ao tema “A Escola através dos tempos”. Em Maio de 1997, ganhou um espaço para guardar e expor o muito material escolar de outras eras que se foi juntando e, este ano, mais propriamente no passado dia 16, já fez 17 anos.

Possui um enorme acervo de materiais da escola de outros tempos, desde o tempo da 1ª República e especialmente do tempo do Estado Novo que vale a pena visitar não com os olhos da saudosa ternura daqueles tempos, como vejo em muita gente, mas com olhos críticos e objetivos.

No Dia Internacional dos Museus, que se celebra hoje, trago-o aqui para que o conheçam um pouco – até porque tomei hoje posse como membro da próxima direção. (E seja o que Deus quiser… meto-me em cada uma!!) Ah! E aceito sugestões para o tornarmos mais conhecido, mais aberto, mais dinâmico.























E mais. Muito mais!

sábado, 17 de maio de 2014

A minha mediania

Sempre me considerei uma pessoa de inteligência mediana. Digo sempre com muita humildade que «se eu consigo fazer uma certa coisa, toda a gente o conseguirá». Nunca senti os pés enterrados no lamaçal da estupidez, nem a minha cabeça alguma vez roçagou o brilho das estrelas.

Por isso há determinados comportamentos por parte de alguns outros que considero verdadeiros atentados à minha (mediana) inteligência. Um deles é uma pessoa contar-me duas e três vezes o mesmo episódio mesmo quando educadamente digo: «pois, já me disseste…». Isto para não falar – e isso acontece-me várias vezes – de quando me vêm contar algo muito interessante que fui eu que lhes contei ou darem-me uma ideia estupenda da qual fui eu que lhes falei…

Outro e bem pior é, sem dúvida, virem mentir para cima de mim quando hipocritamente me dizem aquilo que pensam que eu quero ouvir.

Mas pior, pior que tudo isto é ouvir os apaniguados deste “governo” dizer que «hoje é um dia excecional, um dia histórico porque a troika de foi embora»; que eles é que foram os tais que «correram com a troika»; que «Maria Luís Albuquerque foi a ministra que conseguiu fazer com que a troika se fosse embora, que foi, com Cavaco Silva, Carlos Costa, Vítor Gaspar e Passos Coelho, a protagonista do resgate; e que é um “nome incontornável como candidata à liderança do partido”. 




Por amor de Deus!! E os desastres que entretanto aconteceram ao povo e ao país em geral? E os roubos desmedidos? E os demandos? E as constantes mentiras? E as pessoas na miséria? E os retrocessos na economia, na saúde, na educação, na vida de todos os dias? E o aumento incrível dos proventos dos mais ricos? E o fosso abissal entre ricos e pobres e miseráveis – que outros não há!!

Num flash vem-me à mente o desespero de António Nobre:

«Jezus! Jezus! Jezus! o que hi vae de afflicção!

Ó meu amor! é para ver tantos abrolhos,
Ó flor sem elles! que tu tens tão lindos olhos!
Ah! foi para isto que te deu leite a tua ama,
Foi para ver, coitada! essa bola de lama
Que pelo espaço vae, leve como a andorinha,
A Terra!


    Ó meu amor! antes fosses ceguinha...»

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Azul, azul, azul



Azul, azul, azul, o mar fraqueja
Em orlas brancas pela praia fora.
Só esse som, alegre e antigo, rumoreja
No lúcido silêncio desta hora.

O mais — quietude, e no horizonte ralo
Um nevoeiro ou bruma ou ilusão
Que é como que um inútil intervalo
Do amplo azul que céu e águas são.

Sossega em mim, de ver, de ver, de ver,
Essa intranquilidade, a mágoa antiga
Que vem de se sentir viver,
Que vem de não poder querer
E de não ter uma alma nossa amiga.

Ah, mas essa dor,
Cheia de consciência do mutável
Da pobreza da vida e do amor
É tão antiga como o mar
E tem marés,
Cessa para recomeçar
Mais uma vez.

(9 - 3 - 1935
Fernando Pessoa)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Dia da Família amília

No Dia Internacional da Família, deixo aqui algumas imagens enternecedoras e outras... nem por isso...















E, por fim, um outro tipo de família - a (abjeta) família BPN!




quarta-feira, 14 de maio de 2014

Birds



É que ...

Que dias há que n’alma me tem posto
       um não sei quê, que nasce não sei onde,
      vem não sei como, e dói não sei porquê.


                                           (Luís de Camões)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Paradoxo

Trago, desde garota, comigo na memória o meu encanto pelas músicas de tributo a Maria, a mãe de Deus. E, hoje, que se celebra o seu dia, quero deixar aqui essas músicas que sempre achei tão belas e que, de certo modo, deixaram uma marca de alguma religiosidade em mim.

Não sei qual delas conheci primeiro por isso vou deixá-las aqui sem qualquer ordem de preferência.

Vamos lá ver quais são as vossas preferências...











E... poderá alguém algo panteísta e amoral sentir-se de alguma forma atraído pelo culto mariano?


segunda-feira, 12 de maio de 2014

Chocante!


Não é difícil encontrarmos notícias chocantes nos jornais da atualidade porque, de facto, vivemos num mundo cão dominado pela violência e pela força do dinheiro.

Chocante a nível internacional é o caso das raparigas nigerianas raptadas da escola por um bando de loucos extremistas e fundamentalistas que se dizem islamitas. E a comunidade internacional, o que faz? Manifestações com cartazes apelativos que, de alguma forma, apenas ajudam a descansar as suas mentes solidárias. Sei que países ditos civilizados enviaram equipas de peritos para tentarem encontrar as infelizes jovens e também sei que Portugal não quis participar na pseudo-ajuda ou tão pouco tomar partido para não suscetibilizar a Guiné Equatorial ou não sei que outro país que, por dinheiro, queira integrar a CPLP…

Chocante, de facto, a vida de miséria e opressão a que as mulheres islamitas são sujeitas! Chocante e revoltante.

Mas choque e revolta foi que senti quando, num dia destes li no jornal que, aqui neste nosso país à beira-mar plantado, os suspeitos de violência doméstica podem agora pagar uma multa e assim evitar ir a julgamento, mantendo o seu cadastro limpo. O que é isto? Uma forma de encher os cofres do estado e de ajudar a desentupir os tribunais?

Dá-se uma coça ou ameaça-se a mulher de morte, paga-se a multa e pronto, fica tudo bem como se nada tivesse acontecido? Ah! Mas o agressor não pode voltar a exercer violência, senão… Pois. E se da segunda vez lhe der para matar a mulher? Dá-se-lhe uma segunda oportunidade e paga mais uma multa? E se da violência doméstica se passar a funcionar assim com a violência nas ruas, ou com os assaltos a casas, ou com outra qualquer forma de agressão?

Poderão dizer-me: «ah, isso não pode acontecer!» E eu digo: «não sei, não!»


domingo, 11 de maio de 2014

Uma noite daquelas!

E quando aparecem daqueles jovenzinhos que, quando dizemos que gostamos de ouvir e dançar  música dos anos 60, pensam que nos estamos a referir a musiquinhas tipo baladas e «cançõezinhas para constituir família»? Fico possessa!

Ontem, no Centro Cultural Olga Cadaval (antigo cinema Carlos Manuel) houve música dos anos 60 (e não só) a sério e a valer no concerto dos 50 anos dos meus amigos Diamantes.

Houve Bee Gees.





Houve Shadows.






Houve Beatles, claro!







Otis Redding














E outros e outros, até terminarem com a loucura de Satisfaction! (até a  fotografia ficou tremida...)







Foi uma noite daquelas!

Parabéns, Diamantes!